Máquina de gerar empregos dos EUA passa por cima do S&P 500 — entenda o que atropelou o índice hoje
O mercado de trabalho norte-americano adicionou 528.000 novas vagas em julho, superando facilmente uma estimativa da Dow Jones de um aumento de 258.000; a taxa de desemprego fica abaixo do previsto e cai para 3,5%
A locomotiva do mercado de trabalho norte-americano passou por cima de Wall Street nesta sexta-feira (05) — e só o Dow Jones saiu ileso dessa. Os dados de emprego acima do esperado nos EUA em julho atropelaram o S&P 500, depois de provocar muita volatilidade nas negociações.
A economia norte-americana gerou 528.000 empregos no mês passado, superando facilmente a estimativa da agência Dow Jones de criação de 258.000 vagas. A taxa de desemprego caiu para 3,5%, ficando abaixo da estimativa de 3,6%.
Não bastasse isso, os salários também subiram mais do que o projetado: 0,5% em base mensal e 5,2% na comparação ano a ano — sinalizando que a aceleração da inflação provavelmente ainda é um problema.
O S&P 500 e o Nasdaq não resistiram a dados tão fortes e terminaram o dia em queda, com o menor impacto no Dow Jones, que conseguiu encerrar o pregão em alta.
Confira a variação e a pontuação dos três principais índices de ações dos EUA no fechamento:
- Dow Jones: +0,23%, 32.801,52 pontos
- S&P 500: -0,17%, 4.145,07 pontos
- Nasdaq: -0,50%, 12.657,56 pontos
Por que o S&P 500 sucumbiu ao payroll?
O S&P 500 não resistiu ao payroll — como é conhecido o relatório de emprego dos EUA — por conta do que o Federal Reserve (Fed) pode fazer com a taxa de juros.
Leia Também
Uma criação tão sólida de vagas e uma taxa tão baixa de desemprego em um cenário de inflação no maior nível em mais de 40 anos podem forçar o banco central norte-americano a ser ainda mais agressivo no aperto monetário.
E isso pode acontecer ainda que o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha sinalizado o contrário.
Na semana passada, Powell concedeu uma coletiva de imprensa e falou tudo o que os investidores queriam ouvir: o mercado de trabalho ia começar a desacelerar, a inflação ia sentir os efeitos dos aumentos do juro e o ritmo de elevação da taxa poderia perder força.
Mas o payroll de hoje coloca em xeque as premissas do homem forte do Fed — por isso o S&P 500 e Wall Street como um todo reagiram mal aos dados de emprego, antecipando movimentos mais agressivos do BC dos EUA.
Para o economista sênior da Capital Economics para os EUA, Michael Pearce, o payroll de hoje aumenta as chances de que o Federal Reserve eleve o juro em 75 pontos-base (pb) em setembro, embora ressalte que o movimento dependerá mais da evolução dos próximos dois relatórios sobre a inflação.
Já o economista do Bank of America para os EUA, Stephen Juneau, acredita que o Fed ainda vai preferir avançar com elevações menores: 50 pb nas reuniões de setembro e novembro, seguidos por um aumento de 25 pb em dezembro.
Mas Juneau alerta que os riscos para as perspectivas continuam a se inclinar na direção de uma trajetória de uma política monetária mais firme.
Veja também: Atrito entre EUA e China pode causar uma guerra?
A locomotiva dos EUA também atropelou a Europa?
Assim como o S&P 500, as bolsas europeias também fecharam em baixa diante da força inesperada no mercado de trabalho norte-americano.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em queda de 0,8%. As ações de tecnologia caíram 2,4%, com a maioria dos setores em território negativo.
- Londres: -0,11%
- Paris: -0,63%
- Frankfurt: -0,65%
Assim como nos EUA, a demonstração de força do mercado de trabalho norte-americano foi interpretada pelos investidores europeus como uma chance maior de o Federal Reserve agir de forma mais agressiva para derrubar a inflação.
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%