Esquenta dos mercados: bolsas internacionais ensaiam recuperação; Ibovespa acompanha divulgação do IPCA e preço dos combustíveis hoje
Os reajustes anunciados pela Petrobras ontem começam a ser repassados para os consumidores já nesta sexta-feira; inflação preocupa aqui e lá fora
Não seria novidade começar esse esquenta dos mercados anunciando que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia segue em foco e afetando as bolsas internacionais, apesar de sabermos que é uma realidade. Porém, tanto no cenário doméstico quanto lá fora, os investidores também têm indicadores importantes para acompanhar, que já começaram a dar tom ao pregão desta sexta-feira (11).
Depois de uma sessão tensa na quinta-feira (10), os índices americanos e europeus fecharam o dia no vermelho. Enquanto isso, a bolsa brasileira teve uma perda mais limitada, apoiada pelo desempenho da Petrobras e pelo setor de mineração e siderurgia.
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em queda de 0,21%, aos 113.663 pontos. Enquanto isso, o dólar à vista avançou para R$ 5,0160.
A agenda econômica por aqui reserva a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o termômetro oficial da inflação aqui no país.
Lá fora, também serão anunciados dados importantes hoje. A Europa já iniciou esta sexta-feira com o pé direito, com a divulgação do PIB do Reino Unido, produção industrial britânica e inflação na Alemanha.
Nos Estados Unidos, os mercados acompanham a divulgação do sentimento do consumidor de março ao meio-dia.
Leia Também
Reunião da ONU
Ontem, as expectativas de uma paz no horizonte europeu, com as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, foram rapidamente frustradas. Hoje, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu uma nova acusação da Rússia.
O país europeu afirmou que existem “atividades biológicas militares dos Estados Unidos sendo feitas na Ucrânia”. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, através do Twitter.
O governo norte-americano, porém, disse que a denúncia não era verdadeira.
Para discutir sobre a acusação, o conselho da ONU agendou para esta sexta-feira uma reunião.
Pacote de gastos dos EUA
O Senado dos Estados Unidos aprovaram na noite de quinta-feira um pacote de gastos de US$ 1,5 trilhão para financiar o governo no ano fiscal de 2022. Desse total, cerca de US$ 13,6 bilhões serão enviados à Ucrânia para uma “ajuda rápida”.
Além disso, o projeto fornece mais de US$ 3 bilhões para apoiar missões e envio de pessoal para a região próxima à Ucrânia.
Segundo o presidente dos EUA, Joe Biden, os militares dos EUA não vão entrar na Ucrânia, mas o país vai mandar tropas, defesa aérea e outros equipamentos para estados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na região do Leste Europeu.
A medida ainda inclui um total de US$ 4 bilhões para ajuda humanitária, que deve ajudar os refugiados da Ucrânia e fornecer assistência alimentar e assistência médica de emergência.
Vale lembrar que o pacote ainda precisa ser sancionado por Biden.
Inflação e combustíveis mais caros
Ontem, o dia não foi fácil para os mercados internacionais. Lidar com frustrações não é simples, ainda mais quando envolve uma crise geopolítica, guerra e impactos na economia global.
A animação e expectativa de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia não durou mais que um dia — e a decepção atingiu em cheio as bolsas de valores.
Mais que a guerra em si, suas consequências macroeconômicas ficaram sob os holofotes na última sessão, em principal, o grande dragão da inflação. Por aqui, as chamas da criatura se inflamam com o preço dos combustíveis.
A partir de hoje, os brasileiros devem preparar os bolsos, porque os derivados do petróleo devem iniciar uma escalada de preços. Segundo o anúncio da Petrobras, a gasolina, diesel e o gás de cozinha ficarão mais caros.
O aumento nos preços afeta diretamente a alta no IPCA, que pode obrigar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (Selic) além do que era esperado inicialmente.
O Senado também aprovou dois pacotes para aliviar o peso no bolso do consumidor final.
Petróleo avança
O clima segue tenso no Leste Europeu, e o petróleo Brent, usado como referência global para preços, começa esta sexta-feira com a tentativa de recuperação das quedas do último pregão.
Os contratos do Brent com entrega para maio registravam valorização de 3,84% por volta das 08h13, negociados a US$ 113,53 o barril.
Apesar da alta de hoje, os últimos dias foram marcados por um sobe e desce gigantesco para a commodity diante da guerra na Ucrânia, o que pode fazer o óleo encerrar a semana com perdas.
- IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui
Bolsas pelo mundo
As incertezas da guerra na Ucrânia não amenizam seus efeitos nos mercados internacionais. Na Ásia, além das preocupações com o Leste Europeu, o fantasma da inflação elevada também deu tom ao humor desta sessão.
A maioria das bolsas asiáticas encerraram esta sexta-feira em baixa, exceto pelos mercados da China continental.
Na Europa, a semana foi de volatilidade, especialmente pela crise na Ucrânia, que vem decepcionando nas negociações de paz entre o país e a Rússia.
Hoje, os mercados europeus estão tentando uma recuperação das perdas do último pregão e começaram o dia já subindo.
Enquanto isso, em Wall Street, os futuros da bolsa de Nova York operam em alta moderada, após fechar o pregão de ontem no campo negativo.
Agenda do dia
- Alemanha: índice de preços ao consumidor (CPI) de fevereiro (4h)
- Reino Unido: PIB e produção industrial (4h)
- IBGE: IPCA de fevereiro (9h)
- Brasil: Governo lança Plano Nacional de Fertilizantes em cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro (11h)
- EUA: Índice de Sentimento do Consumidor preliminar de março da Universidade de Michigan (12h)
- EUA: poços de petróleo em operação de Baker Hughes (15h)
- Bélgica: reunião informal do Conselho Europeu (sem horário)
Balanços do dia
Confira o calendário completo aqui.
Depois do fechamento:
- Gol (Brasil)
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
