Getnet (GETT11) surpreende com intenção de cancelar registro na B3 e na Nasdaq sete meses após a estreia; veja quanto a empresa pagará por ação
A empresa não revelou os motivos por trás da retirada, mas uma breve análise do contexto macroeconômico e setorial pode fornecer várias pistas

Mal chegou e já está de saída? A B3 bem que poderia fazer essa pergunta para a Getnet (GETT11). Isso porque a empresa de maquininhas revelou nesta quinta-feira (19) que pretende cancelar seu registro de capital aberto na bolsa brasileira e na norte-americana Nasdaq apenas sete meses após a estreia.
Segundo o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão partiu da PagoNxt Merchant, controladora direta da companhia e subsidiária do Santander. Vale relembrar que a Getnet iniciou as operações na B3 após uma aguardada cisão do banco.
O objetivo da operação, na época, era dar fôlego para que a empresa de maquininhas ampliasse o seu mercado de atuação e se consolidasse como um dos principais nomes do setor, com um portfólio amplo de serviços e ferramentas disponíveis.
Detalhes da oferta
Na hora de definir o preço para retirar suas ações do mercado, a Getnet optou pelo valor resultante do leilão de abertura do início das negociações na B3, em 18 de outubro.
Confira os valores por ação:
- GETT3: R$ 2,36
- GETT4: R$ 2,36
- GETT11: R$ 4,72
O preço da oferta representa um prêmio de 29,3% em relação ao fechamento de GETT11 no pregão desta quinta-feira.
Leia Também
Já pelas ADSs (Ações Depositárias Americanas, como são chamadas as partes de um lote de ADRs negociados nos EUA) a empresa pagará o equivalente em dólares americanos ao preço de duas Units (GETT11). Na conversão, valerá a taxa de câmbio do dia útil anterior à liquidação das ofertas.
Além do preço da oferta, os acionistas de Getnet receberão dividendos ou juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 0,42 por ativo até a liquidação da operação, segundo a companhia. A cifra equivale a 9% do preço da oferta.
Por que partir?
O comunicado da Getnet não fala se há outros motivos por trás da rápida saída, mas uma breve análise do contexto macroeconômico e setorial pode fornecer várias pistas.
A entrada da companhia na bolsa foi seguida por um mau momento do setor de maquininhas que ainda afeta as cotações atuais do segmento. Com vários competidores surgindo e oferecendo novas soluções aos lojistas, até empresas mais famosas, como Cielo (CIEL3) e Stone (STOC31), sofreram com o cenário.
E com a Getnet não foi diferente. As ações ordinárias, preferenciais e units dispararam logo após o início das negociações, mas depois devolveram a alta e agora acumulam uma queda de até 28% desde outubro do ano passado. Veja abaixo o desempenho:
Ação | Preço de estreia | Fechamento de 19/05 | Variação | Máxima |
GETT11 | R$ 4,72 | R$ 3,63 | -23,09% | Acima de R$ 9,00 |
GETT3 | R$ 2,21 | R$ 1,81 | -18,10% | Acima de R$ 6,50 |
GETT4 | R$ 2,54 | R$ 1,81 | -28,74% | Acima de R$ 5,00 |
O cronograma para a retirada da empresa da bolsa ainda não está disponível. A Getnet convocará, nos próximos dias, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e uma reunião do conselho de administração para deliberar sobre o cancelamento do registro.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Momentos finais para se inscrever na Riachuelo, KPMG, Peers e P&G; confira essas e outras vagas para estágio e trainee
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Natura (NTCO3): proposta de incorporação é aprovada por unanimidade; confira o que muda para os investidores
Agora, o processo precisa do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser concluído
A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira
O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões