Vale termina 2020 com lucro de US$ 4,9 bilhões e aprova dividendos
Mineradora conseguiu reverter prejuízo do ano anterior e aprovou distribuição de dividendos, mas lucro trimestral veio abaixo do esperado pelo mercado
A Vale reportou lucro líquido de US$ 739 milhões (R$ 4,8 bilhões) no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de US$ 1,6 bilhão (R$ 6,4 bilhões) do mesmo período do ano anterior. O resultado trimestral veio bem abaixo da média das projeções dos analistas segundo a Bloomberg, que era de US$ 4,7 bilhões.
O lucro da Vale no quarto trimestre foi, ainda, quase US$ 2,2 bilhões inferior ao lucro do terceiro trimestre. A companhia atribui a queda às maiores despesas com as reparações pelo desastre de Brumadinho, além de encargos com impairment (registro contábil de deterioração de ativos), principalmente relacionados a ativos de carvão e níquel.
Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior Ebitda ajustado proforma (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização que exclui despesas relacionadas a Brumadinho e as doações relacionadas à pandemia de covid-19), no valor de US$ 9,1 bilhões, além dos melhores resultados financeiros.
A receita líquida de vendas no período totalizou US$ 14,8 bilhões (R$ 78,9 bilhões), alta de 48,2% em relação ao quarto trimestre de 2019. A cifra veio acima do consenso de mercado, de US$ 12,7 bilhões.
Já o Ebitda ajustado foi de US$ 4,2 bilhões (R$ 23,5 bilhões), alta de 19,9% na comparação anual e também inferior à média das estimativas do mercado, de US$ 7,8 bilhões. A margem Ebitda de 29% foi inferior à de 35% reportada no quarto trimestre de 2019.
Segundo a companhia, o Ebitda foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho do negócio de minerais ferrosos, devido ao aumento de 17% nos preços e 26% no volume de vendas; pelos maiores preços do níquel e do cobre; e pelos maiores créditos de subprodutos de níquel.
Leia Também
Esses efeitos foram parcialmente compensados por maiores custos e despesas com minerais ferrosos. No trimestre, houve ainda uma despesa de US$ 4,863 bilhões relacionada a doações de Brumadinho e covid-19.
Os investimentos totalizaram US$ 1,44 bilhões, superando os US$ 549 milhões do terceiro trimestre. A Vale espera investir US$ 5,8 bilhões em 2021, 31% a mais que os US$ 4,4 bilhões investidos em 2020.
A companhia ainda sofre os efeitos da tragédia de Brumadinho, tendo fechado com as autoridades, em fevereiro deste ano, um acordo de reparação no valor de cerca de R$ 37,7 bilhões. Seu impacto no resultado do quarto trimestre teve valor de R$ 19,9 bilhões (US$ 3,9 bilhões).
Resultado no ano
No ano de 2020, o lucro líquido da Vale totalizou US$ 4,9 bilhões (R$ 24,9 bilhões), ante um prejuízo de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,7 bilhões) em 2019, quando fechou no vermelho em decorrência dos gastos com a tragédia de Brumadinho.
Já a receita líquida de vendas somou US$ 40 bilhões (R$ 208,5 bilhões), 7% a mais que em 2019. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou US$ 16,6 bilhões (R$ 87,3 bilhões), alta de 57% em relação aos US$ 10,6 bilhões (R$ 42,3 bilhões) de 2019.
Os resultados anuais da Vale foram beneficiados pelo efeito positivo da desvalorização do real ante o dólar em 30,7% no ano, dado que a receita da companhia é em dólar, e pela alta de 23% nos preços de venda do minério de ferro.
Posição de caixa e endividamento
A mineradora terminou o ano com US$ 14,3 bilhões em caixa, superior à sua dívida bruta de US$ 13,4 bilhões, totalizando um caixa líquido de US$ 898 milhões. No final de 2019, a Vale tinha uma dívida líquida de US$ 4,88 bilhões.
Assim, o endividamento medido pela relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado caiu de 1,2 vez no fim de 2019 para 0,8 vez no fim de 2020. Já a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado caiu de 0,5 vez no fim de 2019 para -0,1 vez no fim de 2020.
O prazo médio da dívida caiu, nesse período de 8,6 anos para 8,4 anos, e o custo médio é de 4,5% ao ano.
A dívida líquida expandida, que agora é composta exclusivamente por outras obrigações e compromissos relevantes da Vale, caiu de US$ 17,8 bilhões no final de 2019 para US$ 13,3 bilhões no fim de 2020.
Dividendos aprovados
O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 4,26 por ação (aproximadamente US$ 0,77 por ADR) em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao desempenho da companhia no segundo semestre de 2020.
O pagamento será feito no dia 15 de março para investidores que tiverem posição acionária na Vale na B3 no dia 4 de março de 2021 e para aqueles que detiverem ADRs da companhia na bolsa de Nova York no dia 8 de março.
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
