Armas nucleares da Rússia serão colocadas “em alerta máximo”, diz Putin; tropas seguem avançando pela Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar respondendo às declarações da OTAN quanto ao uso de armas nucleares
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou há pouco que as armas nucleares do país serão colocados "em estado máximo de alerta", elevando ainda mais a tensão no continente europeu. A ordem foi dada durante reunião com o ministro da defesa e o comando militar russo, segundo relatos da Tass, a agência de notícias do governo russo.
Em sua fala — transmitida por vídeo pelo veículo estatal —, Putin diz que a medida seria adotada em resposta às declarações "agressivas" da OTAN. Há alguns dias, lideranças da aliança militar ocidental disseram "também ter armas nucleares à disposição", rebatendo ameaças do presidente russo.
Vale lembrar que, logo após o início da invasão à Ucrânia, Putin disse que Finlândia e Suécia sofreriam "consequências graves" caso se juntassem à OTAN — os dois países nórdicos também têm fronteiras terrestres com a Rússia. O estopim oficial da guerra no leste europeu foi justamente o avanço da aliança ocidental sobre os vizinhos do Kremlin.
O presidente russo ainda afirmou que as recentes sanções econômicas impostas pela União Europeia e outros países ocidentais eram "ilegítimas". Entre as medidas anunciadas, destaque para a exclusão das instituições financeiras da Rússia do Swift, o sistema interbancário internacional.
Movimentos e testes envolvendo equipamentos nucleares não são de todo incomuns — no começo de fevereiro, a Rússia fez exercícios militares com esse tipo de arma, no que foi interpretado pela comunidade internacional como o início das tensões que culminariam na atual guerra.
Por mais que a elevação do status de alerta das forças nucleares não implique num uso iminente desse tipo de arma, ela aumenta ainda mais a crise no leste europeu, criando um ambiente de tensão militar poucas vezes visto no passado recente. Por ora, OTAN e outras lideranças globais não se manifestaram a respeito da ordem de Putin.
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