XP elege Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Natura (NTCO3) como as grandes vencedoras do corte de 25% do IPI; veja quem perde
Expectativa da corretora é que a indústria poderá repassar o corte para os preços, ajudando a aumentar a demanda; quem depende de incentivo fiscal sai prejudicado na desoneração
O governo brasileiro reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% na última sexta-feira (25) para incentivar a indústria e o comércio local, reaquecer a economia e gerar empregos. Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Natura (NTCO3) foram escolhidas como as grandes vencedoras da redução do tributo pela XP Investimentos.
As três companhias devem ser as principais beneficiárias da medida, uma vez que deve levar a menores custos, o que a corretora acredita que deve ser repassado completamente para os preços finais para aumentar a demanda ou ser parcialmente incorporado nas margens.
A Alpargatas (ALPA4) também está no pódio da XP das grandes vencedoras, uma vez que suas principais matérias-primas - borracha sintética e butadieno - estão sujeitas ao IPI.
“O varejo alimentar e as farmácias podem ser positivamente impactados por menores preços em parte do seu mix de vendas e um poder de compra mais preservado”, diz a XP, em relatório.
Magalu de um lado, perdedoras do outro
Se de um lado temos MGLU3, VIIA3 e NTCO3 como as grandes beneficiárias do corte do IPI, na outra ponta temos as maiores perdedoras com a medida: Multilaser (MLAS3) e Vivara (VIVA3).
A corretora explica que companhias que eram isentas do IPI - a exemplo da Zona Franca de Manaus, onde estão MLAS3 e VIVA3 - podem ser negativamente afetadas pela medida, uma vez que isso deve reduzir seus benefícios fiscais e, consequentemente, a competitividade.
“Vemos um impacto mais limitado para o resto da nossa cobertura, apesar de que a menor inflação é um vento a favor para o setor como um todo”, diz a XP.
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Início da redução
O governo brasileiro publicou um decreto na última sexta-feira no qual reduziu o IPI em 18,5% a 25%. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, a medida foca em incentivar a indústria e o comércio local, reaquecer a economia e gerar empregos.
“Nós destacamos que, de acordo com o ministro da Fazenda Paulo Guedes, esse corte deve ser apenas o início de um processo gradual de redução desse tributo”, diz a XP.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o corte é positivo e deve ajudar a arrefecer a inflação - produtos industriais representam cerca 23% do IPCA -, além de fomentar a demanda por essas categorias.
“Nós, portanto, entendemos essa declaração como uma sinalização de que a indústria deve repassar o corte para os preços”, diz a XP.
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