Conflito no Leste Europeu deve impulsionar ações de commodities e energia – veja o que muda nas carteiras recomendadas das corretoras
Consenso entre analistas é que os próximos dias serão de larga volatilidade, principalmente dos papéis das empresas de crescimento

O conflito no Leste Europeu, deflagrado com o ataque da Rússia à Ucrânia na quinta-feira, acendeu obviamente a luz amarela novamente para os investimentos em renda variável.
Por não se saber ainda qual será a progressão desta crise, nem sua duração e consequências, não é possível, na opinião de analistas, determinar claramente qual deve ser o impacto sobre as ações de empresas brasileiras.
Mas, pelo que se pode enxergar no momento, há uma tendência de a inflação global, que já estava alta em razão da pandemia da covid-19, subir ainda mais, em razão da pressão sobre as cotações das commodities, petróleo, gás, grãos, minérios.
Ação de BCs é aguardada
Isso pode levar os bancos centrais a serem mais duros na retomada de alta de juros e pode gerar recessão mais à frente.
"Nesta primeira foto da situação, vemos como beneficiadas as ações de empresas de commodities e aquelas com reajuste tarifário pela inflação, como setor elétrico. Já varejo, incorporadoras, educação acabam ficando do lado oposto", disse Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, destacando que ainda faltam dados para se enxergar ao certo os desdobramentos da crise.
Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos, acrescenta à lista as empresas que dependem fortemente de derivados de petróleo, como as companhias aéreas, e os frigoríficos, que demandam insumos agrícolas, no caso os grãos, base da ração de aves e suínos. Esses dois grupos podem ver as suas margens se comprimirem com a pressão de custos.
Leia Também
Volatilidade no radar
Os bancos também podem sofrer grandes oscilações nos próximos dias, não tanto pelos indicadores internos, mas seguindo movimento de queda dos seus pares internacionais.
O consenso entre todos analistas é que os próximos dias serão de larga volatilidade, principalmente dos papéis das empresas chamadas 'de crescimento', devido à perspectiva de juros mais altos, que afeta diretamente sua avaliação.
De qualquer forma, apesar das incertezas, a recomendação é não realizar movimentos precipitados nas carteiras. "Pensamos que não é a hora de vender a qualquer preço", afirma Lorena Laudares, da Órama Investimentos, defendendo ao mesmo tempo a cautela também para exposição ao risco.
Ela diz que, apesar de as cotações do petróleo e do ouro serem mais sensíveis ao conflito, as bolsas devem sofrer mais, por estarem acima dos seus valuations, o que pode desencadear novas realizações de lucros.
"Já vínhamos apontando para a boa relação risco-retorno da renda fixa. Nesses momentos adversos fica ainda mais evidente a importância da diversificação das carteiras e das proteções", afirma.
Top picks
- Com relação às recomendações de Top Picks para a próxima semana, a Ágora manteve em sua carteira para março apenas Itaúsa PN e Taesa Unit. Foram substituídas Ambev ON, Multiplan ON e Petrobras PN por Lojas Renner ON, Suzano ON e Vibra ON.
- A Ativa ficou com Bradesco PN, mas tirou as demais: Cosan ON, Embraer ON, EzTec ON e Santander Unit. Ingressaram: Gerdau PN, Inter Unit, JBS ON e Via ON.
- O BB Investimentos trocou quatro empresas: Equatorial Energia ON, JSL ON, Multiplan ON e Rede D'Or ON foram retiradas e entraram no lugar B3 ON, Intelbras ON, Taesa Unit e Vale ON.
- Da carteira da Elite saiu apenas Petrobras PN e entrou M. Dias Branco ON. Permaneceram Gerdau PN, Marfrig ON, PetroRio ON e Vale ON. A Guide substituiu três ações. Banco do Brasil ON, Petrorio ON e Vale ON deram lugar a Gerdau PN, Marfrig ON e Petrobras PN. Permaneceram Bradesco PN e Tim ON.
- A Mirae manteve Petrobras PN e Vale ON, e trocou Gerdau PN, Randon PN e Santos Brasil ON por CSN Mineração ON, Isa Cteep PN e Taesa Unit.
- A ModalMais tirou todas as ações de sua carteira. Saíram Banco do Brasil ON, CCR ON, Cosan ON, Fleury ON e Localiza ON. Entraram B3 ON, Bradesco PN, Minerva ON, Sanepar Unit e Vale ON.
- O MyCap fez apenas uma alteração, de ABC Brasil PN por Embraer ON. Permaneceram Petrorio ON, Rumo ON, Telefônica Vivo ON e Vale ON.
- A Órama, por outro lado, manteve apenas uma ação, a Taesa Unit, e trocou as demais. Entraram CPFL Energia ON, Intelbras ON, Kepler Weber ON e Telefônica ON no lugar de Blau Farmacêutica ON, Cielo ON, Enauta ON e Porto Seguro ON.
- A Planner também fez só uma mudança. Saiu Unifique ON e entrou no lugar Copel PNB. As demais permaneceram: Ferbasa PN, Gerdau PN, JHSF ON e Vale ON.
Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas
Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.
Veja as empresas que pagam dividendos e juros sobre capital próprio na próxima semana
Magalu, Santander, Fleury e mais 15 empresas pagam proventos nos próximos dias; confira o calendário
Semana mais curta teve ganhos para a Bolsa brasileira e o real; veja como foram os últimos dias para Ibovespa e dólar
O destaque da semana que vem são as reuniões dos comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos para decidir sobre as taxas de juros dos seus países, na chamada “Super Quarta”
Warren Buffett não foi às compras: Berkshire Hathaway tem caixa recorde de US$ 347,7 bilhões no primeiro trimestre; lucro cai 14%
Caixa recorde indica que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades
Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê
Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual
IRB (IRBR3) volta a integrar carteira de small caps do BTG em maio: ‘uma das nossas grandes apostas’ para 2025; veja as demais alterações
Além do retorno da resseguradora, foram acrescentadas também as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e da Blau Farmacêutica (BLAU3) no lugar de três papéis que foram retirados
WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’
Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela
Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca
As maiores altas e quedas do Ibovespa em abril: alívio nos juros foi boa notícia para ações, mas queda no petróleo derrubou petroleiras
Os melhores desempenhos são puxados principalmente pela perspectiva de fechamento da curva de juros, e azaradas do mês caem por conta da guerra comercial entre EUA e China
Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como
Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica