BRF (BRFS3) aprova oferta de 325 milhões de ações e abre caminho para o controle da Marfrig (MRFG3); entenda
O valor total do follow on ainda não está definido, mas, considerando o fechamento de hoje (R$ 24,75), a oferta pode ultrapassar os R$ 8 bilhões
De olho em reduzir o endividamento e destravar a expansão financeira, a BRF (BRFS3) conseguiu na noite desta segunda-feira (17) o sinal verde de seus acionistas para realizar uma oferta pública de até 325 milhões de ações e ADRs, recibos de papéis negociados nos Estados Unidos.
O preço por ação e o valor total do follow on ainda não estão definidos, mas, considerando a cotação de fechamento de hoje (R$ 24,75), a oferta pode ultrapassar os R$ 8 bilhões. Desse montante, R$ 500 milhões vão para o capital social, enquanto o restante será destinado à formação de uma reserva de capital.
Além disso, a Assembleia Geral da companhia também aprovou um aumento do capital social além do limite estipulado pelo estatuto. As duas aprovações abrem a possibilidade de que a Marfrig (MRFG3), que hoje detém 31,66% da BRF, assuma o controle da empresa.
Por que a BRF quer fazer uma nova — e bilionária — oferta de ações?
Para responder a essa pergunta, é preciso observar com cuidado as finanças da empresa. Uma consulta ao balanço da dona da Sadia e da Perdigão no terceiro trimestre nos mostra uma pressão considerável no front do endividamento — a dívida líquida da BRF superava os R$ 16 bilhões ao fim de setembro —, o que trava as metas de expansão no médio prazo.
Sendo assim, a capitalização via oferta de ações aparece como uma alternativa interessante para aliviar o peso dessa âncora e permitir a expansão da companhia. Um objetivo que, ao menos por enquanto, compensa o efeito colateral da diluição da base acionária.
Em dezembro de 2020, a BRF revelou seu plano estratégico até 2030: a ideia é atingir uma receita líquida de mais de R$ 100 bilhões ao fim da década, com o Ebitda mais que triplicando no mesmo período. Para tal, a companhia estima investimentos da ordem de R$ 55 bilhões ao longo desse período.
Leia Também
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Esse projeto vinha com alguns marcos temporais: até 2023, a receita líquida deveria atingir os R$ 65 bilhões; até 2026, o Ebitda deveria dobrar em comparação com o nível de 2020. O problema é que, com a estrutura de capital desfavorável, o cumprimento dessas metas ficou cada vez mais difícil.
Tanto é que, no começo de dezembro, a BRF atualizou o seu plano e adiou em um ano o cumprimento desses marcos: a receita de R$ 65 bilhões foi jogada para 2024, e o Ebitda dobrado, para 2027. Os objetivos finais para 2030 foram mantidos, mas com um ajuste de rota, digamos — o que causou alguma frustração no mercado.
Outro ponto crucial diz respeito às métricas de alavancagem. Segundo a empresa, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda nos últimos 12 meses tem o patamar de três vezes como "limite prudencial". Só que, ao fim do terceiro trimestre, essa barreira foi rompida: a alavancagem da BRF chegou a 3,06 vezes.
Veja também - Bitcoin (BTC) na mira: maior corretora de criptomoedas no mundo, Binance vê 2022 como ano da regulamentação do mercado
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital