Investidor tem nova chance de garantir retorno de 1% ao mês pelos próximos dez anos com o menor risco do mercado; veja como
Títulos públicos prefixados, negociados via Tesouro Direto, voltaram a render mais de 12% ao ano recentemente

O retorno de mais de 12% ao ano nos títulos públicos prefixados, o equivalente a cerca de 1% ao mês, está de volta. Agora, o investidor consegue garantir tal remuneração no Tesouro Direto por prazos de três, sete ou até onze anos.
Os juros dos títulos Tesouro Prefixado chegaram a beirar os 13% ao ano em meados de março, mas em seguida um alívio nos juros futuros fez as taxas oferecidas para as novas aplicações recuarem.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui.
Nos últimos dias, porém, uma nova alta nos juros levou as rentabilidades dos papéis com vencimentos em 2025, 2029 e 2033 de volta à casa dos 12% ao ano.
Com isso, um investidor que compre um título desses hoje consegue garantir, até o seu vencimento, uma remuneração que praticamente equivale ao tão sonhado 1% ao mês que o brasileiro tanto aprecia (na verdade, a taxa de 1% ao mês corresponde exatamente a 12,6825% ao ano).
E tudo isso com o menor risco de crédito possível na economia brasileira, dado que os títulos públicos são garantidos pelo governo federal.
Os dois prefixados mais curtos disponíveis hoje no Tesouro Direto não pagam juros semestrais, o que significa que o investidor recebe o principal de volta e os juros apenas no vencimento. Já o papel mais longo, que vence em 2033, paga juros equivalentes à remuneração contratada a cada seis meses.
Leia Também
Veja como estavam as taxas e os valores mínimos de aplicação nos títulos prefixados via Tesouro Direto na tarde de hoje:
Inflação pressiona os juros futuros
As remunerações dos títulos públicos prefixados estão intimamente ligadas à trajetória dos juros futuros, que representam a expectativa do mercado para a taxa básica de juros.
Os dados recentes de inflação no Brasil e nos EUA surpreenderam negativamente, mostrando que os preços, tanto local quanto globalmente, não estão bem ancorados. Com isso, o mercado espera que os bancos centrais, notadamente o americano e o brasileiro, precisem aumentar os juros com mais força do que era esperado antes.
Isso vem impulsionando os juros futuros no Brasil, e é isso que está por trás da alta recente das taxas oferecidas pelos prefixados. A guerra na Ucrânia e os lockdowns na China por conta de surtos de covid-19 fazem pressão extra sobre os preços em todo o mundo.
Ao mesmo tempo em que os juros dos prefixados sobem, seus preços de mercado caem. Assim, quem já tinha esses papéis na carteira pode ter percebido uma desvalorização do investimento durante essa alta de juros recente.
No entanto, é sempre importante lembrar que, para quem leva esses títulos públicos ao vencimento, a rentabilidade contratada no ato da aplicação é garantida.
Tesouro IPCA+ é alternativa para quem quer se proteger da alta dos preços
Quem não se importa em não saber exatamente quanto vai receber, mas se preocupa em garantir uma rentabilidade acima da inflação, de modo a preservar o poder de compra dos seus investimentos, encontra boas oportunidades também nos títulos Tesouro IPCA+, que vêm pagando mais de 5% ao ano acima da inflação oficial.
Esses títulos também se desvalorizam com a alta dos juros futuros, mas para quem os carregar até o vencimento, a remuneração contratada é garantida. Veja a rentabilidade dos Tesouro IPCA+ na tarde de hoje:
No podcast Touros e Ursos desta semana, eu e Victor Aguiar conversamos sobre esta e outras formas de proteger o seu dinheiro da inflação. Para ouvir, basta apertar o play no tocador abaixo:
O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair
Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas
Melhor momento para investir em renda fixa ainda está por vir – mas convém evitar emissores desses setores
Ulisses Nehmi, da Sparta, e Marcelo Urbano, da Augme, gestoras especializadas em crédito privado, falam das perspectivas para a renda fixa e os setores mais promissores ou arriscados
O Fed entre os juros e a inflação: por que estamos na semana mais importante de julho?
O Federal Reserve (Fed) se vê entre a cruz e a espada: subir juros de um jeito agressivo e afetar a economia, ou deixar a inflação alta?
Surpresa #sqn: Por que o Banco Central Europeu não pega o mercado desprevenido nem mesmo quando surpreende
BCE elevou a taxa de juro mais do que vinha antecipando; em compensação, lançou um programa de compra de títulos para evitar a chamada ‘fragmentação’
Por que a China e o Japão estão se desfazendo – em grande escala – de títulos do Tesouro do Estados Unidos
Volume de Treasuries em poder da China e do Japão estão nos níveis mais baixos em anos com alta da inflação e aumento dos juros nos EUA
Mercado já vê Selic acima dos 10% até o fim do mandato de Campos Neto no Banco Central, em 2024
Curva de juros já precifica uma manutenção dos juros acima dos dois digítos pelo menos até o início de 2025 — uma herança das políticas fiscais recentes e da inflação global persistente.
Onde investir no 2º semestre: Hora de comprar dólar e ouro? Saiba por que a proteção ficou mais cara, mas continua essencial
Com a alta da Selic, o custo de oportunidade de investir em dólar cresceu. Mas ainda é a melhor alternativa para proteger seu patrimônio
A escalada continua: Inflação acelera, composição da alta dos preços piora e pressiona o Banco Central a subir ainda mais os juros
O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio e 11,89% no acumulado em 12 meses, ligeiramente abaixo da mediana das projeções
Com risco fiscal, retorno de 6% + IPCA volta a ser comum entre títulos Tesouro IPCA+ de longo prazo
Todos os vencimentos de títulos públicos Tesouro IPCA+ a partir de 2035 já voltaram a pagar a rentabilidade “mágica” desse tipo de ativo
O campeão voltou? Tesouro IPCA+ volta a pagar 6% acima da inflação pela primeira vez desde a crise de 2014-16
Retorno de 6% + IPCA em títulos públicos atrelados à inflação é historicamente elevado e considerado um bom ponto de entrada nesses papéis
Ações? Dividendos? Afinal, ainda vale a pena investir na bolsa com a Selic em 13,25%?
Com a Selic no maior patamar desde 2017, faz sentido correr os riscos da bolsa atrás de uma ação pagadora de dividendos? A resposta é sim
BC da Inglaterra sobe juros às máximas em 13 anos; BC da Suíça eleva as taxas pela primeira vez desde 2007
Na Inglaterra, a taxa básica de juros agora está em 1,25% ao ano; na Suíça, a alta foi de 0,5 ponto, para o patamar de -0,25%
Quanto rendem os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 13,25%
Com a nova alta dos juros, remuneração de títulos de renda fixa conservadores sobe um pouco mais e supera 1% ao mês. Veja quanto eles vão pagar de agora em diante
Voando cada vez mais alto: Copom sobe a Selic em 0,5 ponto, a 13,25%, e dá a entender que os juros continuarão subindo
O Copom cumpriu as expectativas do mercado e reduziu o ritmo de alta da Selic; confira as sinalizações do BC quanto ao futuro dos juros
Powell salva S&P 500 do tsunami: entenda como Wall Street surfou a onda gigante dos juros altos hoje
Em uma decisão que não era vista desde 1994, o banco central norte-americano elevou a taxa de juros em 0, 75 ponto percentual, para a faixa entre 1,50% a 1,75% ao ano
O Fed agradou? A frase que Powell falou e fez Wall Street disparar
O banco central norte-americano elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual (pp) nesta quarta-feira (15) — o maior aumento desde 1994
Pula fogueira, iáiá! Fed dá salto maior e sobe juros em 0,75 pp para apagar incêndio da inflação — a maior alta desde 1994
Em maio, o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% em base mensal e 8,6% em termos anuais, no maior avanço desde 1981
Selic vai mesmo parar de subir? Saiba se é finalmente hora de comprar títulos prefixados no Tesouro Direto
Com fim da alta dos juros, prefixados parariam de se desvalorizar, passando a subir quando a Selic finalmente começasse a cair. Mas já está na hora de assumir essa posição?
Tesouro Direto retoma negociações após passar parte da tarde suspenso nesta terça (14)
Paralisação é de praxe quando volatilidade no mercado de juros é muito alta; prefixados atingem remuneração de 13% ao ano em qualquer prazo
O fim está próximo? Banco Central pode elevar juros pela última vez na próxima semana. Saiba o que esperar (e o que pode dar errado)
No podcast Touros e Ursos desta semana, discutimos o fim de algumas eras: do ciclo de aperto de juros no Brasil, do crescimento econômico americano e da existência da Eletrobras como estatal