Hypera compra Cepacol e outras marcas da Sanofi por US$ 190 mi, mas financiamento é dúvida
A Hypera Pharma fechou um acordo com a Sanofi para comprar um pacote de marcas que inclui o Cepacol e o AAS, expandindo seu portfólio

A Hypera Pharma, líder no mercado de medicamentos isentos de prescrição no Brasil, vai aumentar ainda mais seu portfólio. Há pouco, a companhia anunciou um acordo com a Sanofi para comprar 12 marcas da farmacêutica francesa, entre elas os tradicionais AAS e Cepacol.
A operação foi fechada por US$ 190,3 milhões e engloba itens vendidos no Brasil, Colômbia e México. Além das duas marcas já citadas, há outros produtos comercializados por aqui — destaque para o fitoterápico Naturetti e os medicamentos de prescrição Buclina e Hidantal.
A investida dá continuidade ao histórico agitado de aquisições por parte da Hypera. Em dezembro de 2019, a empresa fechou a compra das marcas Buscopan e Buscofem, por R$ 1,3 bilhão; em março do ano passado, um acerto com a Takeda trouxe mais 18 medicamentos para a carteira, incluindo nomes como Neosaldina e Dramin, por US$ 825 milhões.
A Hypera não deu maiores detalhes quanto à transação de hoje, limitando-se a dizer que a Sanofi continuará a fornecer produtos à companhia por até três anos — mais informações só serão reveladas no fim do mês, quando serão divulgados os resultados do segundo trimestre.
Mas, por mais que o racional dessa compra seja bastante nítido — a Hypera vai aumentar a liderança no setor de medicamentos sem prescrição e aumentar a presença entre os produtos prescritos —, há um ponto que pode gerar desconforto no mercado: o financiamento.
Hypera: alívio para as dores?
Embora a aquisição anunciada hoje não seja tão grande quanto às operações anteriores, ainda estamos falando de quase R$ 1 bilhão, tomando como base o câmbio atual.
Leia Também
Tradicionalmente, a Hypera sempre amarra as compras a uma emissão de debêntures: no caso do Buscopan e Buscofem, foram R$ 800 milhões em títulos de dívida; no da Takeda, foram emitidos outros R$ 3,5 bilhões — assim, o financiamento das transações sempre era equacionado já na largada.
Só que, dessa vez, ainda não há nada anunciado nesse sentido. O balanço da Hypera ao fim do primeiro trimestre mostra um endividamento bruto de R$ 6,7 bilhões e disponibilidades da ordem de R$ 1,7 bilhão, o que resulta numa dívida líquida de R$ 5 bilhões.
É verdade que grande parte do salto no endividamento se deve à conclusão da compra das marcas da Takeda, em janeiro — o que, na data de fechamento, causou um impacto da ordem de R$ 3,3 bilhões. Ainda assim, as métricas de endividamento da Hypera estão longe da tranquilidade.

É verdade que o R$ 1,7 bilhão em disponibilidades ao fim do primeiro trimestre é suficiente para cobrir a aquisição das marcas da Sanofi — e que, em maio, a Hypera vendeu o imóvel do centro de distribuição de Goiânia, por R$ 231 milhões, fortalecendo o caixa.
Também é importante lembrar que a incorporação das marcas da Takeda vai trazer impactos positivos no lado da receita e da geração de caixa operacional, o que tende a ajudar o balanço daqui para frente.
Mas a posição alavancada da Hypera no momento é bastante diferente do histórico da companhia no curto prazo, e o anúncio de uma aquisição nessas circunstâncias tende a provocar certa cautela, ao menos até que a questão do equacionamento seja totalmente esclarecida.
Na bolsa, hálito em dia
As ações ON da Hypera (HYPE3) até abriram o dia mostrando alguma hesitação, mas logo ganharam força: por volta de 11h, operavam em alta de 3,82%, a R$ 35,58 — o Ibovespa, por outro lado, tem desempenho negativo.
"Com a conclusão dessa aquisição, a Hypera Pharma incrementará sua atuação nas categorias de Consumer Health e Produtos de Prescrição, com destaque para sistema nervoso central e gastrointestinal", disse a companhia, em comunicado à CVM a respeito da operação com a Sanofi.
Com os ganhos do momento, os papéis da Hypera acumulam alta de 8% em 2021. Ainda assim, não estão nas máximas do ano, registradas no começo do mês passado — na ocasião, as ações romperam a marca de R$ 37,00.

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas