Ibovespa na onda das commodities, short de Nubank e o fim das ações das Lojas Americanas: veja as principais notícias do dia
Entre importar o otimismo ou o pessimismo do exterior, a bolsa brasileira tem preferido a primeira opção, nos últimos dias. Em mais um dia negativo para as bolsas americanas, o Ibovespa novamente nadou contra a maré vermelha e fechou em alta, impulsionado pelo avanço dos preços das commodities - sobretudo do minério de ferro.
Com a perspectiva de que a China manterá estímulos à economia, o que aquece a demanda pelo minério, os preços da matéria-prima tiveram novas altas, o que impulsionou os papéis de mineradoras e siderúrgicas por aqui.
Mas houve outras condições que ajudaram os mercados locais. Nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, tiveram dia de forte alívio, contribuindo para o enfraquecimento do dólar e dos juros futuros locais. A moeda americana terminou o dia em baixa de 1,70%, cotada a R$ 5,4659.
Não que as perspectivas da política monetária do país tenham mudado. Pelo contrário, não houve qualquer novidade, de ontem para hoje. Mas, após a forte alta nas taxas vista ontem, o mercado passou por um ajuste.
Essa descompressão nos juros contribuiu para as ações de techs e varejistas empreenderem uma forte recuperação no mercado doméstico.
Em Wall Street, porém, o clima foi de cautela. Com a expectativa de aperto monetário, os investidores até começaram o pregão impulsionando as bolsas para cima, com reações positivas a balanços de empresas como Procter & Gamble, Morgan Stanley e Bank of America.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Porém, na parte da tarde, os principais índices de Nova York passaram a oscilar entre altas e quedas, até finalmente fecharem no vermelho. O Dow Jones caiu 0,96%, o S&P 500 recuou 0,97%, e o Nasdaq fechou em baixa de 1,15%.
O Ibovespa, por outro lado, passou o dia inteiro em alta superior a 1%, negociando na faixa dos 108 mil pontos. Ao final da sessão, o índice tinha alta de 1,26%, a 108.013 pontos.
Quanto aos mercados de juros e câmbio, um fator local também pode ter contribuído para as quedas na tarde de hoje: os acenos ao centro feitos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
OPERAÇÃO DE VENDA
Nubank está caro? Empiricus recomenda short no roxinho e vê potencial de queda de 70% de NUBR33. Casa de análise recomenda posição vendida nos BDRs do banco digital e considera seu valuation atual “inaceitável”.
UNIFICANDO AS BASES
Papéis da Lojas Americanas (LAME3 e LAME4) deixarão de ser negociados no dia 24. O que muda para o acionista? A Lojas Americanas vai unificar suas bases acionárias; com isso, os ativos LAME3 e LAME4 serão tirados de circulação, restando apenas AMER3.
HORA DE COMPRAR
Ações da Desktop (DESK3) podem subir 85% até o fim de 2022, diz XP ao iniciar a cobertura do papel. Apesar da queda neste ano, a liderança da empresa na corrida de fusões e aquisições é um dos pilares da tese de investimento da corretora.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Sinqia (SQIA3) adquire empresa de gestão de portfólio e ações chegam a subir 8% no pregão de hoje. As projeções menos otimistas dão conta de uma valorização de “apenas” 96,36%, mas as mais ousadas esperam que os papéis tripliquem de valor.
NOVAS BAIXAS
Dois secretários e um diretor do Ministério da Economia pedem demissão do cargo; saiba quem são os substitutos. Um dos secretários vai para a Funpresp-Exe e o outro, para o Legislativo. Receita Federal diz que a saída de seu diretor ocorreu a pedido do servidor.
EXILE ON WALL STREET
Tirando a poeira do tabuleiro de war: é bom ter ações de petroleiras com o preço do petróleo em disparada? Com os preços do petróleo, tanto do tipo Brent quanto do WTI, atingindo os maiores níveis desde 2014, a ideia de um barril a US$ 100 não parece mais tão distante assim.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
