Alguma coisa está fora da ordem: entenda como o Ibovespa se salvou das quedas e acumula alta em 2022
Se analisado o contexto atual (guerra, aperto monetário nos EUA e eleições), é de se esperar que a bolsa brasileira sofra fortes golpes neste ano, mas o IBOV conseguiu virar o jogo

Guerra Fria 2.0, aperto monetário nos EUA e terceira via traço nas eleições.
Todos os nossos heróis do fim de 2021 queimaram largada e já morreram de overdose.
É hora então de juntar os cacos e contabilizar as perdas year to date.
Quanto a Bolsa brasileira acumula de queda no ano?
Bem, depois de um janeiro em que o Ibovespa subiu +6,98% e um fevereiro com alta de +0,89%... peraí, alguma coisa estranha está acontecendo.
Nova ordem mundial
Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Rodolfo Amstalden: Escute as feras
E essa coisa somos nós.
Aqui tudo parece que já era ruína, mas ainda é construção.
Ok, já sei o que malandragem vai falar. Sempre justo ponderarmos que o Ibovespa se faz de commodities, bancos, do velho Brasil. Não representaria, dessa forma, um panorama amplo e eclético do nosso mercado de ações.
- GUIA PARA BUSCAR DINHEIRO: baixe agora o guia gratuito com 51 investimentos promissores para 2022 e ganhe de brinde acesso vitalício à comunidade de investidores Seu Dinheiro
Resiliência do SMAL
Mas, por um momento, guarde no bolso esse argumento, pois nem é a alta do IBOV que me impressiona mais.
Estou é embasbacado com a resiliência do SMAL, praticamente flat desde o início do ano.
Se as coisas feitas para te dar prazer não estão mais tocando sinos no seu córtex pré-frontal, provavelmente você tem um problema.
Por outro lado, se as coisas feitas para provocar dor são digeridas na paz, talvez você tenha uma solução.
Comoditizados e baratos
Ontem emergimos do Carnaval esperando ressaca guerra, para acordarmos com a doce lembrança de que vinho bom não dá ruim, desde que bebido com moderação.
Não significa que somos invencíveis, tampouco infalíveis. Somos apenas comoditizados e baratos. Só que essas duas coisas não são a mesma coisa.
Vou te contar o grande lance das commodities: queira admitir ou não, você repara em alguém por causa de uma roupa da moda ou de um rostinho bonito. Não basta pra casar e ter filhos, mas certamente ajuda.
Então, às vezes, acontece de o gringo vir pra cá por causa de um motivo, e ficar por causa de outro, entende?
Porque alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais. Parece por tudo à prova, parece fogo, parece paz.
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?
Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação
Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante
Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial
Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump
Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes
Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso
O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.
Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º
Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação
Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump
Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump
Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável
Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa
Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio
Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias
Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808
A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.
Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek
Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor
Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?
Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares
Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente
Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar
Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal
Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem
Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”
Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores
Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou
Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal