Warren Buffett sem opções? O megainvestidor está recomprando ações ‘como nunca’, mas permanece com apetite voraz para aquisições à espera de preços atraentes
Em sua carta anual aos investidores, Warren Buffett se define como um business-picker, mas explica que não enxerga oportunidades de brilhar os olhos no momento
Sem novos negócios atraentes para Warren Buffett, a Berkshire Hathaway gastou US$ 27,1 bilhões com a recompra de suas próprias ações ao longo de 2021, o nível mais alto desde 2018, quando o megainvestidor passou a recomprar ativos mais agressivamente.
No quarto trimestre, essas operações chegaram a US$ 1,2 bilhão, desaceleração em relação aos três meses anteriores, quando o volume atingiu os US$ 7,6 bilhões. Em sua carta anual, o bilionário justifica que a medida faz sentido diante de alternativas menos atraentes.
“Charlie [Munger] e eu enfrentamos posições pesadas no passado. Esses períodos nunca são agradáveis, mas também não são permanentes. Felizmente tivemos uma alternativa levemente atraente durante 2020 e 2021 para a implantação de capital”, explica. “Nosso apetite continua grande, mas sempre permanecemos dependentes do preço.”
Investidores leem a carta de Buffett todo ano para entender a estratégia do mago de Omaha na direção do conglomerado, avaliado em mais de US$ 690 bilhões — e para se deleitar com a sabedoria popular do bilionário sobre a vida e os investimentos.
Essa tarefa se complicou nos últimos anos. Ativos com múltiplos caros atrapalham uma das vias favoritas de Buffett para usar o capital: aquisições.
A situação levou a algumas mudanças e forçou Buffett a afrouxar sua política de recompras e chegar às ações de tecnologia, as quais ele geralmente resistia. “Fomos arrastados para esses ativos como um recém nascido”, afirma Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire Hathaway, em entrevista ao Yahoo Finance.
Leia Também
"Nossa meta é ter investimentos significativos em negócios que tenham, ao mesmo tempo, vantagens econômicas duráveis e presidentes/executivos de primeira classe. Charlie e eu não somos stock-pickers; nós somos business-pickers", afirma Buffett.
A carta veio acompanhada dos resultados da companhia, que reportou um lucro líquido de US$ 39,65 bilhões no quarto trimestre de 2021, aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2020. O lucro operacional ficou em US$ 7,29 bilhões no trimestre, alta de 45% ante ao mesmo espaço de tempo de 2020.
O desempenho foi influenciado por ganhos de subscrição de seguros, maior lucro da BNSF Railway e flutuações cambiais. O resultado líquido reflete ainda retornos expressivos com ações da Apple , que sozinha representa quase metade das ações que a Berkshire detém.
O investimento na gigante de tecnologia foi muito importante para a empresa enfrentar a pandemia em 2020, quando outros pilares de seus negócios - como seguros e energia - sofreram intensamente.
“Não penso na Apple como uma ação. Eu penso nisso como nosso terceiro negócio”, disse Buffett, em uma entrevista à CNBC.
De acordo com cálculos do InsiderScore.com, a participação da Berkshire na Apple representa mais de 40% de seu portfólio de ações. Isso porque, além da valorização dos papéis - que triplicaram desde de março de 2020 -, o conglomerado tem desfrutado de dividendos regulares, com uma média de cerca de US $ 775 milhões anuais.
Veja também - RÚSSIA X UCRÂNIA: crise atinge em cheio o mercado financeiro: como ficam seus investimentos?
*Com informações da Bloomberg e Market Watch
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
