Meta em crise: Mark Zuckerberg quer contratar menos funcionários e demitir mais gente a partir de agora
A dona do Facebook espera um segundo semestre de vacas magras e enfrentará um severo corte de gastos; por isso, a companhia prioriza equipes mais enxutas e agressivas

A crise econômica global não assusta apenas os investidores ao redor do mundo inteiro, mas também o bilionário Mark Zuckerberg. O CEO da Meta, dona do Facebook, afirmou que “esta pode ser uma das piores crises da história recente" e já começou a mudar suas previsões para o ano.
Ao que tudo indica, a companhia terá que enfrentar um severo corte de gastos — a começar pela meta de contratações, conforme apuração da Reuters.
Ao contrário do que Zuckerberg projetava antes, a empresa de mídia social deve contratar apenas entre 6 mil e 7 mil engenheiros em 2022, uma queda de 30% em relação aos planos anteriores.
O corte nas contratações não veio só agora, inclusive. A Meta confirmou que desacelerou o ritmo de admissões já no mês passado.
Os cortes na Meta de Mark Zuckerberg
Além de menos contratações, a Meta também quer demitir ainda mais funcionários e vai intensificar a gestão de desempenho para eliminar empregados “incapazes de cumprir metas mais agressivas”.
"Realisticamente, provavelmente há um monte de pessoas na empresa que não deveriam nem estar aqui", disse Mark Zuckerberg.
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A estratégia do CEO é justamente instaurar metas agressivas para que os funcionários façam uma espécie de autoseleção. “Vocês podem decidir que este lugar não é para você”.
Com os cortes, a Meta espera "operar equipes mais enxutas, agressivas e com melhor execução", segundo o diretor de produtos da companhia, Chris Cox.
Um segundo trimestre mais enxuto
Segundo a agência Reuters, a dona do Facebook espera um segundo semestre de vacas magras devido às pressões macroeconômicas causadas pelo temor da recessão nos Estados Unidos.
"Estamos em tempos sérios aqui e os ventos contrários são ferozes. Precisamos operar perfeitamente em meio a um ambiente de crescimento mais lento, onde as equipes não devem esperar grandes influxos de novos engenheiros e orçamentos", disse Chris Cox em memorando interno.
A questão da privacidade de dados, que resultou na desaceleração das vendas dos negócios de anúncios da Meta, também pode influenciar os números de abril e junho.
O aumento da popularidade do Reels, o produto da Meta de vídeos curtos que compete com o rival TikTok, pode ser uma ajuda importante para impulsionar os resultados do trimestre, segundo Cox.
O executivo destaca a necessidade de impulsionar os anúncios no reels "o mais rápido possível". Para Mark Zuckerberg, a receita em anúncios deve crescer gradualmente à medida que os anunciantes se sintam mais confortáveis com o formato de vídeo.
*Com informações de Reuters
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Informação foi apurada pelo portal estadunidense The Information