Natura (NTCO3) dispara 16%, mas mercado espera um balanço ruim para o 4º trimestre. Por que as ações sobem?
De acordo com a XP, a guerra entre Rússia e Ucrânia pressiona as matérias primas e o preço do frete, o que afetará o balanço no futuro

De olho nos possíveis desdobramentos pacíficos do conflito na Ucrânia, o Ibovespa parece ter embarcado de vez na onda da recuperação — e quem puxa essa recuperação são as ações da Natura (NTCO3).
Desde o início do dia, os papéis da empresa de cosméticos chamam a atenção pela alta robusta:por volta das 16h20, o avanço era de 16,34%, a R$ 23,99, a maior alta percentual de todo o Ibovespa . O movimento parece inusitado quando lembramos que a companhia apresenta os seus resultados hoje, e que a expectativa do mercado não é das melhores.
Apesar da figura simpática da Nat Natura, a persona digital que é a voz da empresa nas redes sociais, os analistas esperam um prejuízo líquido de R$ 225 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo os ganhos contabilizados no mesmo período de 2020. A receita líquida deve ficar em R$ 11,839 bilhões, uma alta de 2,5% em relação ao quarto trimestre de 2020.
Para os analistas da XP, a queda no lucro entra na conta da variante ômicron e a volta das restrições de mobilidade que pressionaram as margens da empresa. A perspectiva para o futuro também não é das melhores. Caso a guerra na Ucrânia se prolongue, o preço das matérias-primas aumentará nos últimos meses, uma pedra extra no sapato da Nat Natura.
¯\_(ツ)_/¯: Por que as ações da Natura estão subindo?
Não existe um consenso entre os analistas sobre o que pode estar causando o movimento exacerbado de recuperação como o visto nesta quarta-feira nas ações da Natura.
O cenário macroeconômico é desafiador pela frente — as perspectivas de um final para guerra ainda não estão bem definidas e isso pode frustrar os planos dos analistas.
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Em outro relatório, a própria XP destaca que o corte no IPI deve ajudar no desempenho do setor varejista como um todo. Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Natura (NTCO3) foram escolhidas como as grandes vencedoras da redução do tributo.
A continuidade da normalização da vida cotidiana deve ser a última etapa da reabertura econômica e também pode impulsionar o resultado da empresa. Depois do Rio de Janeiro, a cidade de São Paulo aboliu as máscaras em espaços abertos, o que pode dar mais segurança para que as pessoas voltem a frequentar o comércio.
Olhando pelo retrovisor, as expectativas para o balanço são ruins, mas um cenário ainda pior pode ter sido precificado. É isso que observa o head de renda variável da Vitreo, Marcel Andrade. "Além disso, tivemos o JP Morgan elevando as ações para patamar neutro e, tendo em vista que se trata de um papel bem descontado, isso ajuda". Vale ressaltar que embora os papéis tenham recebido um upgrade, o banco americano rebaixou os preços-alvo para as ações e ADRs negociados em Nova York.
Uma pulga atrás da orelha
Como a alta salta aos olhos e as expectativas para o balanço não são das melhores, buscamos respostas em alguns outros indicadores, como por exemplo, a taxa de aluguel das ações da Natura.
De acordo com o fechamento de ontem, 6% do total das ações em circulação da companhia estavam alugadas. Embora essa taxa esteja abaixo de um nível que saltaria aos olhos, representa o maior patamar desde pelo menos maio de 2021, segundo os dados disponíveis na IQB3.

É possível afirmar com certeza que o número de pessoas que apostam em uma queda dos papéis no curto prazo cresceu, mas a dúvida é se existe um grupo de investidores que podem estar realizando um movimento orquestrado de compra em massa para trazer prejuízos àqueles que apostam no pior cenário. É o que chamamos de short squeeze.
Analisando as corretoras por trás das transações nesta tarde, é possível observar uma grande entrada de investidores locais do papel. Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, o movimento pode existir, mas ainda em pequena escala – o melhor seria monitorar a evolução da taxa de aluguéis de ações para entender melhor a dinâmica, mas a hipótese não é improvável.
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