Mercado refaz projeções para a Selic, Bradesco entrega lucro recorde e Banco Pan surpreende; confira os principais destaques do dia
Depois de o Banco Central elevar a Selic a 10,75% ao ano na semana passada, sem dar mais pistas sobre o futuro da política monetária do país, a ata da última reunião do Copom levou os economistas e analistas de volta às fórmulas e calculadoras – e o resultado foi mais um dia de inclinação da curva de juros.
Conforme já havia sido dito no comunicado oficial da decisão, a questão fiscal é preocupante e deve ser monitorada, principalmente com as discussões em torno dos projetos para aliviar o preço dos combustíveis.
O texto também confirma que chegou a hora de tirar o pé do acelerador e reduzir o ritmo do aperto monetário, mas a frase que mexeu com a cabeça do mercado financeiro foi outra, sem nenhuma previsão certeira sobre o futuro.
Escondido no 16º parágrafo do documento está descrito o que o Copom aceitou como a estratégia mais apropriada para garantir a convergência da inflação no longo prazo: uma elevação de 1,5 ponto percentual, seguida de ajustes adicionais. No plural, contrariando as expectativas de quem esperava que o plano de pouso do BC entrasse em vigor já na próxima reunião.
Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, o Banco Central não parece muito seguro sobre quais serão os próximos passos de sua política monetária.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Com a perspectiva de que a taxa básica de juros ultrapasse a casa dos 12% e sem um teto de previsibilidade, a bolsa brasileira não conseguiu acompanhar o vigor das bolsas americanas. O Ibovespa passou o dia rondando a estabilidade, muitas vezes no campo negativo, terminando com leve alta de 0,21%, a 112.234 pontos.
A pressão na curva de juros também se refletiu no dólar à vista. A moeda americana encerrou a terça-feira longe das máximas, mas ainda assim avançou 0,11%, a R$ 5,2606.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
BALANÇO
Bradesco (BBDC4) tem lucro recorde de R$ 26,2 bilhões em 2021 e anuncia bonificação aos acionistas. No quarto trimestre, porém, o resultado do banco apresentou uma queda de 2,8% e ficou abaixo do esperado pelos analistas.
EM ALTA
Ações do Banco Pan (BPAN4) sobem forte e chegam aos R$ 10 após divulgação dos resultados de 2021. O banco conseguiu aumentar significativamente sua carteira de clientes e expandir sua carteira de crédito, o que contribuiu para uma alta de 18% no lucro líquido ante 2020.
DE BOA COM A VOLATILIDADE
Itaú BBA inclui B3 (B3SA3) na Top 5 e vê ação como defensiva para enfrentar 2022. A carteira é composta pelas cinco principais recomendações do banco para capturar oportunidades de médio prazo e passa a contar com Petrorio, Banco BTG, Hapvida, B3 e Eletrobras.
TEMPERATURA ELEVADA
Oi passa por teste de fogo no Cade para a venda de rede móvel; OIBR3 sobe quase 10% antes de julgamento. Conselho decide na quarta-feira (08) se apoia negócio com aliança formada por TIM, Vivo e Claro em meio à recomendação de reprovação do acordo pelo Ministério Público Federal.
NOVATO NA TURMA
B3 terá dois novos ETFs de criptomoedas com exposição aos DeFis — e o primeiro deles começou a ser negociado hoje. Com os novos fundos de índice, o investidor pode se expor ao novo mercado financeiro sem a necessidade de encarar telas complicadas.
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional