Ibovespa recua 1,6% e perde os 110 mil pontos na esteira da queda das commodities; dólar sobe forte e vai a R$ 5,12
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa
Não é só na filosofia que tudo que é sólido desmancha no ar. No mercado financeiro, por exemplo, a dureza do minério de ferro e a consistência do petróleo não impediram que as cotações das duas commodities derretessem nesta segunda-feira (14) e derrubassem também o Ibovespa.
O mau desempenho das empresas que trabalham com as duas matérias-primas — e, como é o caso de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), têm um grande peso na carteira — e levou o principal índice acionário da B3 a inverter o sinal logo após a abertura.
Ao longo do dia, o novo adiamento das negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia e a virada para o vermelho também no exterior pioraram o cenário. Em Wall Street, pesaram tanto a guerra, quanto a política monetária — a nova decisão do Federal Reserve (Fed) deve ser anunciada na quarta-feira (16).
Com isso, o Ibovespa aprofundou as quedas e, no primeiro dia de volta com o fechamento de volta ao horário das 17h, recuou 1,60%, aos 109.928 pontos.
Já o dólar seguiu a trajetória oposta. A moeda norte-americana chegou a ficar abaixo dos R$ 5,04 durante a manhã, mas virou o jogo e registrou forte alta de 1,30%, a R$ 5,12. Confira também como operou o mercado de juros:
- DI Jan/23: 13,275% (13,152% anterior);
- DI Jan/25: 12,68% (12,443% anterior);
- DI Jan/26: 12,490 (12,390% anterior);
- DI Jan/27: 12,50% (12,211% anterior).
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Dia de commodities em foco no Ibovespa
Com as maiores empresas do Ibovespa relacionadas ao petróleo e minério de ferro, o foco do dia foi o tombo das duas commodities.
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O barril do Brent, utilizado como referência internacional, recuou 5,88%, negociado a US$ 106,04. Vale lembrar que a queda ocorreu pouco menos de uma semana depois que o petróleo atingiu os US$ 130 por barril.
A queda do minério de ferro foi ainda mais acentuada: a matéria-prima do aço recuou 7,33%, para os US$ 143,70 a tonelada, no porto de Qingdao, na China.
Além da aversão geral ao risco, também atrapalhou a commodity uma notícia vinda de um de seus maiores mercados, a China. O gigante asiático colocou a região de Shenzhen inteira em lockdown para tentar conter um surto de covid-19 na região.
Vale lembrar que, apesar do desempenho de hoje, tanto o petróleo quanto o minério de ferro ainda se encontram em patamares superiores aos registrados antes do início do conflito no leste europeu.
Ainda assim, as ações ligadas às duas matérias-primas sofreram com o cenário e dominam a tabela de maiores baixas do dia. Veja abaixo:
| TICKER | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 5,11 | -6,33% |
| CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 6,04 | -6,21% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 24,37 | -5,84% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 23,56 | -5,42% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 91,60 | -5,36% |
Confira também as maiores altas:
| TICKER | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
| JHSF3 | JHSF ON | R$ 5,11 | 6,24% |
| SANB11 | Santander BR UNIT | R$ 33,74 | 4,36% |
| ITUB4 | Itaú Unibanco PN | R$ 42,43 | 1,41% |
| SBSP3 | Sabesp ON | R$ 25,19 | 1,41% |
| PCAR3 | GPA ON | R$ 22,43 | 1,31% |
Ameaças de greve dos caminhoneiros
Também permanece no radar do mercado e do Ibovespa uma possível greve dos caminhoneiros em virtude da alta do preço dos combustíveis. Mesmo com as tentativas do governo, o diesel deve subir cerca de R$ 0,60.
Durante o final de semana, algumas paralisações pontuais de poucos caminhoneiros chegaram a gerar preocupações, mas foram ativamente desfeitas pelos próprios profissionais.
De acordo com o líder da greve anterior, Wallace Landim “Chorão”, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), não há um consenso na categoria para uma paralisação.
Bolsas à espera da 'Super Quarta'
A digestão do conflito entre Rússia e Ucrânia deve perder espaço no noticiário nos próximos dias. A "Super Quarta", como é chamado o dia em que tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central do Brasil divulgam suas decisões de política monetária, ocorre nesta semana.
Nos Estados Unidos, além da pandemia e da alta da inflação, ainda existe a questão da guerra na Ucrânia, que pode fazer com que o presidente do Fed, Jerome Powell, seja mais brando no aperto econômico do que o necessário.
O que esperar do Federal Reserve
É preciso lembrar que a inflação nos EUA vem renovando máximas e já é a maior em 40 anos. Dessa forma, os analistas internacionais esperam que o Fed suba os juros em 0,25 pontos-base, de acordo com o consenso do mercado.
Mas, embora esteja precificada a alta de 0,25 ponto percentual (pp) da taxa de juros, o BC dos EUA terá a difícil missão de decidir se mantém o pé no acelerador do aperto monetário ou se será necessário frear para não lançar a economia norte-americana numa recessão.
O que esperar do Banco Central do Brasil
Já em terras brasileiras o cenário é um pouco diferente. A alta do petróleo e dos combustíveis, a inflação — que registrou novo recorde em fevereiro deste ano — e a perspectiva de uma eleição turbulenta em outubro formam o terreno perfeito para que a decisão do Copom seja mais pesada do que o esperado.
É verdade que o BC tem exercido sua autonomia, elevando os juros sempre que necessário. Contudo, nunca de maneira a surpreender o mercado.
Mas vale lembrar que sempre existe uma perspectiva de que a Selic suba além do consenso. Para esta reunião, os juros básicos devem sair de 10,75% para 11,75%, uma alta de 1 ponto-base — uma redução em relação às elevações anteriores.
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