CEO da Via (VVAR3) fala em efeito não recorrente sobre balanço e diz que taxa descontada para vendedor é seu ‘cashback’
Mercado reagiu mal ao resultado do segundo trimestre, que trouxe margem Ebitda abaixo do esperado; com queda de mais de 7%, ações da Via ficaram entre as maiores baixas do Ibovespa no dia
O CEO da Via (VVAR3), Roberto Fulcherberguer, disse que o Ebitda apresentado no segundo trimestre não representa o resultado recorrente da empresa. "No mês de abril passamos com quase a totalidade das lojas fechadas".
Segundo o executivo, desta vez a empresa não contou com auxílio do governo para remuneração dos colaboradores, ao contrário do segundo trimestre de 2020. "As negociações de aluguel também não se deram da mesma forma", disse.
Para Fulcherberguer, a margem Ebitda da empresa está mais próxima de 7% a 7,5%, do que o resultado apresentado no balanço.
No segundo trimestre, a margem Ebitda da Via (VVAR3) foi de 6,2%, impactada por maiores investimentos em marketing, menor alavancagem operacional e reforço no time de tecnologia.
O Ebitda chegou a R$ 485 milhões, 15% abaixo do esperado pelo mercado, com menor alavancagem operacional por conta do grande número de lojas fechadas no mês de abril - 57% do total -, entre outros.
As ações da empresa (VVAR3) fecharam hoje em queda de 7,30%, a R$ 12,07, terceira maior queda do Ibovespa no dia.
Leia Também
O CEO da Via (VVAR3) também argumentou que a queda do chamado take rate - taxa cobrada de lojistas virtuais - faz parte da estratégia da companhia. A taxa, que já foi de duplo dígito, foi derrubada este ano. "O mercado faz cashback, eu faço take rate descontado para o seller".
Segundo o executivo, o take rate não é o grande alvo da companhia. "O alvo é a receita através de crediário e de serviços logísticos", disse. "Nós estamos investindo e construindo uma grande plataforma de marketplace - o take rate é um detalhe".
"Para quem depende só de take rate [taxa cobrada de lojas virtuais] é um problema. Para nós não é problema".
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADERoberto Fulcherberguer, CEO da Via (VVAR3)
Para o CEO da companhia, a estratégia da Via é expandir seu marketplace dando a possibilidade de o seller experimentar a plataforma da empresa. "Nossa proposta é também ser o operador logístico para qualquer plataforma que ele venda", disse.
No segundo trimestre, a Via (VVAR3) chegou a 70 mil vendedores em sua plataforma, ante 10 mil do início deste ano.
Fulcherberguer acrescentou que a concessão de crédito digital vem escalando e que a trajetória do cliente é "muito similar à jornada das lojas físicas". "O empréstimo pessoal já é realidade, e a gente vai ter cartão de crédito no ano que vem", contou.
Os destaques da Via (VVAR3) no segundo trimestre
A Via (VVAR3), dona da Casas Bahia, apresentou um lucro líquido de R$ 132 milhões no segundo trimestre, resultado duas vezes maior que o lucro do mesmo período do ano passado. Analistas projetavam a linha a R$ 62 milhões, segundo dados da Bloomberg.
O GMV (volume de vendas) da empresa foi de R$ 11,4 bilhões no segundo trimestre, alta anual de 51%. Segundo a Via, 65% do volume foi de vendas digitais, que totalizaram R$ 7,5 bilhões, avanço de de 35,7%. A receita líquida subiu 49,2%, para R$ 7,8 bilhões.
O volume bruto de vendas em lojas físicas aumentou 123,7%, chegando a R$ 5 bilhões, principalmente por causa da fraca base de comparação, já que há um ano as medidas de restrição para conter a covid-19 foram maiores do que no segundo trimestre de 2021.
As vendas do marketplace (3P) aumentaram quase 85% na base anual, chegando a R$ 1,6 bilhão e representando 26% do e-commerce - aumento de 9 p.p. quando comparado ao ano anterior. Vendas próprias (1P) aumentaram 6,8%, a R$ 4,695 bilhões.
Veja outros balanços divulgados nesta quarta:
- Lucro da MRV (MRVE3) aumenta 86% no 2º trimestre e vai a R$ 203 milhões;
- Suzano (SUZB3) lucra R$ 10 bi no 2º trimestre, ajudada pela alta nos preços da celulose;
- Lucro da B3 cresce 33,7%, e chega a R$ 1,19 bilhão
VÍDEO: Amazon (AMZO34) e Alpargatas (ALPA4): hora de comprar?
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
