Plano Collor na versão russa: Putin se inspira no Brasil dos anos 90 e limita saques em moeda estrangeira
Economia da Rússia vem sendo alvo de sanções dos Estados Unidos e aliados, numa tentativa de conter a invasão da Ucrânia

Em março de 1990, os brasileiros foram surpreendidos pelo Plano Brasil Novo, cuja medida mais conhecida foi o confisco da poupança. Exatos 32 anos depois, o popularmente conhecido Plano Collor ganhou, nesta quarta-feira (02), uma versão russa.
No caso brasileiro, a ideia do Plano Collor 1 e 2 - ambos fracassados - era conter uma inflação galopante. No caso russo, o “Plano Putin” tem como objetivo conter a sangria financeira provocada por sanções impostas por conta da invasão militar na Ucrânia.
Para isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que proíbe a retirada de mais de US$ 10 mil em moeda estrangeira em espécie ou "instrumentos monetários" do país.
O decreto de Putin contra a queda do rublo
Além de reduzir o impacto das sanções, o decreto de Putin tem a intenção de tentar garantir a estabilidade financeira do país.
A moeda russa teve uma queda acentuada após a aplicação das sanções, e, no momento, um dólar vale 109,51 rublos. O país aumentou os juros de 9,5% para 20% e tenta evitar mais fugas de moeda estrangeira.
Leia Também
“A exportação de dinheiro em moeda estrangeira e instrumentos de moeda estrangeira acima de US$ 10.000, calculados com base na taxa de câmbio oficial estabelecido pelo Banco Central da Rússia no dia da exportação, será banida a partir de 2 de março”, diz o decreto.
Rússia e a corrida aos bancos
Assim como no Brasil dos anos 90, a Rússia também vê uma corrida de seus cidadãos aos bancos e caixas eletrônicos, na tentativa de salvar suas economias dos efeitos das sanções.
O problema é que nenhum banco mantém fisicamente todo o dinheiro dos correntistas. Quando o papel moeda acaba, o banco pode quebrar, mesmo que esteja financeiramente estável.
Corridas bancárias são altamente contagiosas e, dependendo da extensão, podem provocar colapso financeiro ou depressão econômica.
Outras medidas adotadas por Putin
Em outra medida para mitigar o efeito das sanções, a Bolsa de Valores de Moscou não abriu hoje. Na segunda-feira (28) e na terça (01), o mercado russo também permaneceu fechado.
De acordo com comunicado do banco central, um pequeno número de operações será permitido pela primeira vez na semana.
Existe o temor de que haja uma queda generalizada no valor das ações, e os corretores russos foram aconselhados a rejeitar as ordens de vendas de investidores estrangeiros e fundos de pensão quando o mercado eventualmente reabrir por completo.
Além dessas, outras medidas adotadas por Putin recentemente incluem a obrigação de que exportadores vendam 80% de suas receitas em moedas estrangeira, proibindo residentes de repassar divisas internacionais a não residentes em acordos de empréstimos, ou de depositar moeda estrangeira em contas de bancos no exterior.
*Com informações da agência Tass
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Ação da Petz (PETZ3) acumula queda de mais de 7% na semana e prejuízo do 4T24 não ajuda. Vender o papel é a solução?
De acordo com analistas, o grande foco agora é a fusão com a Cobasi, anunciada no ano passado e que pode ser um gatilho para as ações
Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24
A empresa resultante da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta reverteu um lucro de R$ 498,3 milhões em perda de R$ 1,028 bilhão entre outubro e dezembro de 2024, mas bancos dizem que o melhor pode estar por vir este ano
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
O que é bom dura pouco: Putin responde Trump com um novo ataque
Um dia depois de conversar com o presidente norte-americano sobre um cessar-fogo na Ucrânia, Rússia usa drones e atinge áreas civis e um hospital
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim
Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês
Vivara (VIVA3) brilha na B3 após praticamente dobrar lucro no 4T24 e anunciar expansão de lojas em 2025. É hora de comprar as ações?
Junto ao balanço forte, a Vivara também anunciou a expansão da rede de lojas em 2025, com a previsão de 40 a 50 aberturas de unidades das marcas Vivara e Life
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
O canto da sereia (de Trump) é irresistível até para Putin
O russo conversou com o republicano por telefone e deu o primeiro passo na direção de um cessar-fogo na Ucrânia, mas fez um alerta
Mercado Livre (MELI34) recebe o selo de compra da XP: anúncios e Mercado Pago são as alavancas de valor
Analistas esperam valorização da ação e indicam que o valuation no curto prazo aponta para um preço 40% abaixo da média histórica de 3 anos
Yduqs nas alturas: YDUQ3 sobe forte e surge entre as maiores altas do Ibovespa. O que fazer com a ação agora?
A empresa do setor de educação conseguiu reverter o prejuízo em lucro no quarto trimestre de 2024, mas existem pontos de alerta nas linhas do balanço
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?
Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação
Amigos & rivais: a ligação de Trump para Putin e a visita de Xi Jinping a Washington
Se a vida imita a arte, o republicano é a prova disso: está tentando manter os amigos perto e os inimigos ainda mais próximos
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
As múltiplas frentes de batalha de Donald Trump
Disputas comerciais, batalha contra os serviços públicos, participação indireta em conflitos no Oriente Médio e tentativa de paz pela força na Ucrânia fazem parte das várias guerras nas quais o republicano se meteu
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China