Mal foi e já voltou: Disney demite CEO após críticas e recontrata Bob Iger para o cargo — e ação dispara em NY
Bob Iger, que atuou como diretor executivo da gigante de entretenimento durante 15 anos, deverá ocupar o cargo em um mandato de dois anos
Imagine ser escolhido para assumir a chefia de um negócio e, logo em seguida, passar a entregar resultados financeiros cada vez mais abaixo das expectativas do mercado. Essa não é a performance mais desejada por uma empresa, especialmente quando se trata de uma das maiores companhias de entretenimento do mundo. Então, não é de se espantar tanto que o desempenho de Bob Chapek não tenha lá agradado a Disney.
Chapek foi nomeado CEO da empresa em fevereiro de 2020, ocupando o lugar de Bob Iger, que atuou na posição durante 15 anos e havia dito anteriormente que não voltaria ao cargo.
Pouco menos de três anos desde que o executivo foi escolhido a dedo para suceder o antigo diretor executivo da empresa, a Disney anunciou, ao final da noite de ontem, que trocaria o comando imediatamente.
Iger deverá ocupar o cargo em um mandato de dois anos, segundo o comunicado da companhia, “para definir a direção estratégica para um crescimento renovado e trabalhar em estreita colaboração com o Conselho no seguimento de um sucessor para liderar a empresa”.
As ações da Disney dispararam 9,69% antes da abertura dos negócios em Wall Street nesta segunda-feira, para US$ 100,70 por ação.
Um dos Bobs está de volta
A mudança de CEO acontece apenas duas semanas depois de a gigante de mídia reportar números mais fracos do que o esperado no balanço trimestral e dias após Chapek anunciar a intenção de cortar os gastos na empresa — incluindo o congelamento de contratações e novas demissões.
Leia Também
“O Conselho concluiu que, à medida que a Disney embarca em um período cada vez mais complexo de transformação da indústria, Bob Iger está em uma posição única para liderar a empresa nesse período crucial”, disse a companhia, em nota.
“Estou extremamente otimista com o futuro desta grande empresa e emocionado com o convite do Conselho para retornar como seu CEO”, disse Bob Iger, em comunicado à imprensa.
Já em um memorando enviado a funcionários da Disney na noite de ontem, Iger destacou que ele mesmo estava "espantado" ao retornar à cadeira de CEO da companhia.
“É com um incrível senso de gratidão e humildade — e, devo admitir, um pouco de espanto — que escrevo para vocês esta noite com a notícia de que estou voltando para a The Walt Disney Company como CEO”, escreveu.
“Eu sei que esta empresa pediu muito de vocês durante os últimos três anos, e esses tempos certamente permanecem bastante desafiadores, mas como você já me ouviu dizer antes, sou otimista e, se aprendi uma coisa em meus anos na Disney, é que mesmo diante da incerteza — talvez especialmente diante da incerteza — nossos funcionários e membros do time alcançam o impossível.”
Leia também:
- Copel (CPLE6) com capital pulverizado? Se depender do governo do Paraná, privatização vai acontecer — ações disparam 22%
- Apoiado por Bolsonaro, Ilan Goldfajn projeta relação harmoniosa entre BID e Lula
A liderança conturbada na Disney
Em qualquer filme da Disney, é possível notar que o bom desempenho de um líder deve estar alinhado aos interesses de sua equipe — e, devo dizer, Bob Chapek não estava lá muito popular entre os funcionários da Disney.
Em primeiro lugar, o executivo comprou briga com a atriz Scarlett Johansson, conhecida pelo papel de Viúva Negra no universo cinematográfico da Marvel.
A estrela foi à Justiça alegar que a Disney quebrou o contrato ao lançar o filme “Viúva Negra” na plataforma de streaming Disney+. O até então CEO da companhia afirmou que “descobriu maneiras de compensar [a atriz] de forma justa”, independentemente do método de lançamento do filme.
Mas a discussão com Johansson foi apenas uma das questões que formam a lista de descontentamentos em relação a Chapek.
Depois de ver a empresa entregar um balanço aquém das expectativas de Wall Street, o executivo planejou um congelamento de contratações, cortes de custos e demissões em toda a empresa.
As medidas parecem ir na contramão da chefia do antigo presidente-executivo, Bob Iger. Em março de 2020, os executivos se desentenderam — e Chapek decidiu distanciar-se de Iger nas decisões sobre o futuro da companhia.
Uma das ideias do CEO era adotar uma nova abordagem para preços de streaming para Disney+, Hulu e ESPN+, que incluía o aumento de 38% no valor do Disney+, que começa a suportar anúncios na plataforma.
*Com informações de Variety e CNBC
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
