Dólar em queda livre, venda da Oi é questionada e o risco de guerra nuclear; confira os destaques do dia
O Ibovespa operou em alta durante a maior parte do dia, mas sofreu com a pressão negativa de Wall Street fechou perto da estabilidade, aos 115.165 pontos

O conflito armado entre Rússia e Ucrânia completou uma semana nesta quinta-feira (03) e as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e União Europeia começam a ser sentidas com mais intensidade, chegando até mesmo ao Ibovespa.
Vislumbrando os efeitos das medidas tomadas, as principais agências de risco do mundo rebaixaram a avaliação da Rússia, uma forma de avisar aos investidores do risco de calote da dívida e da insegurança de se injetar dinheiro lá.
Com as empresas locais isoladas do resto do mundo, as ações russas foram excluídas de um dos principais índices globais – a MSCI irá retirar o país dos indicadores de mercados emergentes. Na prática, isso significa que os fundos que acompanham o índice precisarão remover os papéis russos de seus portfólios.
Com os investidores precisando reequilibrar a carteira com ativos de emergentes, o Brasil e outros países da América Latina surgem como oportunidade.
Por aqui, esse movimento acelera o fluxo de capital estrangeiro que já temos visto desde o começo do ano, principalmente para empresas voltadas ao setor de commodities. O Itaú BBA estima que a B3 pode ver o ingresso de US$ 1,34 bilhão.
Para Rafael Passos, da Ajax Capital, um dos motivos que levam o Brasil a estar na dianteira da disputa pela fatia que cabia aos russos é o ciclo de aperto monetário, já bem avançado quando comparado ao resto do mundo e com a alta dos juros já próxima do teto.
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Mesmo com a valorização do dólar frente a pares mais fortes, o dia foi mais uma vez de alívio no câmbio. O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 1,55%, a R$ 5,0280. O Ibovespa operou em alta durante a maior parte do dia, mas não escapou da pressão negativa de Wall Street e caiu 0,01%, aos 115.165 pontos.
A crise no leste europeu não foi o único "campo de batalha" a ser observado de perto. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, voltou a declarar que defenderá uma alta de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em março.
A fala, no entanto, veio acompanhada de temores de que o conflito na Ucrânia siga pressionando a inflação, o que significa que aumentos maiores ao decorrer do ano não estão descartados. No Brasil, a curva de juros operou em alta nos vencimentos mais curtos.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
POTENCIAL
Hering está de graça e ações do Grupo Soma (SOMA3) podem dobrar de valor até 2025, diz XP. Corretora destacou SOMA3, dona das marcas Hering e Farm, como sua preferência para papéis no segmento de consumo discricionário.
PEDRA NO CAMINHO
E agora Oi (OIBR4)? Telcomp questiona acordo final fechado pelo Cade para a venda da Oi Móvel. A associação apresentou um recurso contra a decisão que aprovou a venda do negócio de telefonia móvel da empresa para as rivais Claro, Vivo e Tim.
DOR DE CABEÇA
Cadê o dinheiro que estava aqui? Itaú (ITUB4) enfrenta instabilidade no sistema e vira um dos assuntos mais comentados no Twitter. O banco se manifestou sobre o problema e disse que trabalhou para uma solução.
BILIONÁRIOS
Oligarcas russos na berlinda: veja quem são os maiores bilionários da Rússia e como suas fortunas pessoais foram afetadas pelas sanções contra Putin. A maioria deles enriqueceu em meados dos anos 1990, em negociatas derivadas da privatização do vasto patrimônio estatal soviético.
DESABASTECIMENTO?
A manobra da Petrobras (PETR4) para driblar os preços altos do petróleo — e que pode acabar com as reservas. Defasagem entre os preços cobrados pela estatal e os das principais bolsas do mundo chegou a 24% para a gasolina e 27% para o óleo diesel, segundo consultor.
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