🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

HAJA CORAÇÃO!

Por que o Ibovespa caminha para ter o pior mês desde o pico da pandemia e o que esperar daqui para frente

Para especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o desempenho ruim do Ibovespa em abril não é motivo para pânico, mas é preciso ter paciência com a volatilidade

Jasmine Olga
Jasmine Olga
28 de abril de 2022
6:30 - atualizado às 23:43
Ibovespa, dólar, montanha russa, mercados
Imagem: Montagem Andrei Morais/Shutterstock

Com uma velocidade de 206 km/h e uma altura que chega a 139 metros de altura, a montanha-russa Kingda Ka é um dos programas mais radicais e eletrizantes que você pode fazer no mundo. Se você não tem uma passagem para Nova Jérsei comprada, mas acompanha a bolsa brasileira com alguma proximidade, dá para ter um gostinho da emoção da rapidez e da adrenalina sem sair do sofá. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na virada do ano, quando se esperava uma maior cautela dos investidores com as pressões locais, o que se viu foi uma forte injeção de dinheiro estrangeiro no país que fez a bolsa disparar, mesmo com uma guerra em curso no leste europeu. Quando o mercado brasileiro começou a sonhar com voos cada vez mais altos, o Ibovespa entrou em queda livre. 

De forma acelerada, o índice ganhou 20 mil pontos em apenas três meses, mas foram precisos apenas vinte dias de abril para que mais de 10 mil pontos fossem por água abaixo, junto com o dinheiro gringo que parou de entrar. Nem mesmo o mais competente economista ou analista conseguiu prever tantos solavancos. 

Com a queda de 8,87% em acumulada em abril, o principal índice de ações da B3 caminha para ter o pior mês desde março de 2020, o que reduziu os ganhos no ano para apenas 4,32%.

Ibovespa no ano Fonte: Yahoo Finance

O que aconteceu com a bolsa em abril?

A persistência da guerra na Ucrânia, que já se arrasta por dois meses, é um elemento explosivo e de difícil manejo, mas duas novas variáveis entraram na equação no último mês e deterioraram o humor dos investidores: o discurso mais duro do Federal Reserve com relação à alta dos juros e uma possível desaceleração da economia global, puxada pela China e a nova onda de covid-19 no país. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os novos lockdowns nas principais cidades chinesas possuem potencial para pressionar ainda mais a cadeia de suprimentos, gerando mais inflação em um momento em que os Bancos Centrais correm contra o tempo para evitar uma catástrofe.

Leia Também

Ao mesmo tempo, a paralisação da segunda maior economia do mundo também significa uma menor demanda por produtos importantes para a bolsa brasileira, como commodities. 

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mercado tenta assimilar uma realidade que o investidor brasileiro enfrentou quase um ano antes – as projeções de inflação estão cada vez mais altas e o Fed se vê obrigado a acelerar o passo e subir os juros de forma mais rápida.

O sentimento de aversão ao risco que tomou conta das bolsas coincide com falas de dirigentes da instituição defendendo mais de uma alta de 50 pontos-base ou até mesmo 75 pontos-base na próxima reunião. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na prática, temos uma menor demanda pelos produtos exportados pelo país, maior risco de inflação e uma fuga de capital, principalmente de países emergentes, em busca de rendimentos mais seguros na forma dos títulos do Tesouro americano

O que vem por aí?

A maior sequência de quedas desde 2016, o pior desempenho desde março de 2020 e o rápido declínio do Ibovespa assustam os investidores. Mas os especialistas com quem eu conversei para esta matéria estão confiantes de que o que vimos no mês de abril não representa uma reversão de tendência.

Alguns fatores que ajudaram a derrubar a bolsa ao longo deste mês já estavam no radar, segundo Isabel Lemos, gestora de renda variável da Fator Administração de Recursos.

É o caso, por exemplo, da alta dos juros nos Estados Unidos, apesar do tom mais agressivo adotado pelos diretores do BC norte-americano nas últimas semanas. “Já com a China tememos o pior. É mais inflação e desaceleração da economia”, diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por outro lado, as medidas de estímulo anunciadas por Pequim como forma de remédio para a segunda maior economia do mundo podem reduzir o nível de incerteza global com uma potencial desaceleração e aliviar a barra do Ibovespa.

Para Ricardo Peretti, estrategista de ações da Santander Corretora, ainda não dá para cravar as razões da saída de capital estrangeiro do país e por quanto tempo a tendência deve perdurar. Mas quatro pontos o deixam confiante para uma recuperação nos próximos meses, mesmo diante de um prolongamento da situação de estresse internacional:

  • Geograficamente falando, o Brasil se encontra afastado do conflito na Ucrânia. Na prática isso significa que a Europa tende a ser mais afetada pela guerra. Ainda assim, todos os mercados sentem os efeitos econômicos originados da invasão. 
  • Embora a situação da China e da Ucrânia preocupe e mexa com o preço das commodities, elas seguem em um ciclo positivo, impactando positivamente a balança comercial. 
  • O Santander vê o nível atual da bolsa como barato, bem abaixo do seu patamar histórico de negociação. O Ibovespa está sendo negociado a cerca de 7 vezes o seu preço sobre lucro, quando a média aponta para uma faixa de 11 vezes. 
  • O Federal Reserve e o Banco Central europeu intensificaram a conversa sobre a elevação de juros, mas o BC brasileiro saiu bem na frente nessa história e deve encerrar em breve o seu movimento de aperto monetário. 

E o Brasil, vai ajudar a bolsa?

A maior parte dos problemas que afetaram a bolsa veio de fora, mas não podemos nos esquecer que o Brasil também tem seus problemas para resolver. Será que a economia — e, principalmente, a política local — podem atravessar o caminho do investidor de ações? 

O fato de a inflação continuar persistente e mostrando forte disseminação não é ignorado, mas os especialistas acreditam que o ajuste que está por vir é apenas “residual”, com pouco a ser precificado pelo mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, o Banco Central já fez boa parte do trabalho de combater a inflação. Mesmo que a turma de Roberto Campos Neto tenha que subir um pouco mais os juros, o impacto não deve ser tão grande para a bolsa. 

E quanto à eleição presidencial? Também é uma preocupação e está no radar, mas não nesse momento. Com outros temas macroeconômicos interferindo no cenário projetado, o fator político acabou ficando um pouco de lado, principalmente por não apresentar surpresas no que já vinha sendo esperado pelo mercado.

A terceira via ainda não conseguiu emplacar um nome que consiga rivalizar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, e os dois candidatos já são velhos conhecidos do mercado. 

Qual caminho seguir?

A grande onda de otimismo inesperado do começo do ano levou uma série de bancos, corretoras e casas de análise a uma corrida desenfreada para revisar suas projeções para o Ibovespa e o câmbio. Então, fique atento! É possível que a persistência de um cenário mais avesso ao risco no exterior os levem a fazer o caminho inverso. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Santander, no entanto, ainda se mantém fiel à sua projeção feita no início de 2022, antes mesmo da forte injeção de dinheiro gringo chegar ao Ibovespa. O banco espera que o índice feche o ano na casa dos 125 mil pontos, mas muito do potencial de alta previsto para ocorrer ao longo do ano foi antecipado para os primeiros três meses. 

Para aqueles que buscam opções na bolsa mesmo diante da alta volatilidade, o estrategista do banco acredita que o setor de commodity – agrícolas, energéticas e metálicas – ainda vale a pena. A incerteza na China pressiona o preço, mas o patamar atual ainda é considerado alto e deve ser suficiente para que as empresas sigam apresentando resultados consistentes. 

Isabel Lemos, da Fator Administração de Recursos, diz que  o desconto da bolsa brasileira torna o momento atrativo para a entrada, mas é preciso estar ciente de que se trata de um momento de alta volatilidade para o Ibovespa.

No caso de uma recuperação chinesa, ela aposta que todos os setores devem se beneficiar. Embora a inflação elevada penalize as empresas mais ligadas à economia local, as ações desse segmento são as favoritas da casa devido ao patamar baixo de preço, um desconto que se estende desde o início de 2021, impulsionado pelo ajuste na taxa de juros realizado pelo Banco Central. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar