Contestação de urnas pesa, Nubank adia novo produto e o futuro da Copel (CPLE6); confira os destaques do dia
A recuperação dos principais índices americanos e o bom desempenho do setor de commodities não foram suficientes para embalar o Ibovespa nesta terça-feira (22). Apesar de o dia ter começado positivo para os ativos domésticos, velhos medos ganharam força ao longo da sessão.
As idas e vindas das negociações da PEC de transição seguem gerando dúvidas. Apesar das aparentes tentativas de diálogo e redução dos valores e prazos inicialmente pretendidos pelo governo eleito, ainda não se sabe por qual caminho o texto final seguirá.
Ainda falando em equipe de transição, o questionamento de alguns membros sobre a política de preços da Petrobras (PETR4) e a necessidade de se paralisar a venda de ativos até que o novo governo assuma levaram os investidores e bancos de investimento a revisarem para baixo suas perspectivas para a empresa, pressionando o principal índice da bolsa brasileira.
Na reta final do dia, uma outra surpresa desagradável: o ressurgimento do risco político de contestação das eleições. O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido para que sejam anuladas mais de 250 mil urnas utilizadas no segundo turno.
A notícia levou a bolsa às mínimas do dia, mas após o ministro Alexandre de Moraes dizer que irá analisar o pedido apenas se o PL incluir o primeiro turno no relatório, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dizer que a eleição de Lula é “incontestável”, o movimento visto foi de moderação.
Sem acompanhar o dia de alta firme em Nova York, o Ibovespa encerrou em queda de 0,65%, aos 109.036 pontos. Sem tempo para recuperação antes do fim do pregão, o dólar à vista fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,3797, ainda repercutindo a contestação dos resultados.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
O MAIOR DA INDÚSTRIA
Como o MXRF11 pagou dividendos recordes mesmo com a deflação? O gestor do fundo imobiliário responde e diz o que esperar no próximo ano. Enquanto o rendimento de boa parte dos fundos de papel caiu, o FII seguiu entregando um dividend yield mensal de 0,97% a 1,22%.
CASOS DE FAMÍLIA
CSN (CSNA3) encerra briga na justiça e faz reestruturação de controle — ação chega a subir mais de 6%. No novo desenho, a CFL Participações passa a ter mais participação dentro da CSNA3, com uma fatia de 10,25%.
O SALTO DA UNIT
Copel pode valer R$ 50 após privatização, diz o JP Morgan — saiba se é a hora de comprar CPLE11. O valor representa um potencial de valorização de 28% com relação ao preço-alvo do banco e de 43% na comparação com o valor atual da unit no mercado.
DE SAÍDA
Na Hapvida (HAPV3), um executivo histórico do setor de saúde deixa o alto escalão. Irlau Machado, que esteve à frente do Grupo NotreDame Intermédica por oito anos, renunciou ao cargo de Co-CEO da empresa.
FICOU PARA DEPOIS
Nubank adia lançamento de empréstimo consignado para 2023. Previsão anterior era de que aconteceria ainda neste ano; JP Morgan diz que o banco digital já tem as principais autorizações para operar no segmento, como a do INSS e de outras associações de servidores públicos.
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Veja os destaques da semana na ‘De repente no mercado’
Dividendos de Klabin (KLBN11), Gerdau (GGBR4) e Petrobras (PETR4), halving do bitcoin e Campos Neto dá pistas sobre o futuro da Selic — veja tudo o que foi destaque na semana
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