CVC (CVCB3) dispara quase 20% em dois pregões com “efeito 123 Milhas”; entenda
A ação da companhia de turismo lidera os ganhos do Ibovespa com a expectativa de absorver parte do fluxo da concorrente

A história se repetiu. Se no início do ano, as varejistas Magazine Luiza, Via Varejo e Mercado Livre viram as ações na bolsa subirem com a recuperação judicial da Americanas, agora é a vez de a CVC (CVCB3) se beneficiar da crise de um concorrente.
As ações da companhia de turismo lideraram os ganhos da abertura do Ibovespa nesta quarta-feira (30), menos de 24 horas depois do pedido de recuperação judicial da 123 Milhas.
Por volta das 11h30 (horário de Brasília), os papéis registravam alta de 14,96%, a R$ 2,69 por ação. O movimento, porém, começou ontem (29) — CVCB3 fechou as negociações com ganhos de 6,36%, a R$ 2,34. Ou seja, uma escalada de quase 20% em apenas dois pregões.
A explicação para o rali da CVC na B3 é simples: a expectativa é que a empresa absorva uma parte do fluxo da concorrente, que oferecia pacotes e passagens aéreas a preços mais baratos, porém sem garantia de embarque.
Por outro lado, a própria CVC vem passando por um longo e custoso processo de reestruturação, por isso não há consenso entre os analistas sobre a continuidade do movimento das ações.
Sendo assim, o efeito “123 Milhas” pode não ser suficiente para a recuperação da CVC, que ainda tenta se recuperar do baque provocado pela pandemia da covid-19. Mesmo com a disparada dos últimos dias, os papéis da companhia acumulam queda da ordem de 40% no ano.
Leia Também
Caso da 123 Milhas
Após a suspensão dos pacotes e a emissão de passagens aéreas da linha Promo, além de demissões, a 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial na última terça-feira (29).
O processo foi enviado para a 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. A companhia de turismo declarou R$ 2,3 bilhões em dívidas.
Outras companhias ligadas a 123 Milhas também entraram no pedido de recuperação, como a Art Viagens (HotMilhas) e a Novum. A primeira fornece suporte para a troca de milhas por passagens, enquanto a segunda é uma holding e única acionista da empresa.
Crise no setor: CVC (CVCB3) pode não estar livre
O setor de turismo ainda não recuperou as perdas da pandemia de Covid-19, sendo um dos primeiros a paralisar as atividades e um dos últimos a retomar as operações.
E nem o aumento da demanda por viagens após a crise sanitária mundial tem sido suficiente para impulsionar as receitas da CVC (CVCB3).
A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 167 milhões no segundo trimestre, 76,1% a mais do que a perda do mesmo período de 2022.
Vale lembrar que, em março, a CVC fechou um acordo para renegociar as dívidas com os credores de debêntures — com uma oferta de ações, com a captação de R$ 550 milhões.
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Vigilantes do Peso sucumbe à concorrência do Ozempic e pede recuperação judicial nos Estados Unidos
Ícone das dietas fundado na década de 1960 é vítima do espírito do tempo e se viu obrigada a reestruturar dívida com credores, em meio a um passivo de US$ 1,5 bilhão
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Tempo fechado: Voepass entra com pedido de recuperação judicial e culpa Latam
Essa é a segunda vez que a companhia entra com pedido de recuperação judicial; em jogo está uma dívida que gira em torno de R$ 400 milhões
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Mil e uma contas a pagar: Bombril entrega plano de recuperação judicial para reestruturar dívida de mais de R$ 2 bilhões
Companhia famosa por seus produtos de limpeza entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro, alegando dívidas tributárias inconciliáveis
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)
Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana
Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou
‘Indústria de entretenimento sempre foi resiliente’: Netflix não está preocupada com o impacto das tarifas de Trump; empresa reporta 1T25 forte
Plataforma de streaming quer apostar cada vez mais na publicidade para mitigar os efeitos do crescimento mais lento de assinantes
Lições da Páscoa: a ação que se valorizou mais de 100% e tem bons motivos para seguir subindo
O caso que diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas