Bolsas de NY e ativos brasileiros no exterior operam em alta, com dados positivos de inflação e na China; feriado mantém B3 fechada
Dia é azul nas bolsas globais, com bons dados econômicos chineses, inflação benigna no Reino Unido e nos EUA e aprovação do adiamento do shutdown pelos deputados americanos

A bolsa brasileira não abre nesta quarta (15), em razão do feriado da Proclamação da República. Mas, embora seja comum que o Ibovespa caia em vésperas de feriado, ontem o índice teve um dia estelar e fechou em alta de 2,29%, aos 123.165 pontos, maior nível desde 3 de agosto de 2021.
O otimismo veio de fora, com a divulgação de dados benignos de inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano ficou estável em outubro, diante de uma expectativa de alta de 0,1%, e acumulou ganho de 3,2% nos últimos 12 meses, ante projeções de 3,3%.
O indicador ainda se encontra acima da meta do Federal Reserve de 2,0% ao ano, mas seu enfraquecimento firmou as expectativas dos investidores de que o banco central americano não deve mais subir juros e, mais que isso, já deve começar os cortes em janeiro do ano que vem.
Com isso, os juros dos títulos do Tesouro americano recuaram forte, abaixo de 4,5%. Apesar de as taxas se recuperarem hoje e terem voltado a subir modestamente, as bolsas de Nova York mantêm o tom otimista com o CPI de ontem e também repercutem dados de inflação ao produtor benignos nos Estados Unidos, além de dados econômicos positivos na China.
Por volta das 14h15, o S&P 500 subia 0,21%, o Dow Jones avançava 0,34% e os do Nasdaq tinha ganho de 0,19%.
O índice de preços ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês) do mês de outubro recuou 0,5% na comparação mensal, ante uma expectativa de alta de 0,1%. Já o núcleo do indicador se manteve estável, ante uma estimativa de alta de 0,3%. Os dados firmam a percepção de arrefecimento inflacionário no país.
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As vendas no varejo nos EUA recuaram 0,1% em outubro na comparação mensal, melhor que a queda projetada de 0,3%. O núcleo do indicador teve alta de 0,1%, quando a expectativa era de queda de 0,2%.
Do lado geopolítico, os mercados globais mantêm os olhos no encontro entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, em São Francisco, na Califórnia, marcada para as 16h de hoje.
Os dois devem tratar até mesmo de assuntos polêmicos, como a troca de informações militares, direitos humanos e a soberania no Mar do Sul da China. Veja o que esperar do encontro.
Nos EUA, a Câmara dos Representantes aprovou, com 336 votos a favor e 95 contra, o pacote legislativo que financia o governo e adia a data do shutdown (paralisação) do setor público americano de sexta-feira (17) para 12 de janeiro (em quatro projetos de lei) e 2 de fevereiro (nos oito restantes). As medidas agora seguem para o Senado.
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Ativos brasileiros lá fora
O EWZ, ETF de ações brasileiras negociado em NY, operava em alta de 0,85% perto das 14h15, seguindo a toada otimista dos mercados globais. Já os recibos de ações (ADRs) de Petrobras operavam em alta de 0,22%, revertendo o sinal de baixa do início do dia, e os da Vale ampliavam a queda para 0,49%.
Já as ações do Nubank (NU) despencam quase 10% na Bolsa de Nova York (NYSE), apesar do balanço bem acima do esperado divulgado pelo banco ontem. Por volta das 14h15, os papéis caíam 8,83%, negociando a US$ 8,05.
O banco digital registrou um lucro líquido ajustado de US$ 355,6 milhões no terceiro trimestre, uma alta de mais de 400% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com a Bloomberg, os analistas projetavam um lucro bem inferior, de US$ 276 milhões. Além disso, a retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 25%, tornando o Nubank o banco mais rentável entre as maiores instituições financeiras brasileiras, à frente dos bancões tradicionais, como Itaú e Banco do Brasil.
China traz boas e más notícias
A China divulgou uma série de dados econômicos, alguns positivos, e outros nem tanto.
As vendas no varejo do Gigante Asiático subiram 7,6% em outubro, na base anual, diante de uma estimativa de 7%. Já a produção industrial teve avanço de 4,6% no mesmo mês, na comparação anual, ante uma expectativa de 4,3%.
O banco central chinês manteve a taxa de juros para empréstimos de médio prazo em 2,50%, enquanto o mercado esperava uma alta para 2,80%.
Apesar desses dados positivos, a China também divulgou indicadores que mostram piora no setor imobiliário. As vendas de casas até outubro caíram 3,7% em relação ao ano anterior, ante uma baixa de 3,2% no período de janeiro a setembro.
O investimento imobiliário caiu 9,3% na mesma base de comparação, ante uma queda de 9,1% nos primeiros nove meses do ano. Já as novas construções iniciadas caíram 23,2% de janeiro a outubro na comparação anual, ante um recuo de 23,4% de janeiro a setembro.
Bolsas na Europa fecham em alta com melhora no quadro de inflação do Reino Unido
Na Europa, as bolsas também viveram um dia positivo, com dados de inflação benignos no Reino Unido. O índice pan-europeu Stoxx 50 fechou em alta de 0,60%.
O índice de preços ao consumidor (CPI) britânico ficou estável em outubro, mas o mercado esperava uma alta de 0,2 ponto percentual no indicador. Com isso, o índice subiu a 4,6% na comparação anual, ante uma expectativa de 4,8%.
Já o núcleo do CPI, que exclui os preços mais voláteis, como os de alimentos e energia, teve alta de 0,3% em outubro ante setembro, mas acumula ganho de 5,7% em 12 meses, abaixo da previsão de 5,8%.
A Eurostat, agência de estatísticas da zona do euro, também informou, nesta manhã, que a balança comercial da região teve superávit de 10 bilhões de euros em setembro, com uma alta de 0,3% nas importações e uma queda de 0,5% nas exportações.
A produção industrial na região caiu 1,1% em setembro na comparação com agosto, ante uma estimativa de baixa de 0,8%.
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