Dólar supera os R$ 5 e petróleo volta a disparar: o que mexe com os mercados hoje
Em exceção à regra, hoje é um dos dias que invalidam o consenso de que o óleo e a moeda americana caminham em direções opostas
O dólar e o petróleo são considerados os ativos que medem “a temperatura” dos mercados, ou melhor, da cautela dos investidores no mercado internacional. E, não por acaso, operam geralmente em direções opostas.
Em linhas gerais, quando o petróleo cai, os investidores estão mais avessos ao risco, e consequentemente, o dólar sobe — já que a moeda americana é considerada um ativo de proteção aos investimentos. Isso não é regra, mas é uma dinâmica repetida em “dias normais”.
Como em toda regra, há sempre uma exceção e hoje é um dos dias que invalidam esse consenso. O dólar e o petróleo avançam mais de 1% — e cada uma por motivos diferentes. Confira a seguir:
Petróleo em alta: volta do barril a US$ 95
O contrato mais líquido do petróleo WTI avança mais de 3%, no maior nível desde agosto do ano passado, com o barril cotado a US$ 93,73.
Já os futuros do petróleo tipo Brent, usados como referência para a Petrobras (PETR4), registram alta acima de 2%, a US$ 94,66 o barril.
Em meio a uma oferta reduzida da commodity no mundo, a Rússia mais uma vez é um dos motivos para a movimentação do petróleo.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Com o conflito travado com a Ucrânia como pano de fundo, o país governado por Vladimir Putin enfrenta a falta de combustível — o que tem provocado disputas entre o Kremlin e as companhias locais do setor.
Segundo a Reuters, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, afirmou que o governo está considerando medidas adicionais para conter os preços do petróleo no país, o que inclui restrições de exportações “paralelas” de combustíveis — como produtos inicialmente para uso doméstico — e o aumento no imposto de exportação de combustíveis.
Nesta quarta-feira (27), o presidente russo também determinou a estabilização dos preços dos combustíveis no varejo pelo governo e voltou a restringir as exportações de gasolina e diesel que haviam sido flexibilizadas na semana passada.
Além da pressão interna na Rússia, vale ressaltar que a oferta de petróleo tem sido reduzida, seja por meio de cortes voluntários seja por decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+).
No início de setembro, Arábia Saudita e Rússia — que são rivais no mercado de petróleo — se juntaram mais uma vez para apoiar as cotações da commodity no mercado internacional.
A Arábia Saudita, um dos maiores produtores mundiais do petróleo e líder da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), anunciou a prorrogação do corte voluntário de produção do óleo em 1 milhão de barris por dia até o final do ano, segundo a mídia estatal.
A Rússia, por sua vez, acompanhou a Arábia Saudita e também estenderá o corte até dezembro. No caso de Moscou, a redução será de 300 mil barris por dia, segundo o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak.
Por fim, um outro fator para o avanço das cotações do petróleo hoje está no Ocidente. Isso porque os ganhos nos contratos futuros do óleo repercutem os dados semanais de estoque nos Estados Unidos.
Mais cedo, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques da commodity no país tiveram baixa de 2,169 milhões de barris, a 416,287 milhões de barris, na semana até 22 de setembro. A previsão era de queda de aproximadamente 600 mil barris.
- [RENDA FIXA PREMIUM] Esses títulos são capazes de pagar retornos gigantescos mesmo com a queda da taxa Selic; acesse aqui
Dólar acima de R$ 5 hoje
Nesta quarta-feira (27), o dólar opera na casa dos R$ 5,00 em meio à cautela externa e de olho em movimentações domésticas.
Por volta das 14h15 (horário de Brasília), a moeda americana atingiu a máxima intradiária cotada a R$ 5,0605, com alta de 1,46%.
Na comparação com as divisas globais, como euro e libra, o indicador DXY registrava alta de 0,46%, aos 106.720 pontos, por volta de 14h (horário de Brasília).
A perspectiva de juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos segue injetando cautela nos mercados internacionais e, por outro lado, impulsionando a cotação do dólar.
Somado a isso, as incertezas com o cenário fiscal brasileiro voltaram à mesa dos investidores — com o holofote novamente centrado nos precatórios, que são dívidas do governo em processos judiciais.
No início da semana, o governo propôs mudanças na contabilização e pagamentos dos precatórios, a fim de abrir um espaço fiscal extra para as contas públicas, que permita que o governo gaste mais no próximo ano.
Mas, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a medida não deve afetar as metas fiscais para 2024. Segundo ele, a abertura de crédito extraordinário pedida pelo governo, na ordem de R$ 95 bilhões, representa o "valor exato" necessário para pagar o estoque de precatórios.
Além disso, o impasse na tramitação de pautas econômicas no Congresso Nacional, consideradas primordiais para ajuste nas contas do governo, seguem no radar.
Ontem (26), o relator da Reforma Tributária no Senado, senador Eduardo Braga (MDB-AM), confirmou que não apresentará o parecer da proposta na próxima semana. Segundo o parlamentar, o texto deve ser apresentado até o dia 20 de outubro.
*Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa