Biden sai por uma porta, Putin entra pela outra: Arábia Saudita aproveita a pechincha e aumenta importação de petróleo russo; commodity opera em alta hoje
O presidente americano Joe Biden fez sua primeira visita ao Oriente Médio, na tentativa de baratear o preço do petróleo; mas sem sucesso no alinhamento às sanções à Rússia
As tentativas dos EUA em se aproximar do Oriente Médio trouxeram resultado, mas não o esperado. A Arábia Saudita ficou mais perto… da Rússia.
Há dois dias, o presidente norte-americano Joe Biden visitou o reino saudita em uma iniciativa destinada a fortalecer as relações bilaterais.
Ainda quando Biden estava por lá, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou que o país queria se reaproximar dos Estados Unidos. Entretanto, o reino não abriria mão de estreitar laços com a China.
A China é o maior parceiro comercial da Arábia Saudita, além de ser um enorme mercado para seu principal item de exportação: o petróleo. Enquanto isso, os EUA podem seguir como um grande aliado, especialmente quando se trata de segurança e coordenação política, bem como de relações comerciais.
Em meio a tudo isso, vale ressaltar que a Arábia Saudita é a maior exportadora de petróleo no mundo e uma concorrente direta na geração de energia dos EUA. Não é à toa que o país é o líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Contudo, a disputa por influência sobre a Arábia Saudita não é restrita aos EUA e à China. Putin também está no ringue.
Leia Também
Arábia Saudita compra petróleo mais barato da Rússia
Biden ainda não havia nem ido embora e a Arábia Saudita anunciou que mais do que dobrou as importações de petróleo russo no segundo trimestre deste ano. A informação veio à tona na sexta-feira (15), ainda durante a visita de Biden.
Por conta da redução da oferta da commodity pela Rússia, em razão do conflito com a Ucrânia, aumentou, por outro lado, a demanda para o Oriente Médio.
E devido às sanções do Ocidente, a Rússia acabou estreitando as relações com a Arábia Saudita.
Putin tem oferecido a commodity com descontos a países aliados para manter a economia russa funcionando.
China, Índia, várias nações africanas e o Oriente Médio — inclusive o Brasil — têm aproveitado e aumentaram as importações da fonte energética. Por aqui, um acordo está “quase certo”, segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL), para comprar óleo diesel da Rússia para baratear o preço do combustível no país.
Segundo dados obtidos pela Reuters, a Arábia Saudita importou 48 mil barris por dia da Rússia por meio de portos russos e estonianos entre abril e junho deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2021, o volume passou de 320 mil toneladas para 647 mil toneladas, ou seja, pouco mais que o dobro.
Os dois países têm um relacionamento duradouro — e que traz muitas vantagens para a Arábia Saudita.
Com o petróleo de Putin, a necessidade de refino para produção energética e derivados diminui e a commodity na forma bruta fica disponível, em maior quantidade, para o país saudita vender óleo combustível nos mercados internacionais a preços mais altos.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro, o petróleo tem registrado recordes nas cotações, com barril negociado acima dos US$ 100.
Hoje, por volta da 10h (horário de Brasília), o barril tipo brent operava em alta de 4%, cotado a US$ 105.
Veja também — Rússia pagará caro pela guerra na Ucrânia: sanções podem minar economia I Estagflação global vem aí?
Qual o resultado da visita de Biden, afinal?
Apesar das relações com o país liderado por Putin, o presidente Joe Biden afirmou que os EUA “não se afastarão” do Oriente Médio. “Não vamos nos afastar e deixar um vazio a ser preenchido pela China, Rússia ou Irã.”
Um dos objetivos de Biden com a visita à Arábia Saudita é frear a inflação, impulsionando o fluxo mundial do petróleo que resultaria nos preços de petróleo e gás natural.
Porém, mesmo com os esforços do presidente norte-americano, nenhum dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, entre eles Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, manifestou interesse em se unir aos EUA em relação ao alinhamento para sancionar a Rússia.
Essa foi a primeira viagem de Biden ao Oriente Médio, e que foi muito criticada já que, segundo a inteligência dos EUA, o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, aprovou diretamente o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, do jornal americano Washington Post, em 2018.
*Com informações de Reuters e CNBC
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição