O presidente Jair Bolsonaro voltou a avaliar que a economia brasileira está se recuperando, porém a retomada, de acordo com ele, "não vai ser tão rápida quanto muitos querem".
Diante da alta da inflação no País, o presidente disse que há solução, mas acrescentou: "Não consigo resolver sozinho, passa pelos governadores".
De acordo com a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15), publicado na última quarta-feira (26), pelo IBGE, o indicador já acumula 9,30% de alta nos últimos 12 meses. Além disso, estão no radar fatores como crise-hídrica e potencialmente energética, que deixa os economistas ainda mais temerários.
"Estamos vendo a inflação, sim, na casa dos 7%, quando fala 7% é uma inflação global. Lógico que os alimentos estão muito acima disso, isso é preocupante. Se bem que a inflação no tocante aos alimentos veio para o mundo todo, o mundo todo tá sofrendo. A gente vê a questão do gás de cozinha, 130 reais o botijão de 13 quilos. Temos saída para isso, mas passa pelos governadores, bem como a questão dos combustíveis também. O combustível está caro, ultrapassou 6 reais. Na refinaria custa 1 litro de gasolina 2 reais. Temos alternativa? Temos. Mas eu, sozinho, não consigo resolver esse assunto. Passa pelo entendimento dos senhores governadores", afirmou Bolsonaro à Rádio Jornal Pernambuco nesta quinta-feira (26).
Bolsonaro listou medidas do governo para, segundo ele, frear o desemprego formal e aos mais necessitados, como o oferecimento do auxílio emergencial.
De quem é a culpa?
Na esteira de críticas aos gestores estaduais, o chefe do Executivo responsabilizou os governadores pela crise no País em virtude da política do 'fica em casa'.
Na entrevista, o presidente destacou, além dos preços altos dos alimentos, a atual crise hidrológica vivida no País. "Temos notícias tristes, mas temos que nos unir e enfrentar esses desafios".
*Com informações do Estadão Conteúdo