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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
KABOOM!

Não importa o que Putin diz: sanções implodiram a economia russa, apesar da ajuda da China

Estudo da Universidade de Yale revela o estrago que as punições lideradas pelos EUA causaram na economia da Rússia, mas pesquisa do FMI mostra cenário de resiliência — entenda as diferenças

NÃO USAR - O presidente da Rússia, Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin -

O presidente russo, Vladimir Putin, vem lançando bombas sobre a Ucrânia, mas não escapou de sentir os efeitos das explosões em sua própria economia — as sanções impostas por EUA e aliados provocam um estrago considerável na dinâmica macro da Rússia.

Pelo menos é isso que mostra um estudo da Yale School of Management, uma divisão de uma das universidades mais respeitadas do mundo. 

A pesquisa descobriu que, longe da prosperidade anunciada por Putin, as sanções e o êxodo de mais de 1.000 empresas globais por conta da guerra estão tendo um impacto negativo catastrófico sobre a economia russa. 

O estudo se baseou em fontes de dados não convencionais, incluindo consumidores de alta frequência, verificações de canais cruzados, parcerias comerciais internacionais da Rússia e mineração de dados, de acordo com os autores, liderados pelo professor Jeffery Sonnenfeld.

Putin fecha os olhos para a implosão russa

Se Putin fechou os olhos para os efeitos das sanções, o estudo mostra que essas medidas — que incluem desde bloqueio de bens de oligarcas até o banimento da importação de petróleo e gás — implodiram a economia russa. 

A equipe de Yale diz que as sanções estão deixando terra arrasada para Putin. As importações russas, por exemplo, entraram em colapso e o país luta para garantir insumos, peças e tecnologia cruciais, o que gera uma séria escassez de suprimentos.

O levantamento indica ainda que, enquanto Putin se gaba da autossuficiência do país, a produção doméstica não tem capacidade de substituir negócios, produtos e talentos perdidos. 

Ao mesmo tempo, a Rússia está enfrentando os mesmos preços crescentes vistos na maior parte do mundo. O quadro de inflação para setores que dependem de cadeias de suprimentos internacionais é sombrio — de 40% a 60% — e isso está afetando  indústrias importantes. 

Veja também: Não importa o momento, tenha dólar

O relatório descreve como alguns fabricantes russos estão recorrendo à canibalização e reciclagem de peças, e cita a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, dizendo que os ucranianos estão encontrando equipamentos militares russos cheios de semicondutores que foram removidos de lava-louças e geladeiras.

Por fim, o estudo de Yale mostra que o recuo de tantos negócios custou à Rússia cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), revertendo quase três décadas de investimento estrangeiro.

“As manchetes derrotistas argumentando que a economia da Rússia se recuperou simplesmente não são factuais – os fatos são que, por qualquer métrica e em qualquer nível, a economia russa está cambaleando”, diz um trecho do estudo.

Mercado de ações segura as pontas de Putin, mas nem tanto

A equipe de Yale tem rastreado as empresas que saíram da Rússia desde o início da guerra – e aquelas que ficaram  – e descobriu que as que deixaram o país estão sendo recompensadas pelo mercado de ações, enquanto as que permanecem estão sendo punidas.

No entanto, os pesquisadores alertam que os mercados financeiros domésticos da Rússia têm o pior desempenho em todo o mundo este ano, apesar dos rígidos controles de capital. 

Isso porque Putin está sendo impedido pelas sanções de acessar os mercados de capitais globais para revitalizar a economia russa.

O gráfico abaixo mostra o desempenho da bolsa de Moscou neste ano, em rublos:

Fonte: TradingViews

FMI vê um Putin mais resiliente

Dois dias após o relatório de Yale, o Fundo Monetário Internacional divulgou a atualização do World Economic Outlook — o principal relatório do FMI sobre projeções econômicas globais.

No documento, o Fundo concluiu que a Rússia está indo melhor do que o esperado, apesar das sanções, já que se beneficia dos altos preços da energia.

Em entrevista ao Investment Monitor, Jeffrey Sonnenfeld, professor da Yale School of Management, critica o relatório. 

“Eles devem ter aceitado ingenuamente a propaganda de Putin apoiando-se em estatísticas inconsistentes e não examinadas”, disse. “Alguém deveria enviar os fatos aos economistas preguiçosos do FMI. Pelo menos colocamos nossos métodos em um documento público de 120 páginas e o publicamos. Onde estão seus métodos?

Fonte: FMI

O Investment Monitor enviou os comentários de Sonnenfeld ao FMI, dando direito de resposta. 

Um porta-voz do FMI respondeu com o seguinte: “Queremos enfatizar que há um nível incomumente alto de incerteza. Nossa última avaliação de base da economia russa indica que alguns setores foram mais resilientes do que o inicialmente projetado, mas isso não quer dizer que a Rússia tenha sido totalmente resiliente às sanções”.

O FMI projeta uma contração de 6% para a economia russa neste ano e indica que o impacto das sanções que acompanharam a guerra deve levar a uma maior deterioração da produção econômica. 

“Temos uma revisão de -1,2 ponto percentual para [crescimento econômico] no próximo ano. Mais importante, esperamos que até 2027 a economia seja cerca de 15% menos do que o projetado antes da guerra, e a diferença crescerá além de 2027. Essa é uma perda econômica substancial e permanente”, disse o porta-voz do FMI. 

*Com informações do Market Watch e do Business Insider

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