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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Reverteu prejuízo

Vale termina 2020 com lucro de US$ 4,9 bilhões e aprova dividendos

Mineradora conseguiu reverter prejuízo do ano anterior e aprovou distribuição de dividendos, mas lucro trimestral veio abaixo do esperado pelo mercado

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
25 de fevereiro de 2021
22:36 - atualizado às 23:06
Celular mostra tela com logo da mineradora Vale
Imagem: Shutterstock

A Vale reportou lucro líquido de US$ 739 milhões (R$ 4,8 bilhões) no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de US$ 1,6 bilhão (R$ 6,4 bilhões) do mesmo período do ano anterior. O resultado trimestral veio bem abaixo da média das projeções dos analistas segundo a Bloomberg, que era de US$ 4,7 bilhões.

O lucro da Vale no quarto trimestre foi, ainda, quase US$ 2,2 bilhões inferior ao lucro do terceiro trimestre. A companhia atribui a queda às maiores despesas com as reparações pelo desastre de Brumadinho, além de encargos com impairment (registro contábil de deterioração de ativos), principalmente relacionados a ativos de carvão e níquel.

Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior Ebitda ajustado proforma (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização que exclui despesas relacionadas a Brumadinho e as doações relacionadas à pandemia de covid-19), no valor de US$ 9,1 bilhões, além dos melhores resultados financeiros.

A receita líquida de vendas no período totalizou US$ 14,8 bilhões (R$ 78,9 bilhões), alta de 48,2% em relação ao quarto trimestre de 2019. A cifra veio acima do consenso de mercado, de US$ 12,7 bilhões.

Já o Ebitda ajustado foi de US$ 4,2 bilhões (R$ 23,5 bilhões), alta de 19,9% na comparação anual e também inferior à média das estimativas do mercado, de US$ 7,8 bilhões. A margem Ebitda de 29% foi inferior à de 35% reportada no quarto trimestre de 2019.

Segundo a companhia, o Ebitda foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho do negócio de minerais ferrosos, devido ao aumento de 17% nos preços e 26% no volume de vendas; pelos maiores preços do níquel e do cobre; e pelos maiores créditos de subprodutos de níquel.

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Esses efeitos foram parcialmente compensados por maiores custos e despesas com minerais ferrosos. No trimestre, houve ainda uma despesa de US$ 4,863 bilhões relacionada a doações de Brumadinho e covid-19.

Os investimentos totalizaram US$ 1,44 bilhões, superando os US$ 549 milhões do terceiro trimestre. A Vale espera investir US$ 5,8 bilhões em 2021, 31% a mais que os US$ 4,4 bilhões investidos em 2020.

A companhia ainda sofre os efeitos da tragédia de Brumadinho, tendo fechado com as autoridades, em fevereiro deste ano, um acordo de reparação no valor de cerca de R$ 37,7 bilhões. Seu impacto no resultado do quarto trimestre teve valor de R$ 19,9 bilhões (US$ 3,9 bilhões).

Resultado no ano

No ano de 2020, o lucro líquido da Vale totalizou US$ 4,9 bilhões (R$ 24,9 bilhões), ante um prejuízo de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,7 bilhões) em 2019, quando fechou no vermelho em decorrência dos gastos com a tragédia de Brumadinho.

Já a receita líquida de vendas somou US$ 40 bilhões (R$ 208,5 bilhões), 7% a mais que em 2019. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou US$ 16,6 bilhões (R$ 87,3 bilhões), alta de 57% em relação aos US$ 10,6 bilhões (R$ 42,3 bilhões) de 2019.

Os resultados anuais da Vale foram beneficiados pelo efeito positivo da desvalorização do real ante o dólar em 30,7% no ano, dado que a receita da companhia é em dólar, e pela alta de 23% nos preços de venda do minério de ferro.

Posição de caixa e endividamento

A mineradora terminou o ano com US$ 14,3 bilhões em caixa, superior à sua dívida bruta de US$ 13,4 bilhões, totalizando um caixa líquido de US$ 898 milhões. No final de 2019, a Vale tinha uma dívida líquida de US$ 4,88 bilhões.

Assim, o endividamento medido pela relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado caiu de 1,2 vez no fim de 2019 para 0,8 vez no fim de 2020. Já a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado caiu de 0,5 vez no fim de 2019 para -0,1 vez no fim de 2020.

O prazo médio da dívida caiu, nesse período de 8,6 anos para 8,4 anos, e o custo médio é de 4,5% ao ano.

A dívida líquida expandida, que agora é composta exclusivamente por outras obrigações e compromissos relevantes da Vale, caiu de US$ 17,8 bilhões no final de 2019 para US$ 13,3 bilhões no fim de 2020.

Dividendos aprovados

O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 4,26 por ação (aproximadamente US$ 0,77 por ADR) em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao desempenho da companhia no segundo semestre de 2020.

O pagamento será feito no dia 15 de março para investidores que tiverem posição acionária na Vale na B3 no dia 4 de março de 2021 e para aqueles que detiverem ADRs da companhia na bolsa de Nova York no dia 8 de março.

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