Via (VIIA3) e Magalu (MGLU3) puxam queda do Ibovespa após inflação acima do esperado; veja lista completa
O indicador de inflação atingiu o maior patamar para o mês de março em 28 anos, lançando novas dúvidas sobre quais devem ser os próximos passos do BC

O índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) divulgado nesta manhã (08) assusta o mercado no pregão de hoje. O indicador de inflação acelerou para 1,62% em março, maior patamar para o mês em 28 anos, e pressiona o setor de varejo hoje. Acompanhe todos os lances da bolsa em tempo real.
Para Gustavo Arruda, chefe de pesquisa econômica para América Latina do BNP Paribas, o número coloca em dúvida a postura que vem sendo adotada pelo Banco Central brasileiro nas últimas semanas.
O comunicado da última reunião do Copom e falas recentes do presidente do BC, Roberto Campos Neto, mostram que a entidade deve parar de elevar a taxa básica de juros na reunião de maio, a 12,75% ao ano. O economista, no entanto, aponta que o número visto em março não deve ser um resultado isolado e o indicador deve seguir pressionado – colocando em dúvida a necessidade de uma atuação mais dura na política monetária.
Embora o indicador tenha surpreendido para o mês, o número reforça a expectativa para o ano do BNP Paribas. São três pontos que levam Arruda a acreditar na continuidade do ciclo de alta da Selic:
- A inflação alta se encontra disseminada em diversos núcleos e grupos;
- O câmbio abaixo de R$ 5 está ajudando o país a não sofrer um choque de commodities com a alta vista no exterior, mas é improvável que o real mantenha o ritmo de valorização nos próximos meses;
- Para evitar um impacto negativo ainda maior e garantir uma convergência lenta das expectativas de inflação, o BC deveria continuar subindo a taxa de juros até pelo menos 14,25%. Já a equipe da CM Capital acredita em uma Selic terminal de 13,75% – também acima do teto atualmente estipulado pelo Copom.
Com a perspectiva de juros ainda mais altos, o dia tem sido de mais uma sessão complicada para o setor de varejo e consumo – ativos que vinham se recuperando com a sinalização do fim do ciclo de alta.
Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3) lideram as quedas do Ibovespa hoje, acompanhando a pressão vista na curva de juros. Confira:
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CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,60 | -7,93% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 28,58 | -7,72% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 6,13 | -6,55% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 17,03 | -3,62% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,05 | -3,62% |
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