Com a Selic em 13,75%, ainda vale a pena investir em ações?
Com essa renda enorme de mais de 1% ao mês, sem riscos e sem sustos, será que ainda vale ter ações na carteira?
Quem não gosta de ter um ativo que se valoriza todo mês na carteira, sem qualquer tipo de risco envolvendo a economia, inflação, guerras etc.?
Eu adoro, e, com a derrocada da bolsa desde meados do ano passado, a parcela do meu patrimônio investida em Fundos DI (equivalente ao Tesouro Selic) tem sido uma das minhas poucas alegrias no mercado financeiro.
Enquanto o Ibovespa chegou a cair mais de 20% nos últimos 12 meses, o Tesouro valorizou cerca de 10% no período.
E o que já era bom para os amantes de renda fixa vai ficar ainda melhor, dado que o Banco Central elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano nesta semana.
Com essa renda enorme de mais de 1% ao mês, sem riscos e sem sustos, será que ainda vale ter ações na carteira?
Por que o Ibovespa caiu?
Eu não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a bolsa nos próximos 6 meses, 12 meses ou 5 anos.
Leia Também
O Mirassol das criptomoedas, a volta dos mercados após o Natal e outros destaques do dia
O que eu sei é que boa parte do motivo que fez o Ibovespa cair quase 20% desde meados do ano passado foi justamente a expectativa de aumento da Selic.
Uma taxa básica de juros maior significa mais atratividade relativa da renda fixa e maiores gastos com juros para as empresas, o que, indiretamente, implica em ações mais descontadas também.
Com a Selic em 5,25% na época e muito espaço para subir, o mercado se antecipou a esse movimento de alta da taxa de juros e reduziu bastante a participação das ações em seus portfólios — por isso a queda que vimos do Ibovespa.
Por que o Ibovespa deveria subir?
A partir de agora, com a inflação próxima de atingir o pico e a economia desacelerando, tudo indica que a taxa Selic também está próxima de suas máximas.
No Copom desta semana, o BC falou em uma possível alta adicional de 0,25% – que levaria a taxa para 14% ao ano –, e depois deve parar por aí.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio
O que isso significa?
Que os mesmos investidores que anteciparam o movimento de alta da Selic vendendo boa parte de suas ações, em breve terão motivos para fazer o movimento oposto: comprar papéis tentando adiantar-se a uma possível (provável?) queda da taxa.
Aliás, a alta de mais de 10% de várias ações no pregão de ontem já tem muito a ver com essa "aposta antecipada" e mostra um pouco do potencial de valorização da renda variável se a Selic realmente voltar a cair.
Repare no gráfico abaixo como o avanço de mais de 200% do Ibovespa de 2015 até 2021 está totalmente relacionada com a derrocada da taxa básica de juros no mesmo período.
Veja também - As ações com a maior promoção da história? Recessão global à vista: hora de investir na bolsa?
14% de retorno é bom, mas pouco perto do potencial das ações
É claro que quase 14% de renda anual, sem risco algum, é um ótimo investimento neste momento, ainda mais levando em consideração as incertezas que ainda temos pela frente.
Mas não vale a pena vender todas as suas ações em busca desse retorno garantido, especialmente agora que estamos na iminência de ver a Selic atingindo o seu pico.
Podemos estar diante de uma daquelas raras janelas de oportunidade de multiplicação de capital — e não ter nada de renda variável em sua carteira neste momento pode acabar se provando um grande erro daqui a alguns anos.
A Carteira Empiricus, por exemplo, tem neste momento uma exposição de 51% aos títulos de renda fixa, se aproveitando das elevadas taxas de juros atuais. Mas também carrega uma posição de mais de 35% do portfólio comprado em ações para, quem sabe, capturar essa grande valorização que poderemos ter pela frente.
Se você quer uma lista de ações capazes de pegar na veia essa possível apreciação do Ibovespa, eu sugiro a série Microcap Alert, tocada por Rodolfo Amstalden, Richard Camargo e eu, já que companhias menores costumam ser bem mais sensíveis a esses movimentos.
Ontem alguns papéis da série apresentaram altas absurdas, muito ajudadas por essa perspectiva mais positiva sobre os juros. A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) é apenas uma delas.
Se você quiser a lista completa com esses ativos que têm muito potencial caso estejamos diante de um longo ciclo de queda da Selic, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a semana que vem!
Ruy
A Vale brilhou em 2025, mas se o alerta dessas mineradoras estiver certo, VALE3 pode ser um dos destaques da década
Se as projeções da Rio Tinto estiverem corretas, a virada da década pode começar a mostrar uma mudança estrutural no balanço entre oferta e demanda, e os preços do minério já parecem ter começado a precificar isso
As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje
Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro