A nova cara (e tamanho) dos escritórios: busca por luxo e conforto em prédios menores mostra tendência para fundos imobiliários, indica gestor do PVBI11
Rodrigo Abbud, que é sócio fundador da gestora, diz que companhias de menor porte estão buscando áreas pequenas, mas com características premium, para locação

Quando a pandemia de covid-19 obrigou milhares de empresas a fecharem escritórios e adotarem o home office, parecia que o mercado de lajes corporativas nunca mais seria o mesmo.
A vacância disparou, afetando as receitas de empreendedores e fundos imobiliários que investem no segmento. Além das quedas nos aluguéis, os FIIs também foram penalizados na bolsa de valores, com as cotas caindo vertiginosamente enquanto os investidores se perguntavam para onde iria o mercado.
As principais dúvidas que afligiam os investidores incluíam o modelo de trabalho pós-pandêmico — à distância, presencial ou híbrido — e como ele afetaria os escritórios demandados pelas empresas, principalmente em termos de tamanho e localização.
Agora, quase seis meses após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar que o coronavírus não representa mais uma emergência de saúde pública, é possível responder a algumas dessas perguntas.
O trabalho híbrido, por exemplo, no qual é possível intercalar períodos em casa e no escritório, ganhou tração e, segundo Rodrigo Abbud, sócio fundador da VBI Real Estate, leva à popularização de uma nova categoria no mercado: a dos edifícios boutique, prédios de altíssimo padrão, com serviços e comodidades diferenciados e em localizações premium.
“O que vimos de alteração recente no perfil foi um aumento na procura por áreas menores, mas na melhor localização possível. E o que parecia algo pontual, caso a caso, começou a tomar corpo”, explica ele, que é Head do segmento de escritórios na gestora e faz parte do time responsável pelo VBI Prime Properties (PVBI11) — um dos cinco maiores FIIs do segmento.
Leia Também
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Abbud afirma que o PVBI11 se antecipou a esse movimento ao fazer a aquisição do Union Faria Lima em abril de 2021. Segundo o gestor, o ativo — que ainda está em construção e deve ser entregue no quarto trimestre — é formado por lajes de cerca de 319 a 600 metros quadrados e registra uma demanda “muito constante” para locações em patamares acima de R$ 300 por metro quadrado.
O que nunca muda no mercado de escritórios
Se, por um lado, os prédios boutique ganharam força com o regime híbrido, Abbud também indica que algumas coisas nunca mudam no mercado: “As grandes empresas sempre preferiram lajes grandes, acima de mil m², e mantiveram esse desejo após a pandemia.”
E a preferência não é apenas para que as lajes combinem com o tamanho da companhia, mas tem uma justificativa, conforme conta Abbud: minimizar a verticalização da operação, que cria barreiras para a interação entre as áreas.
“Para locações acima de 1,5 mil m² é muito mais fácil e prático estarem todos à vista em um mesmo andar. Lajes menores demandam que você pegue um elevador, por exemplo, para falar com outro setor.”
Onde todos querem estar
Outro desejo que se mantém, e é o mesmo para empresas grandes ou pequenas, é o de estar nos principais centros corporativos e econômicos de São Paulo, como as regiões das avenidas Paulista e Faria Lima.
“A taxa de vacância da cidade de São Paulo está em torno de 25%, o que cria um mercado muito mais favorável para o inquilino. Mas na análise setorial existem dois mundos diferentes. A Faria Lima, por exemplo, manteve a oferta e a ocupação dos escritórios controladas, o que preserva o valor de locação”, aponta Abbud.
De acordo com dados da consultoria SiiLA, o mercado de lajes corporativas da Faria Lima registrou vacância de 5,2% no segundo trimestre deste ano.
O auge da desocupação na região ocorreu junto com o pico da pandemia de covid-19, no terceiro trimestre de 2020, quando a vacância chegou a 12,35% — ainda abaixo da média na capital paulista.
E o gestor da VBI não acredita que esse cenário deve mudar, pois o próprio local cria barreiras para a oferta de novas lajes com a baixa disponibilidade de terrenos e os altos custos para a construção.
Qual é a estratégia do fundo imobiliário de escritórios PVBI11?
Com as mudanças — e constantes — do mercado de escritórios traçadas, Abbud diz que só há um caminho para o fundo de lajes da casa: focar na localização dos empreendimentos, qualidade e governança.
Atualmente, o portfólio do FII é composto por quatro ativos do tipo AAA — com as especificações construtivas mais elevadas — localizados nas regiões da Faria Lima, Vila Olímpia e Paulista.
O PVBI11 também adquiriu recentemente uma participação de 13% no empreendimento The One que pertencia ao Pátria Edifício Corporativos (PATC11) — fundo que passou a ser gerido pela VBI após o Patria Investments comprar parte da gestora.
O FII também tentou adquirir a fatia do ONEF11 no ativo, mas teve a proposta recusada duas vezes pela gestora do fundo imobiliário.
Os últimos movimentos do fundo, porém, abriram a possibilidade de que o PVBI11 volte a tentar aumentar sua participação no prédio: a maioria dos cotistas do ONEF11 aprovou uma mudança na gestão do FII e sinalizou, em assembleia, que pode aceitar a oferta.
Mas será que o VBI Prime Properties ainda tem interesse no ativo? “Não tenha dúvida. Todo empreendimento em que já estamos nós gostamos o bastante para aumentar a participação”, declara Abbud.
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas