Da falência aos bilhões, Jorge Paulo Lemann dá três dicas para quem quer empreender com sucesso
De uma corretora que quebrou até seu negócio de maior sucesso, Lemann adquiriu experiência suficiente para servir como guru de empreendedores
Da falência aos 26 anos de idade ao posto de brasileiro mais rico do mundo, o empresário Jorge Paulo Lemann é praticamente uma entidade quando se trata de gestão de empresas.
Não apenas por acumular um patrimônio líquido estimado de US$ 15,4 bilhões (R$ 72,9 bilhões), mas por ter tido uma trajetória feita de muitos acertos e também alguns erros.
Ao longo de sua trajetória profissional, Lemann vivenciou as euforias do mercado e seus vários solavancos.
De uma corretora que quebrou até seu negócio de maior sucesso, a AB Inbev, Lemann adquiriu experiência suficiente para servir como uma espécie de guru dos empreendedores.
Por isso, toda vez que Lemann fala em público, vale a pena ouvir o que ele tem a dizer. Durante evento promovido pela Volpe Capital, o bilionário trouxe algumas lições valiosas para quem ser bem sucedido com gestão de empresas. Confira a seguir três ensinamentos do empresário:
1) Contratar as pessoas certas
Parece óbvio, mas se uma empresa não contrata as pessoas certas para seus objetivos, não tem como o negócio prosperar.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
"Quando éramos traders no mercado financeiro, contratamos perfis de pessoas que queriam ganhar dinheiro rápido. Nós incentivávamos isso pagando grandes bônus", disse Lemann.
O magnata se referia à corretora Garantia, comprada por Lemann e um grupo de sócios em 1971. No livro Sonho Grande, que conta a história do trio Lemann, Telles e Sicupira , a jornalista Cristiane Correa revela que Lemann buscava profissionais chamados por ele de PSD (poor, smart, deep desire to get rich) — pobres, espertos e com grande desejo de enriquecer.
No entanto, ele afirma que, conforme a necessidade de pensar mais a longo prazo foi se fazendo presente, ele teve de repensar o perfil de profissional que a empresa queria atrair.
"Queremos que os funcionários pensem no longo prazo. Agora, nosso sistema de remuneração é baseado num plano de 5 anos", disse.
Isso nos leva ao ensinamento seguinte.
2) Fazer ajustes conforme for necessário
O mundo muda constantemente e, para prosperar, é necessário estar antenado a tudo o que está acontecendo.
"Ao aceitar que as coisas estão mudando, você precisa se ajustar, não dá para ficar parado", apontou.
Lemann ressaltou a revolução tecnológica e admitiu que não tem muito conhecimento sobre isso.
"Mas ao conseguir encontrar os caras que sabem mais que eu, posso achar bons investimentos no mundo da tecnologia", reforçou.
3) Ter sócios que pensam diferente de você
De acordo com Lemann, o fato de ele e seus sócios na 3G Capital, Beto Sicupira e Marcel Telles, terem diferentes características entre si foi e continua sendo essencial para a longevidade e o sucesso da parceria.
"Na minha primeira sociedade, todos nós éramos caras da Ivy League (as principais universidades privadas dos Estados Unidos). Ou seja, éramos todos iguais e fomos à falência em três anos", detalhou.
Ainda assim, ele frisa que parcerias podem não durar para sempre e, para isso, é preciso ter um plano detalhado em contrato de como ela deve terminar.
Leia também:
- Como Alex Behring, sócio de Lemann na 3G Capital, acumulou uma fortuna de mais de R$ 23 bilhões e virou o 9º homem mais rico do Brasil
- Rihanna e três brasileiros aparecem na lista dos novos bilionários de 2022 da Forbes
- Lemann, sobre AB Inbev: depois da pandemia, que nos freou, vamos voltar a crescer
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
