Magazine Luiza (MGLU3) deixa lucro para trás e registra prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no primeiro trimestre; confira o que derrubou o Magalu

Última das grandes varejistas da B3 a divulgar os resultados do primeiro trimestre, o Magazine Luiza (MGLU3) reforçou nesta segunda-feira (16) como o cenário macroecônimo atrapalha a vida das gigantes do comércio físico e eletrônico.
A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões entre janeiro e março, contra lucro de R$ 258,6 milhões no mesmo período do ano anterior. A notícia não é boa para os papéis MGLU3, que já recuam mais de 33% neste ano e devem reagir ao rombo financeiro na próxima terça-feira (16).
Segundo a companhia, o resultado negativo foi influenciado "principalmente pelo aumento das despesas financeiras no período". Os gastos com juros de empréstimos e financiamentos, antecipação de cartões de terceiros e Luiza e com outras despesas e impostos dispararam 254,6%, para R$ 558,5 milhões.
Mas, mesmo castigado pela inflação, que diminui o poder de compra dos brasileiros, e pela alta da taxa Selic - que, para conter a alta dos preços, encarece o crédito, o Magalu ainda reportou um leve ganho em outro indicador importante.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado avançou 1,7%, na mesma base de comparação, para R$ 434,2 milhões. Neste caso, a empresa atribui o resultado ao crescimento das vendas e da margem bruta.
- FUJA DE MAGALU POR ENQUANTO: Analista recomenda short no Nubank e revela uma ação de banco com potencial de valorização para ganhar 'em dobro'; conheça a estratégia
Nada abala o e-commerce
Inflação e juros à parte, a divisão de e-commerce da empresa não para de crescer. As vendas no comércio eletrônico totalizaram R$ 10 bilhões no trimestre, avanço de 16% na base anual.
Leia Também
A cifra representtou 72% das vendas totais do Magazine Luiza no período. O marketplace da empresa, que já conta com 180 mil sellers - como são chamados os vendedores parceiros - registrou alta de 50% e correspondeu a 36% das negociações online.
Ainda que com números mais tímidos, as lojas físicas também melhoraram a performance no início do ano. As vendas desse canal subiram 6%, na comparação com o 1T21, para R$ 3,9 bilhões.
Os postos no mundo real também ajudam na captação para ecossistema online do Magalu, segundo informações da empresa. "Há exatamente um ano, os colaboradores das lojas passaram a identificar e a incorporar varejistas locais, completamente analógicos", explica, em nota, o Magazine Luiza.
As pedras no caminho do Magazine Luiza (MGLU3)
Mas os resultados negativos devem dar uma trégua ainda este ano. Segundo o JP Morgan, a proximidade da Copa do Mundo do Catar melhora a perspectiva de alta dos negócios e deve aumentar as margens do Magazine Luiza.
A varejista tem reduzido os esforços no atacado, revendendo seus produtos para outros sites, para concentrar as energias diretamente na venda para clientes, o que é visto como ponto positivo na análise do JP Morgan.
O banco de investimentos destaca que são as vendas on-line e a possibilidade de otimização dos custos do negócio quem injeta ânimo no Magazine Luiza.
As margens brutas devem crescer cerca de 27,2% este ano, em especial após o anúncio de reestruturação do último trimestre. As lojas físicas devem melhorar o desempenho com essa otimização, mas o e-commerce também fica melhor posicionado com as mudanças.
E o Brasil ainda tem espaço para o crescimento do varejo online, apesar da intensificação devido a pandemia de covid-19. “Nesse contexto, empresas bem posicionadas como o Magazine Luiza devem captar recursos desse crescimento”, destaca o relatório.
Você também pode conferir esse contéudo no nosso canal do YouTube, clique a seguir:
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles