🔴 IPCA-15 DE ABRIL DESACELERA – VEM AÍ SELIC A 10,50% OU 10,25? SAIBA ONDE INVESTIR

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
ROTA DO BILHÃO

Como Alex Behring, sócio de Lemann na 3G Capital, acumulou uma fortuna de mais de R$ 23 bilhões e virou o 9º homem mais rico do Brasil

O carioca é sócio e cofundador de uma das maiores empresas de private equity do Brasil, junto com outros três bilionários gigantes que criaram a Ambev e fazem parte do ranking da Forbes

Camille Lima
Camille Lima
17 de abril de 2022
9:15 - atualizado às 17:01
Alexandre Behring, cofundador da 3G Capital
Alexandre Behring, cofundador da 3G Capital - Imagem: Shutterstock/Montagem Seu Dinheiro Brenda Silva

Onde você se imagina aos seus 50 e poucos anos de idade? Em um cargo de liderança em uma empresa legal? Quem sabe em uma vida mais tranquila, morando em uma cidade do interior? Ou talvez apostando na loteria, às esperanças de conseguir um prêmio milionário. Pois Alex Behring, sócio de Jorge Paulo Lemann, chegou lá na invejável condição de um dos homens mais ricos do Brasil, segundo o ranking da Forbes.

O cofundador da 3G Capital, uma das maiores empresas de private equity do Brasil, é extremamente conhecido no mercado financeiro e entrou para a lista dos 10 homens mais ricos do país há dois anos, em sexto lugar. No ranking de 2022, o bilionário de 55 anos aparece na 9ª posição.

Hoje, Alex se encontra com um patrimônio líquido de US$ 5,1 bilhões, segundo a apuração da Forbes, equivalente a R$ 23,7 bilhões. Mas, para chegar até onde chegou, Behring teve que percorrer uma longa jornada em direção ao bilhão. Quer saber como ele fez isso? Confira o especial da Rota do Bilhão.


Este texto faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre os homens mais ricos do Brasil. Embarque na sua estação favorita:


A formação de Alex Behring e um encontro transformador

De acordo com a Forbes, a fonte da fortuna de Alex Behring foram os investimentos e auto-fabricados. Mas comecemos pelo começo: o caminho de Alex até as grandes empresas. 

Behring nasceu no Rio de Janeiro em 1967. O carioca se formou em Engenharia Elétrica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). 

Em seus anos de universidade, o executivo iniciou um estágio na área de redes internas de informação no Citigroup. 

Em 1989, ou seja, aos 22 anos de idade, Alex fundou o seu primeiro negócio, o Modus OSI e Tecnologias, que prestava serviços para instituições bancárias e possuía escritórios no Brasil e nos Estados Unidos.

A trajetória na empresa durou cinco anos. Em 1994, Behring vendeu sua participação na companhia e foi aos Estados Unidos fazer um MBA na Harvard Business School. Foi nessa época que ele conseguiu um novo estágio, desta vez, no banco Goldman Sachs.

Na terra do Tio Sam, Alex teve um encontro que mudou sua vida e deu o pontapé inicial que Behring precisava na rota do bilhão: uma palestra com Beto Sicupira, um dos fundadores da GP Investimentos, considerado o primeiro fundo de private equity — que investe em participações em empresas — do Brasil.

Lá, depois de escutar boas coisas sobre o executivo, Sicupira ofereceu uma vaga de analista na GP para Behring. É aí que tudo mudou para Behring.

Alex Behring e a GP Investimentos

A GP Investimentos foi criada por três outros nomes que integram o ranking de bilionários da Forbes. São eles Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles. 

A trajetória de Behring na empresa de private equity durou em torno de 10 anos e abriu as portas para o seu futuro que conhecemos hoje. Lá, o executivo aprendeu sobre como funcionavam fusões e outros investimentos, com mentoria de “luxo” de Jorge Paulo Lemann.

Alex trabalhou como analista na GP por aproximadamente um ano, até que foi convidado a se juntar ao time de sócios da companhia. 

Behring atuou como sócio e membro do Comitê de Investimentos da empresa por cerca de mais oito anos.

Durante a passagem na GP, Alex ainda trabalhou como diretor e CEO da maior ferrovia da América Latina, a América Latina Logística (ALL) — que deu origem à atual Rumo — entre 1998 e 2004.

Behring e os três bilionários

Vou mudar o foco agora para explicar a jornada de Alex Behring com os três maiores empresários do Brasil.

No começo dos anos 2000, os bilionários Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles decidiram vender suas fatias na GP e concentraram os esforços no ramo de cervejas.

Em 1999, o trio de empresários, que já comandava a Brahma, fechou a compra da Antarctica, que deu origem ao “sonho grande” da AB Inbev, a quinta maior fabricante de cervejas do mundo e detentora de 73% do mercado brasileiro. Behring entrou para o conselho da companhia em abril de 2014, onde ficou por mais cinco anos.

Logo depois, Lemann e seus parceiros de negócios decidiram criar a 3G Capital em 2004 — e chamaram Alex para fazer parte da empreitada. Ele entrou como cofundador, sócio-gerente e membro do comitê de investimentos da companhia.

3G Capital e Alex Behring

É inegável a importância de Alex Behring na 3G Capital. Em 2010, a empresa de investimentos comprou o Burger King, um dos ícones do capitalismo dos Estados Unidos. 

Logo depois, Alex se tornou co-presidente e membro do conselho da Restaurant Brands International, a unidade do setor alimentício da 3G Capital e gestora do Burguer King e da Tim Hortons.

Em 2013, a companhia incluiu a Kraft Heinz no portfólio, com a compra da Heinz pela 3G e pela Berkshire Hathaway. Com isso, Behring entrou como presidente e membro do Conselho da The Kraft Heinz Company.

Burger King e Tim Hortons

Alex Behring acumulou no currículo boas tacadas e outras nem tanto à frente da 3G Capital. A estratégia foi a mesma que consagrou Lemann e os demais sócios: investir em empresas com marcas consolidadas, mas com problemas de gestão. 

Esse era o caso do Burger King quando a 3G comprou a rede de fast food por US$ 4 bilhões há 12 anos. 

Dois anos após a aquisição, o estilo de gestão da 3G, que envolve um severo controle de custos, começou a dar frutos. Atualmente, o BK é a segunda maior rede do segmento no mundo.

“Aplicamos inovações em nossas plataformas e investimos em campanhas de marketing bastante criativas. Procuramos dar aos nossos clientes várias razões para voltarem aos nossos restaurantes”, disse Behring ao Financial Times, em 2017.

Quatro anos depois da compra da rede de hambúrgueres, a 3G comprou a franquia canadense de café e fast food Tim Hortons por US$ 11,4 bilhões. Foi aí que surgiu a Restaurant Brands International, a nova controladora das duas redes.

Kraft Heinz

A compra da fabricante de condimentos Heinz parecia fadada ao mesmo sucesso do Burger King. A 3G Capital investiu US$ 28 bilhões na aquisição da gigante de alimentos em 2013.

Dois anos depois, um dos maiores investidores do mundo, Warren Buffett fechou negócio com Alex Behring e seus sócios da 3G Capital para comprar a Kraft por US$ 62,3 bilhões.  

Essa fusão entre a Heinz e a Kraft deu vida à The Kraft Heinz Company em 2015, a quinta maior empresa de alimentos do mundo. Porém, o negócio não deu tão certo, a ponto de Lemann, mentor de Behring, chegar a afirmar que “o sonho grande da Kraft Heinz acabou”.

Apesar das dificuldades com a Kraft Heinz, o modelo de negócios dos empresários brasileiros segue como referência de gestão internacional. Em uma rara entrevista, o próprio Alex Behring resumiu o sistema:

“Quanto melhor você se desempenha, mais autonomia você tem para dizer o que você quer fazer. Mas você tem que botar o seu dinheiro onde está a sua voz.”

Compartilhe

QUEM DÁ MAIS?

Quanto vale a foto de um bilionário? Ex-namorada de Elon Musk leiloa imagens e itens da época universitária

12 de setembro de 2022 - 15:57

Estão à venda 18 fotografias, um colar de esmeralda e um cartão de aniversário assinado pelo dono da Tesla; os itens recebem lances até o dia 14 de setembro

VAI FALTAR DINHEIRO?

Elon Musk no banco dos réus? Processo contra o bilionário por suposto esquema de pirâmide com dogecoin (DOGE) se agrava

8 de setembro de 2022 - 11:45

Ação judicial alega que o bilionário e outros oito réus teriam lucrado “dezenas de bilhões de dólares” às custas de outros investidores

OCEANO DE AZAR

Michael Saylor em apuros? Bilionário é acusado de sonegar milhões em impostos — e a MicroStrategy não saiu ilesa

1 de setembro de 2022 - 13:02

Procurador-geral de Columbia acusa Saylor de nunca ter pagado imposto de renda no estado em que supostamente morava há dez anos e evadido US$ 25 milhões em impostos distritais

BILIONÁRIO ANIVERSARIANTE

Parabéns, Warren Buffett! Por que o “Oráculo de Omaha” segue como referência no mercado financeiro aos 92 anos

30 de agosto de 2022 - 15:15

Aos 11 anos, Buffett fez seu primeiro investimento na bolsa de valores; CEO da Berkshire Hathaway, construiu riqueza com alocações a longo prazo e baixo risco

ATIVISTA POLÍTICO?

Como Luciano Hang, fiel apoiador de Jair Bolsonaro, virou o 10º brasileiro mais rico

26 de agosto de 2022 - 13:14

Catarinense, Luciano Hang tem mais de 160 lojas em todo o Brasil. O “véio da Havan” está entre os bilionários brasileiros desde 2019

ESTRADA DO FUTURO

A Tesla, de Elon Musk, está provocando uma revolução em uma indústria maior que a de carros elétricos — e ninguém está falando sobre isso!

25 de agosto de 2022 - 6:34

Empresas que conseguirem entrar na casa dos consumidores com seus produtos terão a oportunidade de organizar o mercado de geração alternativa e autônoma de energia

EM BUSCA DE CONTROLE?

Warren Buffett está autorizado a comprar até metade da Occidental Petroleum; entenda o que o bilionário vê na petroleira

20 de agosto de 2022 - 13:18

Berkshire Hathaway, o conglomerado de Warren Buffet, já possui mais de 20% das ações da Ocidental Petroleum; analistas especulam que ele estaria atrás do controle da empresa

FALA SÉRIO!

E se Elon Musk comprasse o Manchester United? Veja quanto ele teria que pagar se não fosse piada

17 de agosto de 2022 - 11:48

Ações do Manchester United chegaram a disparar na bolsa de Nova York, mas perderam força depois que Elon Musk desmentiu o próprio tuíte

RESQUÍCIOS DO IMPÉRIO

Limpando o nome: Entenda o leilão bilionário que pode acabar com as dívidas de Eike Batista

16 de agosto de 2022 - 11:35

Nesta terça-feira (16), devem ser conhecidas as propostas por um lote de debêntures da Anglo American; o lance mínimo é de R$ 1,25 bilhão

ROTA DO BILHÃO

O homem mais rico do mundo: Confira as polêmicas e tudo o que você ainda não sabe sobre Elon Musk

14 de agosto de 2022 - 8:15

Fundador de empresas como Tesla, SpaceX, Neuralink e Starlink, o empresário viu sua fortuna multiplicar-se mais de dez vezes desde 2020, atingindo os atuais US$ 259,9 bilhões

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar