Deflação derruba curva de juros, as pesquisas eleitorais da semana e as profissões em alta; confira os destaques do dia

Como tem sido frequente nas últimas comunicações do Banco Central, a mensagem da ata da decisão de política monetária da semana passada foi a de que a luta contra a inflação ainda persiste e que novos cortes na taxa de juros devem demorar.
Parece que o que também acabou caindo na rotina é a decisão do mercado financeiro em ignorar os sinais emitidos pelo BC. Apesar do recado mais duro, a curva de juros voltou a precificar uma Selic mais baixa já nos primeiros meses de 2023.
Isso porque a prévia da inflação indicou uma retração dos preços maior do que o esperado. Apesar do alívio nos contratos de Depósito Interbancário (DI) ter levado o dólar à vista a recuar 0,09%, a R$ 5,3765, o dia foi mais uma vez de cautela na bolsa.
Nos Estados Unidos e na Europa, dirigentes dos bancos centrais locais voltaram a colocar na mesa o inevitável risco de recessão, além de flertarem com novas elevações expressivas nos juros.
Ainda que o setor de mineração e siderurgia tenha minimizado as perdas, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,68%, aos 108.376 pontos.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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EXPANSÃO
A Weg (WEGE3) quer crescer ainda mais e vai investir R$ 660 milhões nos próximos três anos. Com o dinheiro, a companhia vai construir uma nova fábrica e também ampliar uma unidade que já existe.
ALGUM OTIMISMO
Após queda de quase 40% no ano, BRF (BRFS3) começa a ver uma luz – mas, para o JP Morgan, ainda não é hora de comprar. Banco elevou recomendação da ação de venda para neutro, mas se mantém cauteloso em relação aos planos da nova administração.
MERCADO DE TRABALHO
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