🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

SD ENTREVISTA

Algumas empresas foram cedo demais para a bolsa, mas o fracasso dos IPOs de 2021 foi estrutural, afirma executivo do Itaú BBA

Roderick Greenlees, global head do banco de investimento no Itaú BBA, culpa a deterioração do cenário econômico pelo desempenho pífio das novatas e vê um cenário complicado para novas estreias em 2022

Jasmine Olga
Jasmine Olga
24 de dezembro de 2021
5:40 - atualizado às 15:50
IPOs
Imagem: Shutterstock

Todo novo ano que começa é envolto de esperança e desejos de que os próximos 365 dias sejam melhores do que os 365 que passaram, e 2021 não foi diferente. O combustível do mercado financeiro, no entanto, não é o voto de felicidade, mas sim, os números. E todos eles indicavam que o ano que estava para começar poderia, de fato, ser O ano. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É bem verdade que o primeiro mês de 2021 ainda esteve marcado pelas incertezas em torno da vacinação contra o coronavírus em solo nacional e o potencial de o país seguir os passos da reabertura econômica vista no exterior, mas os dados mostrados pela B3 indicavam um ano e tanto. 

Uma das tantas expectativas positivas era sobre o número de novas empresas listadas na bolsa brasileira. O número no horizonte a ser batido era o de 2007 — mais de 60 ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) —, mas o quarto trimestre frustrou o novo recorde. 

Mesmo longe do recorde, o número de estreias impressiona — cerca de 45, isso sem falar nas empresas brasileiras que abriram capital no exterior e nas ofertas secundárias realizadas. Mas é impossível negar a decepção, já que a expectativa era de pelo menos 70 novas listagens. 

O volume captado, no entanto, foi maior do que o registrado em 2007, impulsionado pelo tamanho das ofertas realizadas. Contando os follow-ons, cerca de R$ 140 bilhões foram movimentados — e o Itaú BBA foi campeão de captação. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outro ponto que coloca uma interrogação no sucesso da temporada 2021 de IPOs é o desempenho das empresas novatas. Segundo levantamento realizado pelo Seu Dinheiro, cerca de 25% das empresas estreantes caminham para terminar o ano no vermelho, o que traz um ar de fracasso para o mercado brasileiro. 

Leia Também

Embora concorde que o ano ficou longe de atingir o seu potencial e de que algumas empresas de fato foram apressadas e foram cedo demais à bolsa, Roderick Greenlees, global head do banco de investimento no Itaú BBA, culpa a deterioração do cenário econômico pelo desempenho pífio das novatas. 

O executivo classifica o ano como extraordinário para o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que aponta que as novatas sofreram com uma tempestade perfeita. A alta dos juros, a escalada da inflação e os inumeráveis problemas político-fiscais minaram a confiança dos investidores locais e estrangeiros em relação aos ativos domésticos. 

“A resposta não é que essas 50 empresas estavam despreparadas para a bolsa. Infelizmente o país passa por desafios importantes. Alguns IPOs foram muito bem no início do ano, quando o clima estava melhor, e entregaram os ganhos nos últimos meses. Eram companhias que iam muito bem, mas a retração do mercado leva primeiramente o dinheiro das novatas. A grande maioria estava preparada, são boas companhias em setores interessantíssimos, que irão se recuperar ao longo do tempo.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o executivo, o sucesso dos IPOs depende da saúde do país. “Política fiscal, taxa de juros, inflação, desemprego… Se não atacarmos isso, não veremos um boom de IPOs como este por algum tempo. No Brasil, as companhias se preparam bastante para isso, existe uma diligência importante, e a CVM é muito ativa”

Efeito dominó

Com a bolsa em queda e o avanço da taxa de juros, é natural a migração de recursos para ativos de maior segurança, levando tanto investidores profissionais como iniciantes a abandonarem as suas posições em bolsas ou fundos que abraçam uma estratégia de renda variável — e o que mais gera incerteza é o que dá adeus primeiro.

“Conforme elas forem entregando os planos de negócio de acordo com o que os investidores viram no período de marketing e nos roadshows, o mercado vai sentir que elas entregaram o que prometeram e vão voltar a comprar essas ações. É claro que isso tudo depende do cenário político e econômico do país, e vivemos uma instabilidade nesses dois campos. Se eu tenho que vender alguma coisa, vendo aquilo que conheço menos”. 

Roderick Greenlees, global head do banco de investimento no Itaú BBA
Roderick Greenlees, global head do banco de investimento no Itaú BBA

O que o futuro reserva

Depois do fiasco de ofertas no quarto trimestre, as expectativas para 2022 estão mais conservadoras. O fato de termos uma eleição presidencial no horizonte é apenas um detalhe extra, já que a volatilidade nesses períodos já é esperada. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Roderick, o número de IPOs no próximo ano deve girar em torno de 10 a 20 transações, incluindo ofertas de empresas brasileiras na bolsa americana. O volume captado tende a ficar ao redor dos R$ 100 bilhões. “O que eu acho que vai acontecer é que provavelmente veremos um número elevado de ofertas secundárias. Essas são empresas mais líquidas, mais conhecidas, e é natural que seja mais fácil você realizar follow-ons do que IPOs. Nossa estimativa é de até 35 transações, com a maior concentração no primeiro trimestre”. 

Em 2021,  os setores de saúde e tecnologia brilharam e o executivo do Itaú BBA não vê uma grande mudança no horizonte. “Normalmente as companhias que vêm ao mercado para realizar um IPO ou um follow-on são empresas que têm um crescimento importante. Veremos empresas do setor de saúde, infraestrutura e companhias de tecnologia. São os três macro setores que serão bem representados no ano que vem”. 

Embora as empresas de tecnologia venham enfrentando uma estrada difícil na bolsa, com os investidores precificando um fluxo de caixa menos favorável com uma taxa de juros mais alta, Greenlees não acredita que esse seja o maior problema a ser enfrentado pelas empresas do setor.

“O questionamento em geral é em relação à avaliação implícita para essas companhias, com os recursos pretendidos. Quando fazemos um IPO, é comum que a gente olhe quais são as alternativas no mercado neste setor, empresas que fazem o mesmo no Brasil e no exterior para comparação. De certa forma, é isso que vai acabar determinando quais são as probabilidades de sucesso das novas companhias”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como saber que não é cedo demais

No começo da nossa conversa, Greenlees apontou que algumas empresas podem ter avançado o sinal vermelho e procurado a bolsa de valores cedo demais, mas o Itaú BBA possui algumas diretrizes para avaliar se é o momento certo de uma companhia tocar o sino da B3. 

São diversos pontos a serem analisados. Um deles é o tamanho da oferta. “Eu não consigo viabilizar uma oferta muito pequena. Quando o mercado está muito volátil, os investidores gostam de investir em empresas maiores porque se eles quiserem comprar e vender ações, é importante que elas tenham uma liquidez alta. Além disso, precisamos ver o potencial da companhia. Na nossa visão, é preciso movimentar pelo menos uns R$ 800 milhões”.  Mas não é só isso. Outro elemento levado em consideração é a governança e o quão profissionalizada é a gestão da companhia. 

Embora alguns setores entrem e saiam de moda rapidamente, o Itaú BBA segue agnóstico quanto a essa movimentação. O que importa são empresas de crescimento adequado, independentemente do nicho que representam. 

Quem deve investir em um IPO?

O último recado deixado por Roderick é sobre a importância de ter um horizonte definido na hora de decidir se deve ou não investir em uma oferta inicial de ações. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Quando você faz esse tipo de investimento, não pode entrar com a visão de que vai sair em pouco tempo. Se não está confortável com os fundamentos da companhia, do país, do setor, não faz sentido entrar em um IPO. Temos que entender que, como mercado emergente, o Brasil terá um pouco mais de volatilidade. É preciso ter muita calma nessa hora e acompanhar as empresas individualmente”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar