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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
Balanço

Bradesco (BBDC4) registra lucro acima das expectativas no 1T22 e revisa estimativas do ano para cima

Balanço do Bradesco no primeiro trimestre de 2022 mostrou também piora da inadimplência, conforme esperado

Flavia Alemi
Flavia Alemi
5 de maio de 2022
18:09 - atualizado às 17:50
Agência do Bradesco (BBDC4) em Salvador (BA) | Dividendos; estágio
Agência do Bradesco em Salvador (BA) - Imagem: Shutterstock

Segundo banco a publicar balanço do primeiro trimestre de 2022, o Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido de R$ 6,821 bilhões entre janeiro e março deste ano. O número é maior do que o projetado no consenso da Bloomberg, que previa lucro de R$ 6,671 bilhões.

Em relação ao mesmo período de 2021, o lucro representa alta de 4,7%. Já na comparação trimestre a trimestre, houve alta de 3,1%.

banco preferido dos analistas, cuja ação tinha 17 recomendações de compra e apenas duas de manutenção até a publicação do balanço, viu os índices de retorno sobre o patrimônio (ROAE, na sigla em inglês) caírem para 18,0% no primeiro trimestre, de 18,7% no mesmo período de 2021.

Apesar do recuo na comparação anual, o indicador ficou acima do registrado no quarto trimestre, quando o banco obteve um ROAE de 17,5%.

"Estamos satisfeitos com as entregas deste primeiro trimestre. O mundo é outro, está em transformação, e, nesse contexto, são intensas as mudanças globais na política monetária, no câmbio e na inflação. Isso gera volatilidade. Nossa decisão é focar na escala, no investimento em tecnologia, inovação e rigoroso controle dos orçamentos”, afirma, em nota, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari.

Inadimplência cresce

O índice de inadimplência teve crescimento significativo de um trimestre para o outro, com as dívidas vencidas há mais de 90 dias chegando a 3,2% da carteira de crédito. No quarto trimestre, o índice estava em 2,8% e no mesmo período do ano passado em 2,5%.

A inadimplência acima de 60 dias também subiu, chegando a 4%, de 3,4% no quarto trimestre e de 3,3% no primeiro trimestre de 2021.

De acordo com o Bradesco, a alta da inadimplência era esperada devido ao fato de o banco estar retornando gradativamente às práticas de renegociação do período pré-pandemia.

“No entanto, [a inadimplência] ainda se mantém em patamares bastante inferiores ao período pré-pandemia, dada a mudança no perfil de atuação, com maior origem em carteira ativa e atrasos mais curtos”, disse o banco em comunicado.

A carteira de crédito do Bradesco atingiu R$ 834,4 bilhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 2,7% no trimestre e de 18,3% em 12 meses.

Outro destaque do balanço foi a margem financeira, que inclui as receitas do banco com a concessão de crédito e as operações da tesouraria. O número avançou 9,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 17,061 bilhões.

Leia também:

Rendas de cartão têm aumento expressivo

A receita com prestação de serviços e tarifas do Bradesco apresentou alta de 6,7% no primeiro trimestre deste ano, para R$ 8,611 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2021.

Se, por um lado, as receitas com cobranças e arrecadações e assessoria financeira tiveram queda de 6,5% e 7,5%, respectivamente, o avanço de 19% das rendas de cartão mais que compensou.

De acordo com o Bradesco, o aumento das emissões de cartões por meio dos canais digitais fortaleceu a base de contas ativas, além do crescimento do gasto médio.

Os ganhos com a manutenção de conta corrente subiram 0,3% na mesma base de comparação. O banco alcançou a marca de 37 milhões de clientes correntistas no primeiro trimestre.

Despesas ficam dentro do guidance

As despesas operacionais ficaram dentro das estimativas (guidance) do Bradesco, apresentando alta de 4,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e queda de 9,1% comparado ao período imediatamente anterior.

Esmiuçando as despesas, encontramos aumento de 8,5% nas despesas com pessoal, motivada pelo acordo coletivo que reajustou os salários em 10,97% a partir de setembro de 2021.

Nas despesas administrativas, vale notar o aumento de 50% dos gastos com propaganda e publicidade de um ano para o outro, chegando a R$ 360 milhões. O valor, no entanto, é quase a metade da quantia gasta no quarto trimestre de 2021.

Bradesco revisa guidance para 2022

Os analistas do UBS BB bem que alertaram que o Bradesco tinha calculado um guidance muito conservador para 2022. Com os resultados do primeiro trimestre em mãos, o banco decidiu revisar suas estimativas para a maior parte das métricas neste ano. Veja como ficou:

GUIDANCE 2022DivulgadoRealizado 1T22Revisão
Carteira de crédito expandida10% a 14%18,3%Mantido
Margem com clientes8% a 12%19,6%18% a 22%
Receitas de Prestação de Serviços2% a 6%6,7%4% a 8%
Despesas operacionais3% a 7%4,4%1% a 5%
Resultado das operações de seguros, Previdência e Capitalização18% a 23%4,7%Mantido
PDD Expandida - R$ bilhõesR$ 15 a R$ 19R$ 4,8R$ 17 a R$ 21
Fonte: Bradesco

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