🔴 +20 IDEIAS DE ONDE INVESTIR ANTES DE 2024 ACABAR VEJA AQUI

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
POWELL TÁ ON

E agora? Fed eleva juros pela primeira vez desde 2018; veja como os mercados devem se comportar daqui para frente

Banco Central dos Estados Unidos enfrentou a guerra na Ucrânia e uma inflação galopante com um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica, que passou para a faixa entre 0,25% e 0,50% ao ano

Carolina Gama
16 de março de 2022
15:02 - atualizado às 11:46
Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de camiseta cinza com o brasão do Fed, mãos na cabeça e rodeado pelo dragão da inflação, dólar, bandeira da Ucrânia e da Rússia e gráfico dos mercados de ações
Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Imagem: Shutterstock, Envato e Brenda Silva

A maior inflação em 40 anos e o baixo nível de desemprego falaram tão alto aos ouvidos do Federal Reserve (Fed) que o aguardado aumento dos juros finalmente aconteceu - mesmo que parte do mercado demonstre preocupação quanto aos efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Há pouco, o banco central norte-americano elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde 2018. O aumento foi de 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa entre 0,25% e 0,50% ao ano.  E não deve parar por aí.

"Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar o intervalo da taxa de juros para a faixa entre 0,25% e 0,50% ao ano e prevê que aumentos contínuos serão apropriados. Além disso, o Comitê espera começar a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências em uma próxima reunião", diz o comunicado.

O aumento da taxa de juros trouxe outra notícia importante: a era de dinheiro farto chegou ao fim. O Fed encerrou as compras de ativos da era pandêmica como o prometido. 

O banco central norte-americano começou a comprar ativos em março de 2020 para estimular a economia dos Estados Unidos no pior momento da pandemia de covid-19, fazendo com que seu balanço saltasse de US$ 4 trilhões para US$ 9 trilhões. 

Agora, essas aquisições foram encerradas, e o próximo passo deve ser a redução desse balanço de ativos. A decisão sobre o ritmo dessa diminuição deve vir nas reuniões de política monetária previstas para este ano.

Leia Também

Mais elevações no caminho do Fed

Tanto o aumento de 0,25 pp da taxa de juros como o fim das compras de ativos acompanhada do anúncio de redução do balanço eram amplamente aguardados e vinham sendo telegrafados pelo presidente do Fed, Jerome Powell, e por seus colegas de banco central.

A Bolsa de Nova York teve uma reação branda assim que a decisão saiu. No entanto, o comunicado de hoje veio acompanhado de projeções econômicas e do chamado dot plot, ou gráfico de pontos, que traz a previsão dos membros do banco central norte-americano para a taxa de juros.

E foi aí que a luz amarela acendeu. Prevendo que a inflação se manterá elevada este ano - a projeção passou de 2,6% em dezembro para 4,3% agora - o Fed deixou a porta aberta para mais aumentos dos juros. Vale lembrar que a meta do banco central norte-americano para a inflação é de 2% ao ano.

O gráfico de pontos atualizado nesta quarta-feira mostra que mais seis elevações estão a caminho este ano - mais agressivo do que muitos investidores esperavam.

Fonte: Federal Reserve

A previsão dos membros do comitê de política monetária do Fed não agradou o mercado. Assim que digeriram a decisão, os índices em Wall Street perderam o fôlego. O Dow Jones passou a operar levemente em queda de 0,02%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiam 0,19% e 0,84%, respectivamente.

Mas como o mercado deve se comportar a partir de agora? 

Histórico de aumentos do Fed

O S&P 500 está em seu pior começo de ano desde a liquidação provocada pela covid-19, em março de 2020. Agora, os investidores precisam lidar com o aumento da taxa de juros.

Nos últimos dois anos, o mercado de ações norte-americano conseguiu subir diante da pior pandemia em um século e uma das eleições presidenciais mais divisivas da história dos Estados Unidos

Agora está enfrentando o maior conflito armado da Europa desde a Segunda Guerra e a inflação mais elevada desde a década de 1980. 

  • IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui

A história sugere que os índices de ações nos Estados Unidos estão prestes a experimentar mais volatilidade após o aumento dos juros. Mas isso não significa que a corrida de touros acabou. 

De fato, nos oito ciclos de alta anteriores, o S&P 500 disparou após um ano do início do aperto monetário, segundo a LPL Financial.

O grande vencedor do juro alto

Nas últimas três décadas, o Fed assumiu quatro ciclos distintos de alta de juros. Nenhum foi prejudicial aos mercados de ações. 

O setor de tecnologia, que passa por grandes oscilações este ano sob a perspectiva de um aumento agressivo da taxa básica, normalmente está entre os setores de melhor desempenho do S&P 500 durante esses ciclos.

Segundo a Strategas Securities, o segmento de tecnologia teve um ganho de quase 21% nesses períodos —  mas, no geral, a liderança varia.

Fonte: Strategas Securities, com dados da Bloomberg
*Desempenho agregado de 1994, 1999, 2004 e 2015. O setor imobiliário considera apenas os números de 2004 e 2015

Dilema do choque do petróleo

Então, por que o Fed está perto de uma encruzilhada? E a resposta é o aumento dos preços do petróleo juntamente com a elevação da taxa de juros.

O Fed enfrenta um dilema complicado com o aumento do preço do petróleo e a invasão da Ucrânia pela Rússia ameaçando torná-lo ainda mais caro. 

Os choques do petróleo precederam as crises econômicas em meados dos anos 1970, início dos anos 1980 e dos anos 1990. 

Mas outras recessões, como após o 11 de setembro de 2001 e a crise financeira global em 2008, não foram causadas diretamente por um forte aumento nos preços do petróleo.

O que pensam os especialistas

Para a maioria dos analistas, a decisão do Fed desta quarta-feira (16) veio em linha com o que se esperava.

"Nada fora do esperado. Acredito que aconteceu o melhor dos cenários. O Fed ainda está buscando alcançar o pleno emprego e a inflação na casa dos 2%, mas não está disposto a sacrificar demais a economia no curto prazo e, por isso, aumentou a taxa de juros em 0,25 pp", disse Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre.

Luiz Carlos Corrêa, sócio da Nexgen Capital, segue o mesmo raciocínio. "De uma forma geral, o mercado já está precificando essa alta de 0,25 pp, veio em linha com o que o mercado esperou. Apenas um integrante do comitê votou acima disso, que é alguém que vem pedindo há algum tempo uma alta maior, então não vejo nenhuma mudança que surpreenda o mercado", disse.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ANÁLISE DOS NEGÓCIOS

‘Amarelo ficando laranja’- parte 2: Banco do Brasil (BBAS3) deve superar cenário ruim previsto para 2025 e BTG mostra melhor forma de se expor ao banco

6 de dezembro de 2024 - 15:38

Segundo as projeções, os resultados a partir do segundo trimestre do ano que vem devem vir mais fortes do que os dados recentes

O PAYROLL MANDOU AVISAR QUE…

Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed

6 de dezembro de 2024 - 13:06

O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000

SD Select

Mais dividendos no radar? Ação ‘turbinou’ os proventos em 339% em 2024 e não descarta novos pagamentos até o fim do ano

6 de dezembro de 2024 - 12:00

Analista destaca que a ação tem um histórico de ótimos resultados e está sendo negociada a múltiplos baixos – papel é considerado um dos melhores da bolsa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia

6 de dezembro de 2024 - 11:36

O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV

MOU PARA FUSÃO

Após criação de joint venture, Ybyrá Capital (YBRA4) assina memorando de entendimento sobre potencial fusão com empresa americana

6 de dezembro de 2024 - 10:54

A possível união dos negócios será definida após um processo de due diligence (investigação prévia para avaliar potenciais riscos da transação)

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Equatorial (EQTL3) conclui a venda da divisão SPE 7 para a Energia Brasil por R$ 840 milhões

6 de dezembro de 2024 - 8:39

O movimento faz parte da execução da estratégia do grupo Equatorial de reciclagem de capital, que busca a desalavancagem das operações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP

6 de dezembro de 2024 - 7:55

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA

SEXTOU COM O RUY

A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar

6 de dezembro de 2024 - 6:14

Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro

RESPIRO

Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio

5 de dezembro de 2024 - 18:12

Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol

DESTAQUES DA BOLSA

Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda

5 de dezembro de 2024 - 14:56

Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado

SD Select

Enquanto Ibovespa despenca, dólar é o 2º melhor investimento de novembro – atrás apenas do Bitcoin; veja como buscar até R$ 12 mil por mês com a moeda

5 de dezembro de 2024 - 14:12

Dólar à vista valorizou 3,8% no mês e tem desempenho digno de “ativo de risco” em 2024, com alta de 23,6% em relação ao real

CRISE EM PARIS

Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora

5 de dezembro de 2024 - 12:46

O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo

RECOMPRA MAIS

Tupy amplia programa de recompra de ações e anuncia R$ 190 milhões em JCP; valor líquido equivale a R$ 1,14 por ação  

5 de dezembro de 2024 - 11:29

Programa de recompra, que já tinha sido aprovado em novembro, teve o limite de ações ampliado de 4 milhões para 14 milhões de ações

SD Select

‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro

5 de dezembro de 2024 - 10:00

Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento

CHEGOU COM TUDO

Novo CEO da Braskem (BRKM5) reforma diretoria executiva após poucos dias no comando; Felipe Montoro Jens assumirá como diretor financeiro

5 de dezembro de 2024 - 9:51

O presidente indicou Felipe Montoro Jens para substituir Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas nas cadeiras de CFO e diretor de relações com investidores

BULLS DOMINANDO

É recorde atrás de recorde: bitcoin (BTC) atinge (e supera) marca de US$ 100 mil pela primeira vez na história

5 de dezembro de 2024 - 8:38

Apesar do otimismo com o mercado, os analistas alertam que os investidores devem permanecer vigilantes e preparados para possíveis correções

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara

5 de dezembro de 2024 - 8:30

Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

DEBATE MACRO

“O dólar vai a R$ 4 ou menos, a bolsa sobe aos 200 mil pontos e os juros caem a 8,5% se Lula fizer isso”: CEO da AZ Quest conta o que pode levar o Brasil a ficar ‘irreconhecível’

4 de dezembro de 2024 - 18:55

Durante evento promovido pela Mirae Asset, Walter Maciel criticou medidas fiscais do governo Lula e apontou caminhos para a recuperação econômica do país

CHOQUE DE FORÇAS

Incertezas na Coreia do Sul: como o possível impeachment ou renúncia de Yoon Suk Yeol está mexendo com a economia

4 de dezembro de 2024 - 17:45

Horas após o fim da Lei Marcial, a oposição sul-coreana avança com proposta de impeachment contra o presidente, enquanto os mercados questionam a confiança no país

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar