Depois do Federal Reserve aliviar as tensões do mercado com a coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, mais branda (dovish), as criptomoedas acharam espaço para buscar novos patamares de preço. O bitcoin (BTC) engatou alta nos últimos dias e recuperou um nível que não era visto desde semana passada.
Antes disso, o BTC só chegou aos US$ 24 mil no mês passado, após um curto rali antes da cautela tomar conta dos mercados. Assim, a maior criptomoeda do mundo entra no final de semana com o pé direito.
Analistas do mercado entendiam que o bitcoin poderia subir até os US$ 24 mil devido aos dados internos da rede (blockchain), mas o cenário macroeconômico limitava o avanço de preços.
Confira como operam as dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 24.071,65 | 4,88% | 2,47% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.728,33 | 6,75% | 5,55% |
3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | 0,00% | 0,01% |
4 | USD Coin (USDC) | US$ 0,9997 | -0,01% | -0,07% |
5 | BNB (BNB) | US$ 289,95 | 8,56% | 7,25% |
6 | XRP (XRP) | US$ 0,3748 | 5,57% | 1,58% |
7 | Cardano (ADA) | US$ 0,5339 | 7,04% | 4,87% |
8 | Binance USD (BUSD) | US$ 0,9988 | 0,15% | 0,22% |
9 | Solana (SOL) | US$ 43,07 | 8,87% | -2,14% |
10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,7073 | 6,37% | -0,63% |
ETFs de bitcoin e criptomoedas da bolsa brasileira
Ticker | Gestora | Preço | Variação (24h%) | Variação (7d%) |
HASH11 | Hashdex | R$ 22,40 | 6,67% | 2,52% |
ETHE11 | Hashdex | R$ 26,08 | 5,67% | 4,45% |
BITH11 | Hashdex | R$ 29,35 | 5,16% | -1,94% |
DEFI11 | Hashdex | R$ 27,06 | 11,82% | 6,41% |
WEB311 | Hashdex | R$ 21,60 | 9,09% | -0,78% |
QBTC11 | QR Capital | R$ 7,65 | 0,66% | -1,92% |
QETH11 | QR Capital | R$ 6,50 | 6,91% | 7,62% |
QDFI11 | QR Capital | R$ 5,42 | 17,83% | 16,06% |
NFTS11 | Investo | R$ 32,90 | 1,08% | -4,28% |
CRPT11 | Vítreo | R$ 6,16 | 7,13% | -2,53% |
Veja também: O BITCOIN NÃO MORREU
O que mexe com o bitcoin e as criptomoedas hoje
A maior criptomoeda do mundo reage ao dado de inflação dos Estados Unidos, divulgado mais cedo. O PCE — o índice de gastos com consumo pessoal, na sigla em inglês — é o indicador preferido do Federal Reserve para decidir sobre os caminhos do aperto monetário.
O índice de junho avançou 1% em relação a maio, superando as expectativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 0,9% no período.
Já o núcleo do índice, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentação, subiu 0,6% na mesma base. A taxa veio levemente acima do esperado pelos analistas, que projetavam alta de 0,5%.
De olho na semana que vem
Como é típico dos fins de semana, a liquidez do mercado de criptomoedas deve reduzir nos próximos dias sem as bolsas para darem sustentação. Em outras palavras, a volatilidade pode aumentar.
Na semana que vem, a ausência de indicadores mais importantes deixa em foco os números do emprego dos Estados Unidos. O payroll, o relatório da folha de pagamento, é o número mais importante dos próximos dias e será divulgado na sexta-feira (05).
Fed, emprego e atividade econômica mexem com mercado
Os números do emprego são importantes para ajudar o Fed nos próximos momentos da política monetária. Um mercado de trabalho forte somado a uma atividade econômica resiliente dão espaço para uma alta de juros mais intensa.
Porém, de acordo com a última leitura do PIB, os Estados Unidos entraram em recessão técnica — quando a atividade econômica cai por dois trimestres seguidos. Assim, os dados de emprego são foco pois refletem na decisão do Fed.
E o que movimentou a semana das criptomoedas?
Perdeu alguma coisa? Confira o que foi destaque para o bitcoin e as criptomoedas aqui no Seu Dinheiro:
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