XP está mais otimista com o Itaú (ITUB4), mas ainda prefere outra ação no setor bancário — saiba qual
A corretora vê maior competição no segmento nos próximos anos, à medida que as fintechs amadureçam as operações, tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos e serviços
Mar calmo não faz bom marinheiro. E, nas águas revoltas do cenário macroeconômico, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú Unibanco (ITUB4) conseguiram furar as ondas e estar bem posicionados para navegar pelo ambiente atual, segundo a XP.
A corretora manteve a recomendação de compra para as ações BBAS3 — a preferida do setor — com preço-alvo de R$ 34,60, o que representa um potencial de valorização de 70% com relação ao fechamento de segunda-feira (13).
Segundo a XP, o impacto do cenário atual nos resultados do BB será limitado, em grande parte graças ao portfólio mais defensivo e protegido contra eventuais aumentos na inadimplência.
Quanto ao Itaú, a corretora elevou a recomendação para os papéis ITUB4 de neutro para compra, com preço-alvo de R$ 31,00 — um ganho implícito de 30,2% com relação ao fechamento de segunda-feira (13).
Segundo a XP, o Itaú tem uma carteira bem posicionada para crescer, mantendo a inadimplência sob controle.
Banco do Brasil (BBAS3): top pick da XP
Não é por acaso que o Banco do Brasil (BBSA3) é o preferido da XP entre os bancos brasileiros.
Leia Também
O BB é o mais preparado para enfrentar os desafios macroeconômicos de curto prazo, segundo a corretora, que destaca os seguintes pontos positivos:
- Líder de mercado em linhas de crédito que estão apresentando crescimento robusto, principalmente crédito rural e consignado;
- Detentor do maior índice de cobertura entre os grandes bancos brasileiros;
- Dono do custo de captação mais barato.
Mas o Banco do Brasil não está livre de riscos e, segundo a XP, o maior deles no momento é a eleição — embora não seja grande o suficiente para tirar o selo de top pick da corretora.
Sendo um banco controlado pelo governo, o Banco do Brasil enfrenta, constantemente, desafios de governança devido a possíveis interferências na estratégia de alocação de capital.
No entanto, a XP vê o forte momentum de lucro e valuation descontado diminuindo o potencial impacto deste risco.
Diante dessas condições, a corretora não descarta maior volatilidade das ações BBSA3 no segundo semestre deste ano.
Itaú (ITUB4): por que é hora de comprar?
Além de bem posicionado e com a inadimplência sob controle, o Itaú (ITUB4) também apresenta uma boa exposição das linhas de crédito ao consumo, segundo a XP.
Esse fator, junto com o histórico de rentabilidade líder no setor, deve abrir o caminho para o Itaú liderar a frente de crédito nos próximos anos.
A corretora lembra que, ao longo dos últimos anos, o banco investiu parte de seus recursos na exploração de serviços e estratégias inovadoras — permitindo surfar nas tendências futuras do setor financeiro e se beneficiar delas.
Além disso, a implementação de novas tecnologias deve permitir que o Itaú mantenha a eficiência no longo prazo.
E os concorrentes de Banco do Brasil (BBSA3) e Itaú (ITUB4)?
A XP também avaliou os concorrentes de Banco do Brasil (BBSA3) e Itaú (ITUB4).
No caso do Bradesco (BBDC4), a recomendação da corretora é neutra, com preço-alvo de R$ 22,00 — o que representa um potencial de valorização de 17% com relação ao fechamento de segunda-feira (13).
Embora as operações do Bradesco estejam preparadas para enfrentar os desafios macroeconômicos no curto prazo sem impactos significativos sobre os resultados, a XP vê um potencial de valorização limitado para a ação.
Apesar de ter maior exposição a empréstimos de grandes corporações — cerca de 40% da carteira de crédito expandida —, o Bradesco é um dos maiores bancos de varejo do Brasil e vem aumentando gradualmente a exposição às linhas de crédito ao consumidor.
Do lado negativo, segundo a XP, essas linhas têm um perfil de risco maior e podem levar o banco a aumentar o provisionamento — o índice de cobertura de 232% se aproxima dos níveis pré-pandemia.
No caso do Santander (SANB11), a recomendação é de venda e preço-alvo de R$ 32, o que representa um potencial de valorização de 5% com relação ao fechamento de segunda-feira (13).
A visão negativa da XP para o Santander é explicada por alguns fatores:
- Abordagem mais restritiva à originação de crédito, com crescimento da carteira menor que seus pares;
- Menor índice de cobertura entre os grandes bancos brasileiros;
- Receitas de tarifas mais baixas.
Um panorama do setor na visão da XP
Segundo a XP, a competição evoluirá gradativamente nos próximos anos, à medida que as fintechs amadureçam as operações tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos e serviços.
Enquanto isso, os grandes bancos brasileiros estão em condições de proteger sua participação de mercado, embora em alguns casos haja alguma redução da lucratividade.
A XP destacou alguns pontos para o setor:
• Apesar de as tarifas terem ficado pressionadas nos últimos anos pela competição com as fintechs, esse fator foi compensado pelo aumento do volume de transações e da base de clientes — permitindo que os bancos tradicionais continuassem a apresentar crescimento das receitas com tarifas.
• Um balanço patrimonial robusto traz uma vantagem competitiva para os bancos tradicionais oferecerem produtos específicos para o varejo e para as empresas, especialmente relacionados a crédito e produtos nos quais o ticket médio costuma ser muito alto para as fintechs ou instituições financeiras menores.
• O longo histórico de um grande número de produtos permite aos grandes bancos ter uma melhor avaliação do risco de crédito dos clientes, e o portfólio diversificado traz uma maior resiliência para os resultados. Esta situação difere da maioria das fintechs, que apresentam prejuízos nos estágios iniciais e dependem de aportes de capital adicionais.
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados