Ação do Mercado Livre (MELI34) chega a subir mais de 7% em Nova York após balanço — saiba o que agradou os investidores
A empresa teve crescimento de quase 36% no lucro líquido, que totalizou US$ 129 milhões no trimestre; lucro por ação veio acima do esperado
Todo esforço será recompensado. A máxima de origem bíblica explica exatamente o que aconteceu com o Mercado Livre (MELI34) no terceiro trimestre: a gigante do varejo on-line se empenhou para fortalecer o negócio de comércio eletrônico — promovendo a marca e a fidelidade — e agora colhe os frutos.
Entre julho e setembro, o Mercado Livre registrou lucro líquido de US$ 129 milhões, o que representa um crescimento de 35,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho se deve à expansão do Mercado Pago — a performance da fintech acabou ofuscando a desaceleração das compras on-line.
"O Mercado Pago está crescendo exponencialmente, atestando o potencial de desenvolvimento e expansão dos serviços financeiros na região", disse o chefe financeiro, Pedro Arnt, em nota.
O lucro por ação, por sua vez, deu um salto de US$ 1,92 para US$ 2,56 em termos anuais.
Já a receita somou US$ 2,69 bilhões no período, uma expansão de 45% na mesma base de comparação.
Leia Também
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A receita veio em linha com as projeções, que também indicavam US$ 2,69 bilhões. Para o lucro por ação, a estimativa era de US$ 2,31, de acordo com a Zacks Consensus Estimate.
A reação do mercado ao desempenho do Mercado Livre foi imediato. As ações MELI chegaram a subir mais de 7% no after market em Nova York.
Um esforço recompensado
Além da promoção da marca e da fidelidade, o Mercado Livre (MELI34) também empenhou esforços para aprimorar os serviços de transporte — a ideia era oferecer uma experiência aprimorada de compra aos clientes.
Além disso, a gigante do varejo eletrônico aumentou os investimentos no negócio de logística para melhorar o desempenho do sistema de entrega — que também contou com a expansão da rede de logística gerenciada.
O esforço se refletiu diretamente na MercadoEnvios, divisão que foi uma das forças no terceiro trimestre — com México e Chile registrando o ritmo de entrega mais rápido em 48 horas.
Outra divisão que sentiu o efeito desse empenho foi a Mercado Pago, fintech que recebeu reforço no sistema de pagamentos on-line e na carteira on-line também.
A fintech registrou US$ 32,2 bilhões em volume total de pagamentos, um aumento de 54% considerando a base em dólar e de 76% em uma base cambial neutra.
A receita do Mercado Pago subiu 94% entre julho e setembro, para US$ 1,2 bilhão, impulsionada principalmente pelo aumento de usuários e pelo pagamento por QR code, além dos terminais móveis no Brasil, na Argentina e no México.
Ao longo do terceiro trimestre, o Mercado Pago adicionou 4 milhões de novos usuários, elevando a base de usuários ativos em 12%, para 88 milhões.
Mercado Livre (MELI34) e os ventos contrários
O volume total de vendas (GMV) totalizou US$ 8,6 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo período do ano anterior em uma base cambial neutra, ou alta de 18% em dólares.
Apesar da expansão, esse desempenho marca uma desaceleração contínua com relação aos níveis alcançados na pandemia de covid-19, uma vez que as pessoas têm retomado as compras em lojas físicas.
Segundo o vice-presidente sênior do Mercado Livre, Andre Chaves, a aceleração da inflação e as altas taxas de juros afetam o poder de compra dos clientes, pesando no desempenho do comércio eletrônico da a América do Sul.
Apesar disso, Chavez afirmou em entrevista para a Reuters logo depois da divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que os negócios no Brasil — onde a companhia tem ganhado participação de mercado — devem expandir para produtos de supermercado, um segmento que teve um crescimento massivo desde a pandemia.
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026