Bitcoin (BTC) começa semana nos US$ 30 mil, mas criptomoedas precisam enfrentar o Fed e a inflação nos próximos dias; entenda
Além disso, na sexta-feira (27) será divulgada a inflação oficial dos Estados Unidos — o que pode colocar ainda mais pressão sobre as criptomoedas

As criptomoedas aproveitam o dia de recuperação das bolsas internacionais para avançarem nesta segunda-feira (23). O bitcoin (BTC) conseguiu sustentar o nível de US$ 30 mil e tenta consolidar esse patamar de preço como novo suporte ao longo desta semana.
A correlação com as bolsas internacionais sustenta o apetite de risco no mercado de criptomoedas. Os investidores procuram barganhas no mercado de ações, e essa situação se repete no universo das moedas digitais: as altcoins, moedas alternativas ao bitcoin, operam em forte alta.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 30.314,82 | 0,94% | 1,62% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 2.058,41 | 1,90% | 1,83% |
3 | Tether (USDT) | US$ 0,999 | 0,01% | 0,01% |
4 | BNB (BNB) | US$ 331,01 | 3,75% | 11,22% |
5 | USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | -0,05% | 0,00% |
6 | XRP (XRP) | US$ 0,4244 | 1,13% | 1,76% |
7 | Cardano (ADA) | US$ 0,5504 | 1,28% | -2,28% |
8 | Binance USD (BUSD) | US$ 1,00 | -0,09% | 0,04% |
9 | Solana (SOL) | US$ 53,39 | 3,54% | -1,38% |
10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,8704 | 1,01% | -0,72% |
ETFs de criptomoedas e bitcoin na bolsa brasileira
Ticker | Gestora | Preço | Variação (24h%) |
HASH11 | Hashdex | R$ 25,35 | 0,96% |
ETHE11 | Hashdex | R$ 28,79 | -0,38% |
BITH11 | Hashdex | R$ 34,12 | -1,10% |
DEFI11 | Hashdex | R$ 23,20 | 7,66% |
WEB311 | Hashdex | R$ 24,92 | 0,89% |
QBTC11 | QR Capital | R$ 9,05 | 1,91% |
QETH11 | QR Capital | R$ 7,14 | 1,85% |
QDFI11 | QR Capital | R$ 4,40 | 9,18% |
NFTS11 | Investo | R$ 39,37 | 4,99% |
CRPT11 | Vítreo | R$ 8,28 | 3,24% |
Os próximos passos do bitcoin
A pior fase da volatilidade do mercado de criptomoedas pode ter ficado para trás. Mas ainda existem desafios pela frente que devem fazer a montanha-russa dos preços dos últimos dias voltar a dar alguns loopings de deixar o investidor atordoado.
Isso porque o bitcoin tem dois dos seus maiores inimigos pela frente. O primeiro deles é a ata da reunião mais recente do Federal Reserve, que elevou os juros básicos dos EUA mais uma vez.
A expectativa geral é de que a publicação traga novos direcionamentos para a política de juros dos Estados Unidos. Um aperto monetário mais intenso já está no radar dos investidores, que agora precisam “ver para crer”.
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E uma baforada do dragão
Como se não bastasse, nesta sexta-feira (27), o departamento de trabalho dos EUA publicará o índice de preços ao consumidor, medido pelo PCE — o indicador preferido do Fed para decidir sobre a política de juros.
A depender de como vierem os números, tudo que foi dito na ata da quarta-feira pode vir a baixo — ou pior, se intensificar. Uma inflação mais elevada que o esperado deve exigir um tom cada vez mais agressivo (hawkish) do BC americano, o que se refletiria em juros ainda mais altos.
E como isso afeta o bitcoin?
Assim como no setor de tecnologia, as criptomoedas tendem a sofrer com os juros mais elevados. A criação de novos projetos criptográficos depende essencialmente de investimentos externos — e o crédito mais caro limita essa injeção de dinheiro.
Somado a isso, o aumento do retorno dos Treasuries, os títulos do Tesouro norte-americano, atrai os recursos dos investidores por serem ativos extremamente seguros. Na outra ponta, ações e criptomoedas sofrem.
Volatilidade elevada
Esse ambiente de juros mais alto traz reflexos diretos aos mercados. De acordo com uma pesquisa da Kaiko, o Nasdaq (a bolsa de tecnologia dos EUA), atingiu a maior volatilidade desde março de 2020 — momento em que foi declarado oficialmente que a covid-19 era uma pandemia.
O levantamento também mostra as tendências de volatilidade do bitcoin e do ethereum, as duas principais criptomoedas do mundo. Repare que, a partir de maio, as oscilações tornaram-se cada vez maiores, num movimento que coincide com o do Nasdaq.
Vale lembrar, no entanto, que o mercado cripto teve um componente extra que aumentou ainda mais a volatilidade: a falha no protocolo da Terra (LUNA), que pulverizou o valor do ativo e lançou uma sombra de dúvida às moedas digitais como um todo.
PAPO CRIPTO #019 — Após a destruição, os próximos passos da Terra (LUNA)
Não perca o último Papo Cripto em que eu entrevisto Ray Nasser, CEO da Arthur Mining e especialista em moedas digitais:
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