Esquenta dos mercados: Com ressaca da Super-Quarta, bolsas internacionais reagem à primeira alta de juro do Fed desde 2018; cenário ‘alternativo’ do Copom gera inquietação no Ibovespa
Bolsas europeias operam de lado e índices futuros de Nova York sinalizam abertura em queda; Ásia ainda repercute medidas chinesas

As bolsas de valores internacionais amanhecem repercutindo a Super-Quarta e a promessa feita pelo governo da China de proporcionar suporte às indústrias de construção e internet do país.
Na Europa, os principais índices de ações iniciaram o dia de lado, com os investidores cautelosos diante da primeira alta de juro praticada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) desde 2018.
Já os índices futuros de Nova York são unânimes em apontar para uma abertura em queda em Wall Street.
Passada a Super-Quarta, os investidores devem acompanhar os desdobramentos do conflito no leste da Europa.
A Rússia disse mais cedo que as informações sobre o avanço nas negociações com a Ucrânia são erradas, o que piorou o sentimento geral das bolsas nas primeiras horas da manhã.
Bolsas digerem alta do juro pela primeira vez desde 2018
A taxa de referência foi elevada para a faixa de 0,25% a 0,50% ao ano. Mas não deve parar por aí. “Aumentos contínuos serão apropriados”, antecipou a autoridade monetária dos Estados Unidos.
Leia Também
A alta de juros nos EUA era amplamente esperada, mas o fato de ter vindo abaixo do esperado de certo modo tranquilizou os investidores.
“O primeiro aumento de um ciclo de aperto monetário não sinaliza necessariamente o fim do bull market’, escreveu Shane Oliver, da AMP, em relatório. “Mas ele é consistente com uma jornada mais restrita e difícil. A inflação elevada e a guerra na Ucrânia também aumentam os riscos.”
Bolsas asiáticas seguem em recuperação
Enquanto isso, os mercados financeiros asiáticos voltam a ser impulsionados pela promessa feita ontem pelo governo chinês de “revigorar a economia”. Pequim anunciou uma série de ações para reerguer o setor imobiliário, as big techs chinesas e a presença de empresas do país em índices de ações no exterior, especialmente nos EUA.
Assim como ontem, o destaque ficou por conta da bolsa de valores de Hong Kong. Depois de ter subido 9,1% ontem, o índice Hang Seng avançou mais 7% hoje.
Commodities
Enquanto todos esperavam que a bandeira branca fosse hasteada, o Kremlin jogou um balde de água fria nos investidores com o anúncio de que não houve avanço nas negociações entre os países.
Com isso, o preço do petróleo voltou a subir durante as primeiras horas desta quinta-feira (17).
O barril do Brent, utilizado como referência para a Petrobras (PETR4), voltou a subir e superar os US$ 100, negociado a US$ 102,46, uma alta de 4,53%. Por sua vez, o WTI ainda não conseguia romper a barreira, cotado a US$ 99,06, avanço de 4,23%.
Copom tira o pé do acelerador
Voltando à Super-Quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic pela nona reunião seguida.
A taxa de juro subiu um ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Trata-se do nível mais elevado desde 2017. Quando o atual ciclo de aperto monetário teve início, no início do ano passado, a Selic encontrava-se em 2% — o nível mais baixo da história.
Ainda que tenha tirado o pé do acelerador — nas três reuniões anteriores, a Selic foi ajustada para cima em 1,5 ponto porcentual —, gestores mostraram inquietação com o “cenário alternativo” para as projeções de inflação adotado pelo BC.
Somado a isso, o agravamento dos riscos externos devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, é improvável que o fim do ciclo de aperto esteja tão próximo quanto se imaginava antes do conflito.
Como o resultado da reunião foi anunciado somente depois do fechamento do mercado, a repercussão da decisão do Copom nos mercados poderá ser conferida assim que os negócios começarem hoje na B3.
No campo dos indicadores
O Banco Central brasileiro volta à cena com a divulgação do IBC-Br de janeiro, considerado uma prévia do PIB oficial. As projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast vão de queda de 2,5% até alta de 0,8%, com mediana negativa em 0,2%.
Além disso, o Federal Reserve também reaparece no noticiário com a divulgação da produção industrial de fevereiro.
Agenda do dia
- Banco Central: IBC-Br de janeiro (9h)
- Ministério da Economia: Divulgação dos parâmetros macroeconômicos (10h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Produção industrial de fevereiro (10h15)
Balanços do dia
Após o fechamento dos mercados:
- B3
- Cyrella
- Enel (Itália)
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje