Ações da PagSeguro são castigadas e chegam a cair 20% mesmo com balanço dentro do esperado — saiba o que desagradou tanto os investidores
A empresa de meios de pagamentos anunciou na noite de ontem (22) que teve lucro líquido de R$ 380 milhões, um avanço de 18% em relação a igual período de 2021, mas não foi o suficiente para ajudar na performance dos papéis hoje
Aparentemente, a PagSeguro fez a lição de casa no terceiro trimestre: o lucro líquido e a receita cresceram e vieram dentro do esperado pela própria empresa e pelo mercado. Mas nesta quarta-feira (23), as ações PAGS estão sendo castigadas em Nova York, com uma queda que chegou a 20% durante a sessão.
Por aqui, os BDRs da companhia negociados sob o ticker PAGS34 também sofrem, recuando 16% na B3.
A empresa de meios de pagamentos anunciou na noite de ontem (22) que teve lucro líquido de R$ 380 milhões, um avanço de 18% em relação a igual período de 2021.
Já o lucro líquido recorrente — que considera bonificações de executivos e desinvestimento realizado um ano antes — somou R$ 411 milhões entre julho e setembro. Analistas esperavam lucro de R$ 409 milhões, segundo a Refinitiv, enquanto a própria PagSeguro havia divulgado previsão de lucro entre R$ 400 milhões e R$ 410 milhões.
A receita líquida total da empresa foi de R$ 4,035 bilhões, uma alta de 45% em base anual — em linha com a projeção da companhia de entre R$ 4 bilhões e R$ 4,1 bilhões.
Então, do que o mercado não gostou?
O problema da PagSeguro não foi o resultado do terceiro trimestre, mas sim o que virá — e, por isso, as ações da empresa estão sendo punidas em Nova York e na B3 hoje.
Leia Também
Para o quarto trimestre, o presidente-executivo da PagSeguro, Alexandre Magnani, disse que o crescimento percentual da empresa deve perder ritmo diante de base de comparação mais forte em 2021 — quando houve forte abertura da economia após o auge da pandemia de covid-19.
Além disso, Magnani citou a desaceleração no mercado de crédito para consumo.
Para 2022 como um todo, a PagSeguro projeta um lucro recorrente de R$ 1,57 bilhão a R$ 1,6 bilhão, avanço de 10% a 12% em comparação a 2021, e de lucro contábil de R$ 1,45 bilhão a R$ 1,48 bilhão, alta de 24% a 27%. Ambos serão recordes caso sejam atingidos.
PagSeguro: a visão de quem está de fora
Segundo o Bradesco BBI, a expectativa de desaceleração no ritmo de crescimento fornecida pela própria PagSeguro não é uma surpresa. Para o banco, a queda de 12% das ações no acumulado do mês já antecipava um resultado “suave”.
O banco diz ainda que o desempenho futuro da empresa deve continuar pesando sobre os papéis, principalmente por três fatores:
- Desaceleração no crescimento do TPV,
- Pouco espaço para aumentos adicionais consideráveis de preços e
- Altos níveis de churn (cancelamento) em sua base de comerciantes
A recomendação do Bradesco BBI para as ações é neutra, com preço-alvo de US$ 15, o que representa um potencial de valorização de 25% ante o fechamento de ontem.
Outro que também tem recomendação neutra para a PagSeguro é o BTG Pacutal, com preço-alvo de US$ 15 em 12 meses, um potencial de valorização de 25%.
Segundo o BTG, os resultados do terceiro trimestre não ficaram longe do que o banco esperava, mas as tendências não parecem favoráveis.
As previsões para o quarto trimestre, de acordo com o BTG, sugerem que a PagSeguro terá dificuldades de crescer em 2023 e, com a Selic alta, as despesas devem subir.
O Itaú BBA também avalia que a PagSeguro teve um bom terceiro trimestre, como esperado. Mas ressalta que o guidance apontando volumes e margens com crescimento mais lento é decepcionante.
Segundo o Itaú BBA, essa previsão sinaliza que os desafios macroeconômicos afetarão os volumes da indústria, com números do quarto trimestre de 5% a 10% abaixo das projeções atuais.
Ainda assim, a recomendação do banco para PagSeguro é de compra, com preço-alvo de US$ 23 para 2023, um potencial de valorização de 90% sobre o fechamento de ontem.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio