Marfrig (MRFG3) amplia presença na BRF (BRFS3) com oferta de ações bilionária. Vem fusão por aí?
Marfrig e fundo saudita podem ficar com mais de 50% do capital da BRF após oferta de ações de até R$ 5,3 bilhões
A oferta de ações que pode movimentar até R$ 5,3 bilhões na B3 pode representar o fim de uma era na BRF (BRFS3). Após a operação, a gigante de alimentos dona das marcas Sadia e Perdigão terá dois acionistas com uma participação combinada de mais de 50% do capital: o frigorífico Marfrig (MRFG3) e fundo saudita Salic.
Em tese, a BRF é uma corporation, ou seja, uma empresa que não possui um controlador definido. Mas na prática a Marfrig já dá as cartas e deve ampliar ainda mais a influência na companhia.
No mercado, já se fala que o futuro das duas empresas é uma fusão. Vale lembrar que uma primeira tentativa de união da "vaca e do frango" — em referência aos principais negócios das companhias — acabou não indo para frente em 2019.
A BRF pretende emitir inicialmente 500 milhões de ações na oferta. Desse total, Marfrig e Salic se comprometeram a ficar com metade cada, desde que o preço por ação seja de no máximo R$ 9,00.
Os papéis da companhia fecharam ontem a R$ 8,91 na B3. Com base nessa cotação, o frigorífico e o fundo saudita podem investir até R$ 4,455 bilhões em ações da BRF.
Mas a oferta ainda pode contar com um lote extra de 100 milhões de papéis, dependendo da demanda do mercado, o que pode ampliar a captação em mais R$ 891 milhões.
Leia Também
Os bancos JP Morgan (líder), Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, Itaú BBA, Safra, UBS BB e XP coordenam a oferta de ações da BRF. A definição do preço por ação acontece no dia 13 de julho.
A DINHEIRISTA - Taxada na Shein: “Meu reembolso está mais de um mês atrasado. E agora?”
Marfrig amplia posição na BRF
Com Marcos Molina na presidência do conselho e Miguel Gularte como CEO, a Marfrig já comanda a BRF mesmo sem ter o controle de fato. Mas a oferta de ações vai permitir à companhia ampliar ainda mais a posição.
Inclusive, como parte da operação, a empresa derrubou a chamada pílula de veneno (poison pill), cláusula do estatuto que obriga qualquer acionista que alcançar mais de um terço do capital a lançar uma oferta por todas as ações no mercado.
Se ficar com todas as ações que se comprometeu a comprar, a participação da Marfrig na BRF aumentará dos atuais 33,3% para 38,7%. Já a Salic entra na companhia com uma fatia de 15,8% do capital. Ou seja, elas passam a deter uma participação conjunta de 54,5% da companhia.
Ainda que não haja um acordo de acionistas entre a Salic e a Marfrig, a expectativa é que elas atuem em conjunto nas decisões da BRF. Até porque uma das condições dos árabes para entrar na oferta de ações foi a de que o frigorífico também entrasse com dinheiro novo na companhia.
Seja como for, a fase corporation "pura" não traz muitas saudades aos acionistas da BRF. Desde que se tornou uma empresa sem controlador definido, a empresa enfrentou uma série de crises internas e ainda sofreu com a conjuntura desfavorável para os negócios nos últimos anos.
A BRF pretende usar o dinheiro novo da oferta de ações para reduzir o endividamento. Nas contas do Santander, a empresa pode economizar até R$ 500 milhões em despesas financeiras com os recursos.
A Salic é "solução e problema" em caso de fusão
Além de permitir o aumento na participação na BRF, a oferta de ações pode ser mais um passo rumo a outro plano antigo da Marfrig: promover a fusão entre as duas companhias.
Nesse sentido, a entrada dos árabes no capital da BRF pode ser uma solução e um problema. Isso porque qualquer negócio teria de passar pela aprovação dos árabes.
"Se uma proposta de fusão vier, eles podem impedir que a Marfrig atropele os minoritários da BRF", me disse um gestor de fundos com posição na empresa. Em outras palavras, uma solução negociada com a Salic pode dar mais conforto para os investidores embarcarem em um eventual negócio.
Por outro lado, a Salic também é acionista da Minerva (BEEF3), o que representa um potencial obstáculo para uma combinação de negócios entre Marfrig e BRF.
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
