Pode vir quente que eu estou fervendo: O dragão da inflação chama o Fed para dançar e azeda o humor nas bolsas
Inflação nos EUA segue no nível mais alto em mais de 40 anos e deve forçar o Fed a uma ação ainda mais agressiva na tentativa de deter a alta dos preços
Erasmo Carlos nunca esteve tão atual. Pelo menos para o dragão da inflação. O símbolo da alta dos preços aproveitou o Dia Mundial do Rock para evocar o ícone do rock’n’roll nacional e chamar para a pista o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell.
‘Se você quer brigar e acha com isso estou sofrendo
'Vem quente que eu estou fervendo' - Erasmo Carlos (1967)
Se enganou meu bem
Pode vir quente que eu estou fervendo!’
O índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) surpreendeu o mercado e azedou de vez o humor dos investidores.
E “qualquer surpresa hoje pode ter um grande impacto”, já havia antecipado Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank.
Inflação nos EUA está no nível mais alto desde 1981
A inflação oficial acelerou-se a 1,3% de maio para junho nos Estados Unidos, de 1,0% no mês anterior. O vilão de junho foi o preço dos combustíveis.
No acumulado em 12 meses, o CPI subiu 9,1% em junho. Trata-se do nível mais alto desde novembro de 1981.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
O resultado surpreendeu para cima. Na mediana das estimativas, os participantes do mercado esperavam altas de 1,1% no mês e 8,8% no ano.
Reação exagerada?
Já o impacto previsto por Reid é negativo. Os índices de ações de Nova York abriram em queda acentuada, o Ibovespa opera no vermelho e as bolsas de valores europeias afundaram ainda mais.
Segundo ele, os temores relacionados a uma possível recessão se justificam pelos aumentos agressivos das taxas de juro pelos bancos centrais (principalmente o Fed), pela alta dos casos de Covid na China e pela perspectiva de a Rússia manter a Europa sem gás por mais tempo que o previsto.
Num comunicado divulgado pouco depois, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que a inflação está "inaceitavelmente alta", mas alegou que os números estão "desatualizados".
Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, ecoa Biden e considera a reação do mercado à inflação nos EUA é exagerada. Para ele, o número divulgado hoje fala do passado em um momento no qual a pressão sobre os preços das commodities teria ficado para trás.
“Óbvio que inflação mais alta nos Estados Unidos cansa porque nem Estados Unidos nem China estão conseguindo crescer. Na minha opinião, o pior da inflação parece ter ficado para trás”, disse ele.
E o Fed?
De qualquer modo, diante da inflação no nível mais elevado em mais de quatro décadas, a expectativa é de que o Fed promova movimentos ainda mais agressivos na tentativa de domar o dragão.
Antes da divulgação dos números de hoje, os participantes do mercado esperavam uma nova alta de pelo menos 75 pontos-base na taxa básica de juro na próxima reunião do Fed, marcada pra o fim de julho.
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa