Bolsa mais verde: produtora de etanol Cerradinho Bioenergia protocola pedido de IPO na CVM
Apesar do pouco tempo de existência, a empresa já é um dos principais complexos produtores de bioenergia da América Latina

Entre as siglas que formam a sopa de letrinhas do mercado financeiro, uma delas tem se destacado cada vez mais no último ano: o ESG. E a mais nova empresa a entrar para a lista de candidatas à B3 mira justamente no crescente interesse dos investidores por companhias com boas práticas ambientais, sociais e de governança.
A produtora de etanol e bioenergia Cerradinho Bioenergia protocolou nesta segunda-feira (23) um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia, localizada em Chapadão do Céu, no estado de Goiás, pretende emplacar uma oferta mista - ou seja, com uma parcela primária destinada ao caixa da empresa e uma secundária aos acionistas vendedores - coordenada por Itaú BBA, XP e BTG Pactual.
Quem é a Cerradinho Bioenergia
Segundo informações do prospecto, apesar da pouca história - a empresa foi criada em 2010 -, a Cerradinho Bioenergia já é um dos principais complexos produtores de bioenergia da América Latina e a maior termelétrica de biomassa do país.
O carro-chefe da produção é o etanol e seus derivados, fabricados a partir da cana-de-açúcar e do milho, em duas plantas diferentes. Além disso, a companhia também exporta parte da energia que não é utilizada nas operações para a rede elétrica, com contratos de longo prazo e preços indexados ao IPCA.
Mais de 60% das vendas do biocombustível vão para as três principais distribuidoras do Brasil: Raízen, Petrobras e Ipiranga. A empresa destaca que os contratos são de médio prazo, entre três e cinco anos, o que contribui “para fluxos previsíveis e melhor gestão de risco”.
Leia Também
Para suprir a demanda, a companhia gere uma área agrícola de 75,8 mil hectares de cana, com aproximadamente 60% de cana própria e colheita 100% mecanizada. Já no caso do milho, sua localização contribui para a facilidade de acesso ao insumo, cuja disponibilidade na região é 10 vezes superior ao consumo da planta.
Para completar a diversificação e aproveitar ao máximo os insumos, a empresa produz ainda DDGs, farelo de milho utilizado na alimentação de animais, e óleo para nutrição animal. A safra 2020/2021, por exemplo, rendeu cerca de 129 mil toneladas desses produtos.
Raio-X das finanças
Ainda de acordo com o documento enviado à CVM, entre as safras de 2011/12 e 2020/21, a geração de caixa da Cerradinho Bioenergia cresceu a uma taxa média anual (CAGR) de 28,2%, passando de R$ 68 milhões para R$ 636 milhões no período.
Com isso, a produtividade agrícola média ficou em 97 toneladas por hectare e ultrapassou as principais companhias brasileiras de capital aberto do setor, que marcaram 92 toneladas por hectare e 79 toneladas por hectare no mesmo indicador.
Além disso, durante as três últimas safras, a produtora dobrou sua receita líquida: o número passou de R$ 818 milhões na safra de 2018/2019 para R$ 1,6 bilhão em 2020/2021.
Aposta no milho
Para o futuro, a empresa aposta principalmente no crescimento orgânico. Seu objetivo é expandir a capacidade de processamento da cana e do milho, além de aumentar a estocagem e armazenamento dos produtos.
A parcela primária prevista no IPO deverá ser integralmente destinada à construção de uma nova planta de processamento de milho no estado do Mato Grosso do Sul.
O projeto, cuja expectativa de investimento é de R$ 1,4 bilhão, prevê uma capacidade de moagem de 1,1 milhão de toneladas de milho por ano, com produção de 510 mil m³ de etanol hidratado.
As obras devem ser iniciadas já no primeiro semestre de 2022, e o início das operações está previsto para o segundo semestre de 2023.
3R Petroleum (RRRP3) vale a pena? Para o analista de investimentos da Empiricus, Matheus Spiess, as ações estão baratas e são vistas como nova PRIO3. Confira a análise completa no vídeo abaixo e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro para mais conteúdos exclusivos:
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista