Ibovespa derrapa com Petrobras (PETR4), as apostas do JP Morgan e mais um unicórnio em apuros; confira os destaques do dia
As incertezas sobre as recentes trocas no alto escalão da Petrobras e os constantes ataques da ala governista à política de preços da empresa gera incômodo e afasta os investidores das ações das estatais
O fim de semana prolongado nos Estados Unidos deu fôlego extra para as bolsas em Nova York. Correndo atrás dos prejuízos recentes, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam a terça-feira (21) com ganhos superiores a 2,5%, indicando uma reversão no humor dos investidores.
O Ibovespa até tentou acompanhar, ainda que com fôlego mais curto que o dos primos americanos, mas a bolsa local está presa por um grilhão que impede que o principal índice da B3 volte a se firmar acima dos 100 mil pontos — importante marca psicológica: a Petrobras (PETR4).
As incertezas sobre as recentes trocas no alto escalão da companhia e os constantes ataques da ala governista à política de preços da empresa gera incômodo e afasta os investidores das ações das estatais.
Apesar do bom desempenho dos papéis de mineração e siderurgia, o apetite por risco do Ibovespa foi se deteriorando conforme as incertezas foram crescendo.
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse ao Congresso que o governo não irá interferir na política de preços da Petrobras.
A sinalização foi positiva e chegou a animar os negócios, mas os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Daniel Silveira apresentaram um pedido de CPI para investigar a petroleira.
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Também existem rumores sobre possíveis alterações na lei das estatais — documento que gere as empresas sob controle da União — para que o governo tenha mais liberdade em adotar medidas intervencionistas.
Poucos são os fatos concretos sobre a possibilidade de uma interferência federal, mas até lá, a bolsa está presa por correntes bem fortes.
Depois de passar o dia em um ioiô, indo e voltando, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,17%, aos 99.684 pontos. O dólar à vista também recuou 0,63%, a R$ 5,1537, mas fechou longe das mínimas.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
DE NOVO NÃO!
Site da terceira maior criptomoeda do mundo sofre ataque hacker; Tether (USDT) tenta manter paridade com o dólar. Além do USDT, outra stablecoin também está no radar dos investidores e reacendeu os medos de uma “nova Terra” desaparecer.
ENERGIA
Eletrobras (ELET3) deixa controle da Eletronuclear para nova estatal e cumpre mais uma etapa da privatização. A diluição no capital da empresa responsável pelas Usinas Angra 1, 2 e 3 aconteceu graças a um aporte de R$ 3,5 bilhões feito pela ENBPar.
RECOMENDAÇÕES
JP Morgan indica 21 ações latino-americanas para investir no segundo semestre e Brasil tem 13 na lista. De acordo com o banco, os papéis brasileiros estão sendo negociados no menor nível em 20 anos e, ao mesmo tempo, os ganhos das empresas têm melhorado.
ONDA DE CRESCIMENTO
3R Petroleum (RRRP3) pode subir até 160%, segundo o BTG Pactual; saiba por que a ação é a favorita para surfar a alta do petróleo. O banco reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 98 para R$ 93, mas manteve recomendação de compra.
CRISE MITOLÓGICA
Mais um unicórnio capenga? Ebanx demite 20% do quadro e corte chega a 340 funcionários da startup. A empresa ainda não confirmou quais áreas entraram na faca. Mas, segundo ex-colaboradores e a lista da Layoffs Brasil, o time de customer experience (CX) foi o mais afetado.
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