Mercado reage mal às prévias operacionais de Cury, Even, Melnick e Mitre, mas Helbor e Plano e Plano avançam na bolsa; confira os destaques das construtoras
Seis companhias divulgaram alguns dos números do terceiro trimestre ontem; veja o desempenho dos papéis e confira os destaques de cada uma delas

A maioria das empresas brasileiras ainda está esquentando os motores para o início de mais uma temporada de balanços, mas uma boa parte das construtoras e incorporadoras da B3 já colocou alguns números do terceiro trimestre na rua.
Na noite de ontem (14), por exemplo, houve um congestionamento: seis construtoras divulgaram as prévias operacionais do período. E o mercado reagiu aos números de Cury (CURY3), Even (EVEN3), Helbor (HBOR3), Melnick (MELK3), Mitre (MTRE3) e Plano e Plano (PLPL3) nesta sexta-feira (14).
Para duas delas, Helbor e Plano e Plano, a reação foi positiva — as ações HBOR3 anotaram a maior alta do setor hoje. Já as outras quatro companhias amargaram perdas de até 5%.
Veja abaixo o desempenho dos papéis e confira os destaques das prévias operacionais divulgadas ontem.

Cury (CURY3) — a queridinha da baixa renda
Com um crescimento de 27,6% nos lançamentos e de 29,8% nas vendas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, a Cury (CURY3) mostrou porque é a favorita de BTG Pactual e XP quando trata-se de construtoras voltadas para o segmento de baixa renda.
“A companhia tem apresentado uma excelente execução que deve ser impulsionada pelas recentes mudanças que melhoraram a acessibilidade financeira do programa Casa Verde e Amarela”, afirmam os analistas do BTG.
Leia Também
Já a XP destaca que o preço médio por unidade avançou 16% na comparação anual, para R$ 254,7 mil, e abre espaço para que a Cury siga apresentando uma “margem bruta acima dos pares”.
Os analistas de ambas as casas recomendam compra para os papéis CURY3, mas com preços-alvo diferentes. Enquanto o BTG fixa o valor em R$ 16 por ação, com potencial de alta de 31%, a XP aposta em R$ 17, ou um upside de quase 40%.
Even (EVEN3) e Melnick (MELK3): os dois lados da moeda
A Even (EVEN), por outro lado, não agradou especialistas e investidores e registra a maior queda do setor hoje.
Para o Bradesco BBI, os resultados “suaves” foram negativamente afetados pela postura conservadora adotada pela construtora
Um dos números que desagradou foi o de lançamentos, que ficou em R$ 264 milhões, uma queda de 65,6% ante o terceiro trimestre do ano passado. A XP explica que o indicador foi afetado por três fatores:
- a presença ainda relevante de projetos compactos no pipeline da empresa, o que gera lançamentos com Valor Geral de Vendas (VGV) menor;
- atrasos na aprovação de um projeto com lançamento previsto para o 3T22; e
- a estratégia da Even de reduzir o volume de lançamentos para focar na venda de estoque.
A corretora tem recomendação neutra para os papéis EVEN3, enquanto Bradesco BBI e BTG Pactual indicam a compra. Veja abaixo o preço-alvo e potencial de alta:
- Bradesco BBI: R$ 10 (+50%)
- BTG Pactual: R$ 10 (+50%)
- XP: R$ 13 (+95%)
Já a Melnick (MELK3), subsidiária da Even, foi melhor avaliada. “Embora o curto prazo pareça mais difícil para as construtoras de média e alta renda, vemos a Melnick bem posicionada em Porto Alegre”, diz o BTG Pactual.
Os analistas do banco de investimentos consideram que, negociando a um valuation de 0,8x P/TBV, as ações MELK3 também estão em um patamar atrativo e recomendam a compra. O preço-alvo é de R$ 7, o que representa um potencial de alta de 66% em relação à cotação atual.
Mitre (MTRE3) — resultados fracos
Outra companhia que não teve os resultados bem-recebidos pelos investidores é a Mitre (MTRE3). Os lançamentos mais fortes que o esperado foram ofuscados pelas vendas fracas, segundo o BTG Pactual.
Com mais projetos no stand de vendas, o estoque consolidado da companhia subiu para R$ 1,6 bilhão, o que equivale a quase 2,5x as vendas anualizadas do trimestre.
O Bradesco BBI considera que o número é alto e pode exigir “um pequeno ajuste de rota” na construtora, como uma desaceleração temporária nos lançamentos para focar nas vendas dos empreendimentos parados.
Apesar das ressalvas, BTG Pactual e Bradesco recomendam compra para as ações, com preços-alvo de R$ 11 e R$ 12, respectivamente.
Plano & Plano (PLPL3) e Helbor (HBOR3) agradaram os analistas
Agora chegou a hora de falar das duas empresas que escaparam da queda hoje: Plano & Plano (PLPL3) e Helbor (HBOR3).
A primeira apresentou resultados fortes, de acordo com a avaliação do Bradesco BBI. “Além disso, a empresa manteve sua estrutura leve, com estoque praticamente estável no trimestre”, argumenta o banco.
A visão positiva se estende para os papéis da empresa e o Bradesco recomenda compra para a Plano & Plano, com preço-alvo de R$ 6. A cifra implica em uma alta de40x% na comparação com a cotação atual das ações.
O Morgan Stanley também gostou dos números, mas destaca que eles vieram “praticamente em linha” com suas projeções e com o consenso de mercado. “Esperamos surpresas limitadas deste conjunto de figuras”, citam os analistas.
Além disso, o banco acredita que as mudanças do programa Casa Verde e Amarela que devem beneficiar as companhias de baixa renda já estão precificadas. Por isso, tem recomendação neutra para as ações PLPL3.
Já a Helbor entregou indicadores considerados sólidos pelo BTG Pactual: “Apesar dos lançamentos do terceiro trimestre terem ficado aquém de nossas expectativas, a forte demanda por seus projetos garantiu uma robusta velocidade de vendas (VSO) de 82%”.
O banco de investimentos destaca ainda o patamar descontado das ações, o principal fator por trás de sua indicação de compra para as ações HBOR3. com preço-alvo de R$ 7, o potencial de ganhos é de 110%.
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação